Naquele tempo, 11Logo que a multidão o soube, o foi seguindo; Jesus recebeu-os e falava-lhes do Reino de Deus. Restabelecia também a saúde dos doentes. 12Ora, o dia começava a declinar e os Doze foram dizer-lhe: Despede as turbas, para que vão pelas aldeias e sítios da vizinhança e procurem alimento e hospedagem, porque aqui estamos num lugar deserto. 13Jesus replicou-lhes: Dai-lhes vós mesmos de comer. Retrucaram eles: Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a menos que nós mesmos vamos e compremos mantimentos para todo este povo. 14(Pois eram quase cinco mil homens.) Jesus disse aos discípulos: Mandai-os sentar, divididos em grupos de cinquenta. 15Assim o fizeram e todos se assentaram. 16Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os a seus discípulos, para que os servissem ao povo. 17E todos comeram e ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços.
O que aprendemos com isso. Que seguir Jesus, é sempre a escolha acertada. Ele é justo e fiel. Nunca nos decepciona e que nada nunca nos falta.
Aproveitando o que os discípulos dispunham de 5 pães e 2 peixes. (Cinco mil pessoas). Mandou que o povo se assentasse em grupos de 100 e de 50. "...E todos comeram e ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços".
Hoje, fala-se muito da fome no mundo. Temos um continente inteiro que agoniza com falta de pão. A fome na África tem sido alvo de dezenas de debates, teses para centenas de doutorados, páginas e páginas de artigos, onde muitos apontam as causas, acreditam que as conhecem, dizem até que é porque o mundo não pode produzir tantos alimentos, quando sabemos que estudos comprovam que a terra suportaria bem até 7,5 bilhões de pessoas, e onde haveria recursos suficientes para alimentar a todos. Outros com suas teses ornamentadas, dizem que é por conta da superpopulação, só que esquecem que há países superpopulosos, como por exemplo o Japão e a China, onde todos tem pelo menos todos os dias o mínimo de alimento.
O grande ensinamento de Jesus, o que não consta nos milhares artigos que foram escritos sobre a fome no mundo, nem nos grandes debates e nem nas centenas de teses de doutorado, é que para a solução de tal problema, não se precisa de muito dinheiro. É preciso sim, ter a compaixão que Jesus teve, esse amor pelos irmãos e repartir o que se tem, reunir e organizar as nações "em grupos de cem e de cinqüenta", e estas começassem a distribuir as nações pobres e famintas. Este é o novo Reino, a nova sociedade instituída por Jesus, onde o comércio é substituído pelo dom e pelo serviço aos demais. Nesta sociedade todos são satisfeitos e ainda há sobra: "recolheram doze cestos cheios de pães e peixes". Pão partilhado sacia a fome de todos… e ainda sobra… Não será esse o caminho a ser seguido, também nos nossos dias, para resolver o grave problema da fome no mundo?
Nossa vida cristã deve conduzir-nos à prática da misericórdia para com os irmãos. Esse é o grande testemunho de que o mundo precisa, e é uma exigência que brota das palavras de Jesus no seu Evangelho: “ Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”.
Para falar de amor eu tenho que aprender a repartir o pão, chorar com os que choram e me alegrar com os que se alegram. Se os grandes líderes do mundo, entendessem pelo anúncio do evangelho e aprendessem a viver esse amor, a fome no mundo não continuaria a ser somente temas em debatas, artigos, livros, revistas e teses para doutorados. Somos discípulos de Cristo, precisamos também, ser seus imitadores, doutorandos com novas teses para transformar as vidas e salvar almas.
Wellington Dantas - Ministértio de Formação, Grupo de Oração Semeando a paz.
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