sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

POR QUE O VATICANO OSTENTA TANTA RIQUEZA?

Será que a Igreja deve vender a Basílica de São Pedro, a Capela Sistina, os museus, a biblioteca e as obras de arte para acabar com a fome do mundo?

Há pessoas que consideram ostentosa a riqueza artística do Vaticano. Em geral, são pessoas com pouca formação cultural.

No século IV, depois que o imperador Constantino concedeu liberdade aos cristãos, começou a ser construída, aos pés da Colina Vaticana, o que depois seria a Basílica de São Pedro, pois lá repousam os restos do Apóstolo.

Ao longo dos séculos, especialmente durante o Renascimento, o Vaticano se tornou um dos mais importantes centros culturais do mundo. Na arquitetura, destacam-se a Basílica de São Pedro, a Capela Sistina, os museus e a biblioteca.

A história do Vaticano faz parte da história do Ocidente. Atualmente, é um dos lugares mais visitados do mundo, diariamente, por peregrinos e turistas de todos os países.

Os cristãos se orgulham pelo fato de a sua sede central ser um dos lugares mais belos do mundo e porque a casa de Deus mais representativa para a humanidade é digna de admiração e respeito.

A Igreja Católica oficialmente, por meio das suas inúmeras instituições, realizou ao longo da história e continua realizando hoje, em muitos lugares, uma tarefa social e de beneficência enorme em prol dos mais necessitados.

Entre seus objetivos, encontra-se o de eliminar a desigualdade, a pobreza, a miséria, o analfabetismo, e favorecer a vida, a saúde, a educação e os direitos dos mais fracos.

É preciso ser muito inculto para afirmar que a Igreja deveria eliminar todos os museus e maravilhas do mundo para resolver estes graves problemas. Quantitativamente, com estes patrimônios universais, não se chegaria a solucionar nenhuma destas questões; qualitativamente, seria privar a humanidade de uma das suas grandes conquistas: a beleza da arquitetura, pintura, escultura, livros, música etc.
Foram necessários muitos séculos para reunir o que é legado e patrimônio histórico dos nossos predecessores para nós e para os nossos sucessores.
Todas estas belezas artísticas do Vaticano, bem como a riqueza espiritual que as sustenta, são patrimônio da humanidade: dos ricos e dos pobres.

 

 

Javier Ordovás 

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