A ideologia feminista é a principal forma de discriminação e opressão à mulher moderna.
Durante a segunda edição da Marcha das Vadias de Campina Grande (PB), em agosto de 2013, um grupo de feministas queimou um boneco da jornalista Rachel Sheherazade, com os seguintes dizeres: "Rachel, cale-se"01.
Para quem não se lembra, Rachel Sheherazade é a âncora do SBT Brasil,
que ficou conhecida nacionalmente, em 2011, após um comentário seu sobre
o carnaval cair na internet02.
Na época, Sheherazade comandava o jornal local da TV de Silvio Santos,
em João Pessoa (PB), e acabou caindo nas graças do empresário, vindo a
receber um convite para assumir a bancada do principal programa
jornalístico da emissora. Desde então, a crítica contundente da
jornalista vem suscitando a simpatia de milhares de pessoas Brasil
afora, ao mesmo tempo em que perturba o establishment politicamente
correto e anticristão.
Do outro lado do Atlântico, no entanto,
enquanto os católicos da Catedral de Colônia, Alemanha, assistiam à
Santa Missa de Natal, uma ativista do grupo feminista Femen
subiu ao altar da igreja totalmente nua e com a inscrição "Eu sou Deus"
pintada em seu seio03.
A cena grotesca chocou os fiéis da Arquidiocese comandada pelo Cardeal
Joachim Meisner, provocando reações na opinião pública do mundo todo.
Mas para o cúmulo da bizarrice, a iniciativa da militante feminista, ao
contrário do que se espera de gente normal, acabou recebendo o apoio de
centenas de ativistas dos direitos femininos, com a justificativa de que
ela estaria lutando contra a opressão machista da Igreja Católica.
Os
dois episódios citados acima dão conta de explicar no que se
transformou o feminismo nas últimas décadas. Rachel Sheherazade é uma
mulher sem pedigree feminista. Ela é conservadora, casada, mãe e cristã.
Ou seja, tudo o que uma mulher "moderna", "livre" e "independente" não
poderia ser… pelo menos na cabeça de gente como Simone de Beauvoir,
Judith Butler e cia. E é por isso que atividades como as das feministas
de Campina Grande podem passar despercebidas; enquanto ações deploráveis
como as do grupo Femen são aplaudidas e incentivadas pela militância.
Para a ideologia desses grupos, só se é mulher quando se reza pela
cartilha deles. Só se é mulher quando se abandona a "opressão" machista do matrimônio para se rebaixar à opressão feminista do movimento.
No
final da década de 1920, o escritor inglês G. K. Chesterton resumia o
feminismo como "a confusa ideia de que as mulheres são livres quando
servem seus empregadores, mas são escravas quando servem seus maridos"04. De fato, a ideologia feminista é um compêndio de contradições.
Ela contesta a exploração machista, dizendo que os homens tratam as
mulheres como objetos de prazer, para depois defender uma suposta
emancipação sexual feminina, alegando que a mulher pode ter quantas
relações quiser. Ela se revolta com a esposa que cuida do lar e educa
seus filhos, tachando-a de inimiga dos direitos femininos por se negar a
trabalhar fora, mas não se importa - e às vezes até defende - com a
prostituta que se submete a satisfazer as perversões de um homem, a
troco de algumas notas de reais. O feminismo se importa com a mulher até descobrir que o sexo do bebê é feminino.
Veja-se, por exemplo, o que indica um estudo da Universidade de Oxford,
sobre os casos de abortos na Inglaterra, entre os anos de 1969 e 2005: a
prática do aborto em mulheres grávidas que rejeitam o sexo do bebê
cresceu enormemente, sobretudo quando se trata de nascituros meninas05.
Rachel
Sheherazade é somente um dos inúmeros casos que se poderia citar a
respeito do Apartheid feminista. Quando Gianna Jessen - uma jovem
americana pró-vida que sobreviveu a uma tentativa de aborto - nasceu,
por exemplo, não havia nenhuma ativista dos direitos da mulher no
hospital, para defendê-la do aborteiro que há pouco tentara matá-la06.
Na época, seguindo o pensamento da eminente feminista Florence Thomas -
para quem um nascituro não passa de um "tumor" -, Jessen não mereceria
viver07. Na lógica feminista, algumas mulheres são mais mulheres que outras.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Referências
- Rachel Sheherazade é queimada em Marcha das Vadias
- Comentário de Rachel Sheherazade sobre o carnaval
- Natal na Catedral de Colônia: ativista do Femen profana altar diante do Cardeal Meisner
- Social Reform versus Birth Control
- Clínicas britânicas fazem aborto de grávidas que rejeitam sexo do bebê
- Gianna Jessen - sobrevivente de um aborto
- La historia de mi aborto
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