quarta-feira, 2 de junho de 2010

A FESTA DA EUCARISTIA


Festa de Corpus Christi. Por quê celebramos?



Neste dia recordamos a instituição da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia: Jesus transformou o pão e o vinho em seu Corpo e Sangue.

É uma festa muito importante porque a Eucaristia é o maior presente que Deus nos deu, movido pelo desejo de ficar conosco depois da Ascensão.



Origem da festa:

Deus propiciou esta festa através de Santa Juliana de Mont Cornillon. A santa nasceu em Retines, perto de Liège, Bélgica, em 1193. Órfã desde pequena e educada pelas freiras agustinianas em Mont Cornillon, ela cresceu, fez a profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Por causa de intrigas, teve que ir embora do convento. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das freiras cistercienses em Fosses, e foi enterrada em Villiers.

Juliana, desde jovem, teve uma grande veneração pelo Santíssimo Sacramento e sempre desejava que existisse uma festa especial em sua honra. Este desejo, diz-se, foi intensificado por uma visão que ela teve da Igreja sob a aparência de lua cheia, com uma mancha negra, que significava a ausência desta solenidade.

Ela manifestou suas idéias a Roberto de Thorete, então bispo de Liège, e ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos; a Jacques Pantaleón, arquidiácono de Liège e depois bispo de Verdum, ao Patriarca de Jerusalém e finalmente ao Papa Urbano IV. O bispo Roberto se impressionou favoravelmente e, como naquele tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para as suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração se realizasse no ano seguinte.

Também o Papa ordenou que um monge chamado João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto se mantém preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do oficio.

O bispo Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez pelos cânones de São Martim em Liège. Jacques Pantaleón chegou a ser Papa no dia 29 de agosto de 1261. A ermitã Eva, com quem Juliana tinha passado um tempo e que também era fervente adoradora da Santa Eucaristia, insistiu com Henrique de Guelders, bispo de Liège, para pedir ao Papa que extendesse a celebração ao mundo inteiro.

Urbano IV, sempre admirador desta festa, publicou a bula "Transiturus" em 8 de setembro de 1264, na qual, depois de louvar o amor de nosso Salvador manifestado na Santa Eucaristia, ordenou que fosse celebrada a solenidade de "Corpus Christi" na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, outorgando ao mesmo tempo muitas indulgências a todos os fiéis que assistissem à santa misa e ao ofício. Este ofício, composto pelo Doutor Angélico Santo Tomás de Aquino a pedido do Papa, é um dos mais belos do breviário romano, e foi admirado até mesmo por protestantes.

A morte do Papa Urbano IV (2 de outubro de 1264), pouco depois da publicação do decreto, obstaculizou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção da festa. Publicou um novo decreto incorporando o de Urbano IV. João XXII, sucessor de Clemente V, instou a sua observância.

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. No entanto, essas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martim V e Eugênio IV e se tornaram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms foi adotada em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra, foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e em outros países, a solenidade é celebrada no domingo seguinte ao da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega, a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptas, melquitas e rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

O Concílio de Trento declara que, muito piedosa e religiosamente, foi introduzido na Igreja de Deus o costume de que todos os anos, em determinado dia festivo, se celebre este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade, e, reverente e honorificamente, seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto, os cristãos testemunham a sua gratidão e a lembrança de tão inefável e verdadeiramente divino beneficio, por meio do qual se torna presente de novo a vitória, o triunfo sobre a morte e a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.






Fonte:encontrocomcristo.com.br

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