sexta-feira, 11 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA



Lucas 15, 3-7

3Então lhes propôs a seguinte parábola: 4Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? 5E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo, 6e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido. 7Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.


O simples fato de encontrarmos um objeto perdido, muito nos alegra. E assim, para entendermos o evangelho, a alegria ao encontrar, é maior que quando tínhamos o tal objeto.

Como vemos, a perda de uma só ovelha magoou o pastor, tanto como se o rebanho inteiro, privado da sua proteção, se tivesse metido por um caminho errado. É por isso que, deixando as outras noventa e nove, ele parte à procura de uma só, não se ocupa senão de uma só, a fim de encontrá-la.
Pela quantidade de ovelhas, entende-se que aquele pastor não era dono do rebanho (somente um grande proprietário poderia ter um rebanho assim), mas que teria sido entregue a sua responsabilidade, sendo sua obrigação encontrar o animal, ou o que sobrasse dele, para então prestar contas ao patrão. Claro que toda a parábola, está diretamente voltada também, para aqueles que hoje são responsáveis por rebanhos. Papas (igreja no mundo) Bispos (diocese), Padres (paróquias), e todos aqueles a quem foram confiados funções de pastoreio.
A preocupação com que tais pastores deve ter com seu rebanho, é o de não perder nenhum daqueles que lhe foi entregue. “Dos que me deste, Pai, não perdi um único” (Jo 18,9). Agora o que mais preocupa o pastor da parábola, e que deve ser a preocupação com todos que são responsáveis por algum aprisco, é o tempo. Não havia tempo a perder. Quanto mais demorasse a ser encontrada, maior o risco de encontrá-la morta. Quanto mais tempo ocorresse, mais ameaçadora se tornava a situação da ovelha e menores as possibilidades dela ser encontrada viva. Já não existe muito tempo disponível, o tempo urge, é hora de vigiar cada vez mais as 99 quem estão inseridas e seguras, para que elas não escapem, e mais urgente ainda, de ir pegar aquelas que se afastaram, pois sua vida eterna está extremamente ameaçada.
Após encontrar, grande foi a alegria daquele pastor. Ainda que tivesse que carregar a ovelha nos seus ombros. Ao mencionar que houve uma festa por aquela encontrada, no versículo 7, Jesus completa que há festa nos céus, quando uma ovelha desviada se arrepende e retorna à comunhão do aprisco. Grande, é a alegria no céu, por um só pecador que se converte.
Que possa existir maior preocupação de nossos pastores, pois o tempo urge. Mas, sabemos que existem muitos falsos pastores, verdadeiros devoradores do povo de Deus, do rebanho que está disperso, são falsos pastores que aterrorizam até mesmo as 99 que estão tentando permanecer firmes. Que o pastor possa sempre verificar a cerca se está completa, ver que ovelha ta precisando de ajuda, se está ferida, doente, e sempre como um bom pastor, as conduzi-las aos verdejantes pastos, ontem tem segurança, sombra e água fresca.

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