Não desanime diante de sua dor. Receba algumas gotas de esperança…
Alguém
entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante. Está alguém enfermo?
Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, urgindo-o
com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor
o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para
serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia. Elias era um
homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a
terra, e por três anos e seis meses não choveu. Orou de novo, e o céu
deu chuva, e a terra deu o seu fruto. Meus irmãos, se alguém fizer
voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade,
saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua
alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados. – Tg 5, 13-20
Falas,
respondeu-lhe ele, como uma insensata. Aceitamos a felicidade da mão de
Deus: não devemos também aceitar a infelicidade? Em tudo isso, Jó não
pecou por palavras. – Jó 2, 10
Caiu a chuva, vieram as enchente,
sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não
caiu, porque estava edificada na rocha. – Mt 7, 25
Ninguém
há no mundo sem nenhuma tribulação ou angústia, quer seja rei quer
Papa. Quem é que vive mais feliz? Aquele, de certo, que sabe sofrer
alguma coisa por Deus. – Tomás de Kempis, A Imitação de Cristo, I, 22 I
Como
amava a Vontade de Deus aquela doente que atendi espiritualmente! Via
na doença, longa, penosa e múltipla (não tinha nada sadio), a bênção e
as predileções de Jesus; e, embora afirmasse na sua humildade que
merecia castigo, a terrível dor que sentia em todo o seu organismo não
era um castigo, era uma misericórdia. – falamos da morte. E do Céu. E do
que havia de dizer a Jesus e a Nossa Senhora… E de como ali
“trabalharia” mais do que aqui… Queria morrer quando Deus quisesse…, mas
– exclamava, cheia de felicidade -, que bom se fosse hoje mesmo!
Contemplava a morte com a alegria de quem sabe que, ao morrer, vai ter
com seu Pai. – São Josemaria Escrivá, Forja, 1034
Sem dúvida, são
dignos de louvor os desígnios de Deus, que inflige castigos temporais
aos seus para preservá-los dos eternos, que afunda para erguer, corta
para curar, humilha para exaltar. – São Pedro Damião, Cartas, 8, 6
Viver
é enfrentar dificuldades, sentir no coração alegrias e dissabores, e é
nesse forja que o homem pode adquirir fortaleza, paciência e
magnanimidade, serenidade. – São Josemaria Escrivá, Amigos de Deus, 77
Se
alguma contradição sobreviver-te, bendiz o Senhor, que dispõe as coisas
da melhor maneira; pensa que a mereceste, que mereceria mais ainda e
que és indigno de todo o consolo; poderás pedir com toda a simplicidade
ao Senhor que te livres dela, se for da sua vontade; pede-lhe que te dê
forças para tirar méritos dessa contrariedade. – Giachinno Pecci (Papa
Leão XIII), A prática da humildade, 23
Deus
quer provar-vos como o ouro é provado no crisol. O fogo limpa o ouro da
sua escória, tornando-o mais autêntico e precioso. O mesmo faz Deus com
o servo bom que espera e mantém-se constante no meio da tribulação. –
São Jerônimo Emiliano, Homília a seus irmãos de religião, 21-VI-1535
Está
é a diferença entre nós e aqueles que não conhecem a Deus: estes
queixam-se e murmuram diante da adversidade; para nós, as situações
adversas não nos afastam da virtude, mas afiançam-nos nela. – São
Cipriano, De mortalitate, 13
Cristão, Cristo está a dormir na tua
barca; acorda-o que Ele increpará a tempestade, e far-se-á a calma. –
Santo Agostinho, Sermão 361
Se
tivéssemos a devida fé, a Santa Missa seria para nós um remédio para
todos os males que nos pudessem angustiar durante a nossa vida. – São
João Maria Vianney, Sermão sobre a Santa Missa
Desceu dos céus para estar próximo dos atribulados, para estar conosco na tribulação. – São Bernardo, Sermão 17
Com
tão bom Amigo presente – Nosso Senhor Jesus Cristo -, com tão bom
capitão, que quis ser o primeiro a padecer, pode-se sofrer todas as
coisas. Ele ajuda e dá força, nunca falta, é Amigo verdadeiro. – Santa
Teresa de Jesus, Vida, 22
Se o nosso primeiro fundamento for uma
fé sólida e correta, pela qual cremos ser verdade de tudo o que diz a
Escritura […], consideramos a tribulação um belo presente de Deus, um
presente que Ele dá especialmente aos seus amigos especiais; alfo cujo
contrário é perigoso quando se prolonga por muito tempo; algo que, não
fosse enviado por Deus, os homens teriam de impor a si próprios e buscar
pela penitência; algo que nos preserva de cometer dos pecados que, sem
ele, cometeríamos; algo que nos faz dar menos valor ao mundo; algo que
diminui em muito as nossas penas no purgatório; algo que muito aumenta a
nossa recompensa no Céu; algo em que todos os Apóstolo O seguiram de
perto; algo que o Nosso Salvador exortou todos os homens a buscar; algo
sem o qual Ele nos disse que não seríamos seus discípulos; algo sem o
qual nenhum homem atinge o Céu.
Todo
aquele que refletir sobre essas cosias e guarda-las bem na memória, não
murmurará nem resmungará. Pelo contrário: primeiro a sua paciência fará
com que dê valor à sua pena, e ele então crescerá em bondade e julgará a
si mesmo digno da tribulação. E então julgará que Deus a enviou para o
seu bem, e sentir-se-á movido a agradecer a Deus por ela… assim, a sua
graça aumentará e Deus lhe dará tal conforto quando ele considerar que
Deus está ainda mais próximo de si na tribulação […], de maneira que a
sua alegria diminuirá muito a sua dor. E não buscará conforto alhures,
mas terá uma especial confiança em Deus e buscará a ajuda d’Ele,
submetendo toda a sua vontade ao beneplácito divino. E rezará a Deus no
seu coração, e rezará para que os seus amigos rezem a Ele, e
especialmente pelos sacerdotes, como recomenda São Tiago. E então irá
primeiramente à Confissão, para fazer-se limpo diante de Deus, pronto
para partir e alegre de ir-se para Deus […]. se fizermos isso, ouso
dizer, não viveremos aqui sequer meia hora menos do que deveríamos, mas
esse conforto fará nossos corações mais leves e, logo, a dor da nossa
tribulação diminuirá, e aumentarão as chances de recuperarmo-nos e
vivermos mais. – São Thomas More, Diálogo da fortaleza conta a
tribulação, I, 20
A todo o momento, a Virgem consola o nosso
temor, excita a nossa fé, fortalece a nossa esperança, dissipa a nossa
desconfiança e anima a nossa pusilanimidade – São Bernardo, Homília na
Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, 7
Não estás só. –
Aceita com alegria a tribulação. – Não sentes na tua mão, pobre criança,
a mão da tua Mãe: é verdade. – Mas… não tens visto as mães da terra, de
braços estendidos, seguirem os seus meninos quando se aventuraram,
temerosos, a dar os primeiros passos sem ajuda de ninguém? – Não estás
só; Maria está junto de ti. – São Josemaria Escrivá, Caminho, 900
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