É
preciso que tenhamos muita paciência conosco e ainda mais do que com
outros. Somos, às vezes, insuportáveis a nós mesmo. Tanta miséria, quedas repetidas, defeitos incorrigíveis, fraquezas vergonhosas,
covardia, desânimo, pecados sobre pecados! Oh! Que desolação!
Não nos perturbemos. Calma e paciência.
Quanto mais perturbação tanto pior. É orgulho não nos conformarmos com a
nossa fraqueza e a nossa miséria. Às vezes é mais fácil termos
paciência com os outros do que conosco. Com a natureza rebelde,
atrevida, grosseira que possuímos, perdemos a calma!
Não maltratemos o nosso jumentinho a pancadas de impaciência. É pior.
Será preferível que lhe demos boa ração de calma e tranquilidade e
confiança. Um dia Nosso Senhor disse a uma dessas almas já quase
desesperadas com a sua má natureza, sempre rebelde e recalcitrante:
“Minha filha, fui tão paciência contigo, pois é preciso que também
tenhas paciência contigo mesma”.
Tenhamos então muita paciência conosco.
Se Nosso Senhor, que é a Infinita Justiça, a própria Santidade, se Ele
que tanto odeia o pecado nos suporta por misericórdia, – por que não nos
havemos de suportar na miséria?
Retirado do livro: “O Breviário da Confiança”. Monsenhor Ascânio Brandão. Ed. Cléofas.
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