sábado, 4 de março de 2023

1ª Semana da Quaresma - Jesus pede que amemos os nossos inimigos.

 O verdadeiro discípulo é aquele que se identifica com Cristo – 27/02/2019 >  Nossa Senhora de Fátima

A lei do Senhor é perfeita, conversão para a alma. O testemunho do Senhor é verdadeiro, sabedoria para os simples (Sl 18,8).

Deus nos escolheu por amor e pede nossa total adesão a ele. Deixemo-nos impulsionar pelas palavras do salmista: “Feliz o homem que observa seus preceitos e de todo o coração procura a Deus”.

Primeira Leitura: Deuteronômio 26,16-19

Leitura do livro do Deuteronômio – Moisés dirigiu a palavra ao povo de Israel e lhe disse: 16“Hoje, o Senhor teu Deus te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma. 17Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedeceres à sua voz. 18E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. 19Assim ele te fará ilustre entre todas as nações que criou e te tornará superior em honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele disse”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 118(119)

Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

1. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, / que na lei do Senhor Deus vai progredindo! / Feliz o homem que observa seus preceitos / e de todo o coração procura a Deus! – R.

2. Os vossos mandamentos vós nos destes / para serem fielmente observados. / Oxalá seja bem firme a minha vida / em cumprir vossa vontade e vossa lei! – R.

3. Quero louvar-vos com sincero coração, / pois aprendi as vossas justas decisões. / Quero guardar vossa vontade e vossa lei; / Senhor, não me deixeis desamparado! – R.

Evangelho: Mateus 5,43-48

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, / a plena verdade nos comunicai!

Eis o tempo de conversão, / eis o dia da salvação (2Cor 6,2). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo, amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Meus irmãos e minhas irmãs, lemos apenas um trecho do Evangelho, porque nós estamos ouvindo, ao longo desses dias, o Evangelho de Mateus, em que Jesus, por diversas vezes, diz: “Ouvistes o que foi dito, Eu, porém, vos digo (…)”; vocês perceberam que existe essa quebra, esse rompimento, porque existe um choque de valores, de escolhas que Jesus propõe para nós. Nós até poderíamos seguir um modismo, um jeito de se fazer, mas Jesus instaurou uma nova tradição; Ele acrescentou algo a mais, Jesus trouxe uma novidade.

E nós somos chamados a esse rompimento; somos chamados a nunca, por exemplo, compactuar com o mal. No tempo de Jesus, se dizia de amar os seus amigos, os seus próximos, e odiar os seus inimigos. Não compactuar com o mal é uma coisa, mas odiar os inimigos é outra totalmente diferente. Jesus cita no Evangelho a mentalidade antiga, que era prevista de se amar os amigos e odiar os inimigos. 

O extraordinário de amar os próprios inimigos é só para os que querem se assemelhar a Jesus. E Jesus pede algo novo de nós: amar os inimigos, Ele pede algo extraordinário. Muitas vezes, nós queremos o extraordinário de Deus, mas nós não estamos dispostos a realizar esse extraordinário na nossa vida. Já falamos aqui sobre o milagre, sobre as intervenções de Deus, nós amamos o extraordinário, mas quando Deus pede de nós o extraordinário no amor, nós temos muita dificuldade, porque esse extraordinário de amar os próprios inimigos é só para cristãos, é só para aqueles que, de fato, querem se assemelhar a Jesus.

Jesus, aqui, no Evangelho, inclusive quebra o conceito sobre inimigo, pois, muitas vezes, nós acabamos colocando muitas pessoas dentro desse conceito de inimigo: quem pensa diferente de mim; quem professa um credo diferente do meu; quem torce para um time diferente; quem é adepto daquele outro partido político; quem segue uma outra linha de espiritualidade diferente da minha; desse modo, infinitamente, nós corremos o risco e a tentação de enquadrar essas pessoas dentro do conceito de inimigo. 

E Nosso Senhor quer arrancar isso de nós, porque pensar diferente; professar um credo diferente; torcer para um time diferente; ser adepto de um partido político diferente ou seguir uma linha de espiritualidade diferente não faz de nós inimigos. 

Nós somos irmãos, nós comungamos da mesma verdade, somos todos filhos de Deus, por isso, tiremos dos nossos lábios aquela, podemos dizer, maldita frase: “Ele vai pagar caro por isso”. Muitas vezes, no momento de raiva, nós dizemos isso, mas, com Jesus, vamos dizer: “Pai, perdoa-lhes; porque eles não sabem o que fazem”; e vivamos, de fato, o que é o amor. 

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

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