A morte é o nascimento a uma vida nova na qual nos unimos a Deus
A cruz de Cristo nunca tem um nome especial. É a cruz de Cristo, a cruz da entrega, do amor até o extremo. A cruz pobre, um madeiro. A cruz da humilhação e da vitória. A cruz do ódio e do amor. A cruz
da traição e da vida. A árvore verde que quiseram destruir. A vida
oferecida. Gotas de sangue. Lado aberto. O peso e a queda. As mãos que
sustentam o Filho. As mãos que se levantam querendo tocar seu manto. O
silêncio interrompido em uma rocha, ao entregar seu espírito.
Talvez não seja preciso dar um nome a essa cruz. Porque a cruz, nossa cruz, sempre tem um nome. Um nome cinza algumas vezes, heroico outras. Um nome forte, rude, impronunciável muitas vezes, insustentável por momentos.
Minha cruz tem nome próprio, com sobrenome. Tem meu cheiro e minha alma. Tem meu silêncio e minhas lágrimas. Por isso, não é necessário dar nome à cruz em geral. Porque a cruz não tem um nome abstrato que valha para todos. Tem meu nome único e insubstituível.
Quando se cumpriram 100 anos de história da nossa aliança com Maria no Santuário, foi-nos entregue uma cruz com nome próprio: a cruz da unidade. Uma cruz que mostra a centralidade da nossa espiritualidade. Maria, na cruz, unida a Cristo.
O Pe. José Kentenich dizia: "Assim como todo o seu ser, também sua vida e seu agir estão totalmente ordenados a Cristo, à sua pessoa e sua missão. Ela só existe por causa dele. Não há outra razão para a sua existência" (1954).
É uma cruz que fala de unidade. Da unidade entre Cristo e Maria. Entre Cristo e os homens. Entre os próprios homens como irmãos. A cruz do cálice aberto no qual se derrama seu sangue. Até sua última gota. A unidade entre a Mãe e o Filho. Entre Ela e nós.
A unidade ansiada pela nossa alma dividida. Destruída pelas feridas que nos desfolham. Pelas quedas que nos desfazem. Desunidos diante de uma cruz que se chama da unidade.
Nossa vocação tende à unidade. Nascemos unidos a uma mãe e toda a nossa vida é querer voltar a estar unidos para sempre. A morte é o nascimento a uma vida nova na qual nos unimos a Deus.
Sonhada unidade. Um só coração. Uma só alma. Um só desejo. Um encontro. Unidade na diferença. Unidade na distância. Unidade superando as barreiras que separam, os limites, as incongruências, as quedas. Unidade muito além da afirmação da nossa verdade, renunciando ao nosso orgulho.
Sofremos tanto por tentar nos afirmar, que acabamos negando os outros. Para subir, pisamos outras vidas. E nos empenhamos tanto em valer, que desvalorizamos os outros. Nós nos ofuscamos buscando quem somos, querendo ser. E não nos olhamos no espelho daqueles a quem amamos.
Uma cruz da unidade. Maria elevada diante da cruz, levantada quase no ar. Segurando um cálice aberto. Recolhendo a vida. Os pés na terra, nas mãos dos homens. As mãos levantadas tocando o céu, no meio de uma morte.
O amor que ascende. O amor que descende. O olhar de Jesus já perto de perder-se. Seu suspiro, suas palavras. Sustentado por um gesto difícil de descrever. O sim de Maria a Jesus. O sim de Jesus a Maria. O sim que é unidade. A unidade desse sangue que é nosso sangue. Desse amor que é o nosso.
Talvez não seja preciso dar um nome a essa cruz. Porque a cruz, nossa cruz, sempre tem um nome. Um nome cinza algumas vezes, heroico outras. Um nome forte, rude, impronunciável muitas vezes, insustentável por momentos.
Minha cruz tem nome próprio, com sobrenome. Tem meu cheiro e minha alma. Tem meu silêncio e minhas lágrimas. Por isso, não é necessário dar nome à cruz em geral. Porque a cruz não tem um nome abstrato que valha para todos. Tem meu nome único e insubstituível.
Quando se cumpriram 100 anos de história da nossa aliança com Maria no Santuário, foi-nos entregue uma cruz com nome próprio: a cruz da unidade. Uma cruz que mostra a centralidade da nossa espiritualidade. Maria, na cruz, unida a Cristo.
O Pe. José Kentenich dizia: "Assim como todo o seu ser, também sua vida e seu agir estão totalmente ordenados a Cristo, à sua pessoa e sua missão. Ela só existe por causa dele. Não há outra razão para a sua existência" (1954).
É uma cruz que fala de unidade. Da unidade entre Cristo e Maria. Entre Cristo e os homens. Entre os próprios homens como irmãos. A cruz do cálice aberto no qual se derrama seu sangue. Até sua última gota. A unidade entre a Mãe e o Filho. Entre Ela e nós.
A unidade ansiada pela nossa alma dividida. Destruída pelas feridas que nos desfolham. Pelas quedas que nos desfazem. Desunidos diante de uma cruz que se chama da unidade.
Nossa vocação tende à unidade. Nascemos unidos a uma mãe e toda a nossa vida é querer voltar a estar unidos para sempre. A morte é o nascimento a uma vida nova na qual nos unimos a Deus.
Sonhada unidade. Um só coração. Uma só alma. Um só desejo. Um encontro. Unidade na diferença. Unidade na distância. Unidade superando as barreiras que separam, os limites, as incongruências, as quedas. Unidade muito além da afirmação da nossa verdade, renunciando ao nosso orgulho.
Sofremos tanto por tentar nos afirmar, que acabamos negando os outros. Para subir, pisamos outras vidas. E nos empenhamos tanto em valer, que desvalorizamos os outros. Nós nos ofuscamos buscando quem somos, querendo ser. E não nos olhamos no espelho daqueles a quem amamos.
Uma cruz da unidade. Maria elevada diante da cruz, levantada quase no ar. Segurando um cálice aberto. Recolhendo a vida. Os pés na terra, nas mãos dos homens. As mãos levantadas tocando o céu, no meio de uma morte.
O amor que ascende. O amor que descende. O olhar de Jesus já perto de perder-se. Seu suspiro, suas palavras. Sustentado por um gesto difícil de descrever. O sim de Maria a Jesus. O sim de Jesus a Maria. O sim que é unidade. A unidade desse sangue que é nosso sangue. Desse amor que é o nosso.
Padre Carlos Padilla
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