sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O RESGATE DE UM RELACIONAMENTO.


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Há necessidade de reciprocidade nos esforços
Não é difícil encontrarmos pessoas que lutam para o resgate da saúde do seu namoro, quando, depois de algum tempo de convivência, percebem que o envolvimento com o outro tem deixado a desejar. Poderá, então, ser o momento de reavaliar os objetivos assumidos neste relacionamento. Entretanto, mais delicado que acolher a decisão do rompimento, é viver certos impasses dentro da relação conjugal.

Em qualquer relacionamento, seja no namoro ou no casamento, as nossas decisões, de certa maneira, afetam o nosso parceiro. Se os casais não aprenderem a acolher a opinião um do outro, antes de tomar uma decisão, eles, na verdade, estarão acumulando problemas para o futuro.
Das dificuldades que podemos enfrentar na vida conjugal, na sua grande maioria, está o fato de acreditarmos que a nossa maneira de viver o compromisso é a correta, e cabe ao cônjuge, que na nossa visão está errado, entender e aceitar, definitivamente, aquilo que propomos a ele. Na tentativa de cada um convencer o outro da sua verdade, muitas “farpas” são trocadas.

Na vida a dois, fica cada vez mais claro que não podemos ser felizes se quisermos viver o compromisso por nós mesmos. A exemplo disso, basta-nos lembrar das vezes que dizíamos: “Se fulano (a) está feliz, eu estou feliz também! Em outras ocasiões, compadecíamos das coisas que entristeciam o nosso cônjuge e também rejubilávamos por aquilo que lhe agradava, entre outras coisas. Tal disposição precisa ser reassumida e cultivada por ambos, não somente no período que estavam em  lua de mel, mas a todo tempo.

Todavia, podemos ter esquecido que o relacionamento conjugal por si une não somente os corpos, mas também realiza um vínculo emocional. Ao abandonarmos esse princípio, as crises podem ofuscar aquela nossa disposição – assumida no casamento – de acolher o outro, seja na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, todos os dias da nossa vida. Consequentemente, o interesse pelo sentimento do outro é suprimido ou desprezado.

No convívio a dois, não há como apenas uma pessoa estar disposta a lutar pelo relacionamento ou desejar fazê-lo cada vez mais fecundo se não houver reciprocidade nos esforços. Quando as nossas expectativas, dentro da vida conjugal, vêm sendo ignorada pelo outro, pode parecer que há apenas uma opção: o rompimento!
Diante da radical possibilidade, somos tomados por uma grande agitação emocional, pois não sabemos se estamos fazendo a coisa certa. Mas, antes de qualquer atitude, e por mais difícil que possa ser, precisamos mostrar ao nosso cônjuge a nossa vulnerabilidade, naquilo que nos faz cogitar a ideia de assumir algo extremo para a relação.

Se acreditarmos que o casamento estabelece entre nós um vínculo também emocional, a maneira mais apropriada de resgatar nosso relacionamento é fazer com que o outro entenda que, por meio da imposição de regras unilaterais, não é a forma mais eficaz de viver um compromisso, especialmente às custas do silêncio ou do desrespeito do seu cônjuge, numa relação que tem como princípio o bem estar coletivo.
 




Dado Moura

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