segunda-feira, 10 de novembro de 2014

AS SETE FACES DO AMOR.

Estas reflexões estão fundamentadas em G. Chapman, no livro “O Amor como Estilo de Vida”. Ser amado, deixar-se amar, crer no Amor de Deus constituem a alegria de viver. Só os amados mudam. O amor é uma força transformadora e propulsora. Nosso sucesso está em amar os outros. O amor não é só uma emoção, mas, decisão, atitude, ação. Portanto, decidimos amar, escolhemos amar, optamos por amar. É preciso esforço para sermos pessoas capazes de amar.
Eis as sete faces do amor:
1. A gentileza. É a alegria de ajudar os outros, ou ainda, é reconhecer e acolher com afeto as necessidades dos outros. A gentileza transforma encontros em relacionamentos. A pessoa gentil quer servir o próximo porque o valoriza e o respeito como pessoa.Gentileza é gesto de amor altruísta e por isso transforma as pessoas. As palavras gentis têm grande poder de cativar e até de curar porque expressa reconhecimento, respeito, atenção pelo outro, são palavras construtivas, cativantes, salvadoras. A gentileza faz bem para nós e para os outros, causa-nos alegria e dá importância aos outros.
Gentileza é cortesia, generosidade, respeito, amabilidade. Os gestos mais comuns da gentileza são: agradecer, ajudar, saudar, informar, sorrir, atender, elogiar, pedir desculpas.
2. A paciência. Consiste em compreender e aceitar as imperfeições dos outros. É permitir a alguém ser imperfeito. É entender o que se passa dentro do outro, acolher seus sentimentos e os motivos de suas atitudes. Paciência não é concordar, é compreender; não julgar e não condenar. Nossa paciência permite ao outro crescer, mudar, ter nova chance para melhorar.
Quem tem consciência das próprias imperfeições e cultiva um espírito positivo, tem condições de ser paciente. A humildade nos torna pessoas dotadas de paciência, porque saímos de nós mesmos, sofremos com a situação dos outros e os acolhemos.
3. O perdão. Perdoar não é fácil mas é atitude sábia e saudável. Quem perdoa oferece ao ofensor a chance de ele melhorar. O perdão nos livra de doenças, insônias, vinganças, ódios que são sentimentos destrutivos, e possibilita a convivência, a saúde e a felicidade. Perdoar é reencontrar a alegria, a paz interior e social. Perdoar é ter amor de mãe, amor sem medidas, amor de misericórdia que reata amizades e relacionamentos. Quem perdoa faz bem a si mesmo, compreende as limitações alheias e constrói a reconciliação e a paz social.
4. A cortesia. Significa tratar os outros como amigos porque toda pessoa é digna, original, única, valiosa. A cortesia no trânsito, no ônibus, nas filas, no relacionamento com os vizinhos, no dedicar tempo aos outros, no receber bem os que chegam, no saber agradecer, prestrar atenção, pedir desculpas, são inestimáveis gestos de amor. No cotidiano podemos praticar a cortesia através de uma conversa; pedir licença, ajudar idosos ou alguém em dificuldades, aceitar as incompreensões dos outros.
5. A humildade. É saber reconhecer os próprios valores e imperfeições e acolher os valores e fraquezas dos outros. Humildade é autenticidade, verdade, e realismo. A palavra humildade vem de húmus (barro, terra) que é a raiz da palavra “homem”. Somos todos de barro. A humildade está nesta igualdade de dignidade, na irmandade que formamos a partir do barro, do pó e até da lama. Aceitar a ajuda dos outros, reconhecer os erros, afirmar os valores dos outros, alegrar-se com o sucesso dos outros e de seu bem-estar, é humildade.
6. A generosidade. Define-se pela doação aos outros, é o amor que se doa, que sabe servir, dedicar tempo aos outros, ter a coragem do desapego de si e das coisas para partilhar. A generosidade é gêmea da solidariedade, da dádiva, do dom. Há mais alegria em doar-se que em receber. A pessoa generosa é capaz de renuncias e de sacrifícios pelo bem alheio.
7. A honestidade. É dizer a verdade com amor, não inventar desculpas para justificar os próprios erros, falar os próprios sentimentos e emoções, aceitar as limitações pessoais, como também os dons, as qualidades, os sucessos. A integridade da pessoa honesta está na veracidade das palavras, na transparência das atitudes, no compromisso com a verdade.








Dom Orlando Brandes

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