terça-feira, 22 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA - DUAS PORTAS, DOIS CAMINHOS.

Um Evangelho de Cruz.


Mateus 7, 6.12-14


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 6Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. 14Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.


O evangelho de hoje, apresenta o Cristianismo como uma religião sem facilidades. Uma religião que não faz o tipo dos que procuram flexibilidade. Fundada pelo próprio Cristo, ele mesmo desejou trilhar pelo caminho difícil.
Duas portas, dois caminhos diferentes. Uma larga, outra estreita. Um leva para perdição, a outra para a salvação eterna. Desde que o pecado entrou no mundo, que toda a natureza humana tende para o mal. Vivemos em uma realidade em que somos atraídos, seduzidos a tais práticas. É exercido uma pressão muito forte sobre os nós. Tentações, perseguições, tribulações, além de nossas próprias limitações. Temos mais tendência a perder a fé, do que aceitá-la. Reconhecer os erros dos outros, do que os nossos. Encontrar culpados, que nos ver como um.

Nosso processo de conversão é tão longo o quanto é difícil permanecer nele. E, as duas portas da leitura estão diretamente voltadas para este processo. A porta estreita consiste em fazer com que façamos a opção pela renúncia. Quando renuncio, faço a opção pela mudança, por isso, o termo conversão. Converter, mudar de direção. E a conversão exige o “morrer” para si mesmo e para o mundo. O caminho estreito, é o caminho das dificuldades, adversidades, humilhação, decepção.
O Evangelho de Cristo, não é um evangelho sem nenhum símbolo. A cruz, mais do que sinal de salvação, é sinal de fé, de renúncia, de adesão ao sofrimento por esta mesma fé. Jesus não engana a ninguém. “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” ( Mt16,24; Lc 23,27).
Eis umas das coisas mais difíceis para se realizar. Temos uma natureza decaída pelo pecado. Somos tentados todos os dias e o dia inteiro. Atraídos pelo mal. Seduzidos pela carne. Sozinhos é impossível conseguir. É aí, onde entra a graça de Deus. Esta nunca nos faltou. Se ta difícil, se ta complicado, roguemos por esta graça em nossas vidas.
É preciso muita valentia. Agir com violência contra si mesmo (Mt 11,12). E aceitar o sofrimento, é ter a matéria prima para a salvação. Saber oferecê-lo a Deus, e pedir que somente a vontade de Deus prevaleça. Aceitar os sofrimentos, é compreender que se Deus o permitiu, é porque Ele tinha um desígnio de salvação para nós.
Sua aceitação, não implica dizer que vai trilhar um caminho de tristeza, mas de amor, paz e felicidade. Então você pensa, como assim felicidade? Assumir a cruz e ser feliz?
“A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1 Cor 1,18).
Que fazendo opção pela porta estreita, possamos ter forças suficientes com a graça de Deus para chegarmos ao destino final.
Jesus ainda resume toda a complexidade da Lei e os profetas, em uma única regra, a regra de ouro: 12”Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”. Ou seja, amar ao próximo como a si mesmo, resume todos os dez mandamentos, em dois.
Uma oura expressão usada é a :"Não dêem para os cachorros o que é sagrado, pois eles se virarão contra vocês e os atacarão; não joguem as suas pérolas para os porcos, pois eles as pisarão". Uma sentença que implica dizer que é desperdício anunciar o reino aos que o ignoram, aos acomodados e medíocres. E, que ainda pode ser perigoso, anaunciar aos que o desprezam.

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