Prosseguido nossa
reflexão sobre este Ano da Fé, hoje vamos falar do contexto que inspirou Bento
XVI a convocá-lo.
Poderíamos identificar duas motivações basilares: a primeira delas é o retorno às raízes do nosso crer, o retorno a Cristo.
Quando afirmamos que cremos em Deus abrimos o nosso horizonte ao mundo infinito da relação com o Senhor e com o seu mistério. Acreditar em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da sua Palavra. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, «a fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que se revela» (n. 166). Portanto, poder dizer que se crê em Deus é um dom — Deus revela-se, vem ao nosso encontro — e, ao mesmo tempo um compromisso, é graça divina e responsabilidade humana, numa experiência de diálogo com Deus.
Essa adesão ao Senhor não deve acontecer apenas nos momentos de dificuldade, do luto, da dor, nem mesmo por alguns momentos do dia ou da semana. Crer significa fundar sobre Cristo a minha própria vida, deixar que a sua Palavra a oriente todos os dias, nas escolhas concretas, sem medo de perder algo de mim mesmo.
É minha existência pessoal que deve passar por uma transformação mediante o dom da fé; é a minha existência que deve mudar, converter-se.
Esse regresso que poderíamos dizer cotidiano às raízes da nossa fé nos leva ao segundo motivo pelo qual Bento XVI decidiu convocar este Ano que estamos vivendo.
A fé torna-nos peregrinos na terra, inseridos no mundo e na história, mas a caminho da pátria celestial.
Portanto, crer em Deus torna-nos portadores de valores que muitas vezes não coincidem com a moda, nem com a opinião do momento, exige que adotemos critérios e assumamos comportamentos que não pertencem ao modo de pensar comum.
O cristão não deve ter medo de ir «contra-corrente» para viver a sua fé. Em muitas sociedades, Deus tornou-se o «grande ausente» e, portanto, estamos assistindo a um declínio da fé. No lugar de Deus, muitos ídolos se sobressaem, principalmente a posse e a autonomia do ser.
Os constantes progressos da técnica suscitaram no homem uma ilusão de onipotência e de autossuficiência, e um egocentrismo crescente criou desequilíbrios no contexto das relações interpessoais e dos comportamentos sociais.
A respeito desse contexto que motivou a convocação do Ano da Fé, Silvonei José entrevistou o Arcebispo de São Paulo, Card. Odilo Scherer.
Poderíamos identificar duas motivações basilares: a primeira delas é o retorno às raízes do nosso crer, o retorno a Cristo.
Quando afirmamos que cremos em Deus abrimos o nosso horizonte ao mundo infinito da relação com o Senhor e com o seu mistério. Acreditar em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da sua Palavra. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, «a fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que se revela» (n. 166). Portanto, poder dizer que se crê em Deus é um dom — Deus revela-se, vem ao nosso encontro — e, ao mesmo tempo um compromisso, é graça divina e responsabilidade humana, numa experiência de diálogo com Deus.
Essa adesão ao Senhor não deve acontecer apenas nos momentos de dificuldade, do luto, da dor, nem mesmo por alguns momentos do dia ou da semana. Crer significa fundar sobre Cristo a minha própria vida, deixar que a sua Palavra a oriente todos os dias, nas escolhas concretas, sem medo de perder algo de mim mesmo.
É minha existência pessoal que deve passar por uma transformação mediante o dom da fé; é a minha existência que deve mudar, converter-se.
Esse regresso que poderíamos dizer cotidiano às raízes da nossa fé nos leva ao segundo motivo pelo qual Bento XVI decidiu convocar este Ano que estamos vivendo.
A fé torna-nos peregrinos na terra, inseridos no mundo e na história, mas a caminho da pátria celestial.
Portanto, crer em Deus torna-nos portadores de valores que muitas vezes não coincidem com a moda, nem com a opinião do momento, exige que adotemos critérios e assumamos comportamentos que não pertencem ao modo de pensar comum.
O cristão não deve ter medo de ir «contra-corrente» para viver a sua fé. Em muitas sociedades, Deus tornou-se o «grande ausente» e, portanto, estamos assistindo a um declínio da fé. No lugar de Deus, muitos ídolos se sobressaem, principalmente a posse e a autonomia do ser.
Os constantes progressos da técnica suscitaram no homem uma ilusão de onipotência e de autossuficiência, e um egocentrismo crescente criou desequilíbrios no contexto das relações interpessoais e dos comportamentos sociais.
A respeito desse contexto que motivou a convocação do Ano da Fé, Silvonei José entrevistou o Arcebispo de São Paulo, Card. Odilo Scherer.
Por:
Rádio Vaticano
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