quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

POR QUE SEMPRE HÁ UM CRUCIFIXO NOS ALTARES?

Uma pergunta que todo católico precisa saber responder.

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No centro da ação litúrgica da Igreja, está Cristo e seu mistério pascal. Portanto, a celebração litúrgica deve tornar evidente esta verdade teológica. E, desde quase sempre, o símbolo escolhido pela Igreja para a orientação do coração e da mente do cristão durante a missa ou a liturgia é a representação de Jesus crucificado.
O crucifixo é o principal elemento sobre o altar, porque a missa é o santo sacrifício, memorial da paixão, morte e ressurreição do Senhor.
Antigamente, a liturgia prescrevia o costume de que tanto o sacerdote quanto os fiéis se posicionassem na direção do crucifixo durante a missa. O crucifixo era colocado no centro do altar (que naquela época ficava ligado à parede).
Isso nos dá a entender a centralidade do crucifixo na celebração do culto divino, e era muito mais destacado no passado. De fato, a presença da cruz na celebração da missa está certificada desde o século V.
O crucifixo fica sobre o altar para recordar à assembleia e ao ministro celebrante que a vítima que se oferece sobre o altar é a mesma que se ofereceu na cruz.
Portanto, nunca podemos perder de vista que a missa é um sacrifício – aspecto este que pode se perder quando a celebração se converte em uma festa que só leva em consideração a ressurreição do Senhor, esquecendo-se do seu sacrifício expiatório.
Não podemos nos esquecer de que não há ressurreição sem cruz.
O crucifixo no centro do altar nos indica que o sacerdote celebra a missa frente a Deus, e não como um protagonista diante do povo. A cruz tira o protagonismo do padre e o dá a Cristo; assim, tanto fiéis como sacerdotes vivem a missa olhando para Deus.
A liturgia não é um diálogo entre sacerdote e assembleia. Sacerdote e povo não dirigem um ao outro sua oração, senão que, juntos, a dirigem ao único Senhor.
Olhar para o crucifixo é uma oportunidade para caminhar com o olhar dirigido a Jesus.
O crucifixo sempre deve estar sobre o altar, salvo duas exceções: quando o Santíssimo Sacramento é exposto na custódia e quando a crucificação é a imagem central da pintura ou retábulo atrás do altar.
Alguns poderiam dizer que a cruz no centro do altar não deve ser permitida, pois impede a visão dos fiéis. Mas, na verdade, a cruz sobre o altar não é um obstáculo, e sim um ponto de referência comum.






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