Será
que existem esses homens? É claro que existem, e por vontade do próprio
Deus. Hoje, o primeiro deles, é aquele que escolheu o nome de
Francisco, o nosso querido Papa.
Quando Jesus instituiu a Sua Igreja –
uma sociedade humana e divina – deu a seu chefe visível e humano, o
poder de fazer o céu ligar o que ele ligasse aqui na Terra. E ninguém
pode questionar isso, pois foi determinação do próprio Filho de Deus.
Ele o quis, quem pode contestá-lo? Ele disse a Pedro, o primeiro Papa,
explicitamente, com todas as letras, o que vale, é claro, para os seus
sucessores:
“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na
terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19).
É por isso, que o Papa é infalível
quando proclama “ex-cathedra” um dogma de fé. É claro que no céu não
pode ser ligado nada de errado; então, Deus não permite, por assistência
especial do Espírito Santo, que o Papa decida algo errado em termos de
fé e de moral. Jesus assim o quis e fez para que a Sua Igreja, “o
Sacramento universal da Salvação”, como a chamou o Concílio Vaticano II,
jamais permitisse que o “depósito da fé”, a “sã doutrina” (1Tm 1,10;
4,6 – Tt 2,1) se corrompesse.
Dando ao Papa essa prerrogativa, Jesus
garantia para a Igreja o exercício pleno da verdade que salva, como diz o
nosso Catecismo (cf. §851). Demos, portanto, graças a Deus, por tanto
poder que Jesus concedeu ao Papa aqui na Terra, para o bem de todos nós.
Sem isso, a Igreja seria uma Instituição
humana a mais, sujeita a erros e subjetivismos que destruiriam a
Verdade que Cristo a ela confiou para a salvação dos homens.
É claro que a proclamação de um dogma é
algo raríssimo, e o Santo Padre não decide sozinho uma questão de fé,
quando é necessário; ele houve toda a Igreja: os cardeais, os bispos do
mundo todo, os grandes teólogos, os superiores das Congregações
religiosas, os Seminários de Teologia, e até os fiéis (“sensus fidei”),
etc; e, alguns dogmas foram proclamados juntamente com um Concílio
Ecumênico, como o da infalibilidade do Papa, no Concilio Vaticano I, em
1870, pelo Papa Pio IX.
Não mais do que umas doze vezes, em toda
a história da Igreja, um Papa definiu um dogma de fé, especialmente
quando um ponto fundamental do depósito da fé era colocado em dúvida por
alguns teólogos.
E também o Colégio dos Apóstolos, nossos
bispos, quando chefiado pelo Papa, recebeu do Senhor Jesus esta
prerrogativa, como se vê em Mateus 18,18: “Em verdade vos digo: tudo o
que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes
sobre a terra será também desligado no céu”.
É
por isso, que o nosso Catecismo diz que: “A infalibilidade prometida à
Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu
magistério supremo em união com o sucessor de Pedro, sobretudo em um
Concílio Ecumênico”… “Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o
próprio depósito da Revelação divina” (§891).
Logo, é lamentável sob todos os
aspectos, quando algum leigo, sacerdote, bispo, ou teólogo, se ponha
contra o Papa. É triste quando observamos que alguns, ao ler um
documento novo do Pontífice, ao invés de dar graças a Deus, e beber
dessa fonte de graça e sabedoria, começam a criticar o texto. Na verdade
são pessoas orgulhosas, prepotentes, que se acham melhores que o Papa e
mais sábios e doutos que Ele. Até podem ser, mas não tem a mesma
assistência especial do Espírito Santo. Não é sem razão que a Igreja
sempre ensinou que a humildade e a obediência são virtudes fundamentais
para a nossa salvação. Demos graças a Deus.
Prof. Felipe Aquino
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