terça-feira, 26 de novembro de 2013

O SENTIDO DA VIDA.

Como vejo que muitas pessoas não sabem responder à questão sobre qual o sentido da nossa vida, pensei em escrever estas linhas para esclarecê-las, até porque essa é a questão mais importante da nossa vida.
Antes de existir o mundo, como sabemos, existia Deus, que é sumamente perfeito. Tanto a sua existência como a sua suma perfeição podem ser demonstradas inclusive filosoficamente, racionalmente.
Na sua perfeição, Deus não tinha nenhuma necessidade de criar algo, pois a sua felicidade já é máxima. No entanto, com o intuito de comunicar a sua felicidade, decidiu criar o mundo, o universo, e, de modo especial, os anjos e os homens que são capazes de entrar numa sintonia mais profunda com Ele.
Ao criar-nos, deu como presente o melhor que poderia dar: entrar em comunhão com a sua felicidade, viver uma vida de amor com Ele. Sendo todos destinados ao amor, Deus teve de nos dar também a liberdade, pois a liberdade é pressuposto do amor. Não tem sentido um amor que seja obrigatório, imposto.
 
Criando-nos com liberdade, não nos colocou diretamente dentro do seu Reino, pois faltaria com o respeito à nossa liberdade. O que fez então? Colocou-nos aqui na terra de modo passageiro, para “escolhermos” o que queremos e para “amadurecermos” o nosso coração, até que esteja preparado para viver com Ele no seu Reino.
O sentido desta vida é, portanto, “escolher” e “amadurecer”.
E, para amadurecer o nosso coração, Ele nos deu uma “missão”, que será o caminho para esse amadurecimento.
Esta imagem vai nos ajudar bastante: Deus nos coloca na terra como “pedra bruta”. E, dentro dessa pedra, há uma “pedra preciosa”.
Só entraremos no Céu quando chegarmos a ser essa pedra preciosa (perfeitos no amor, com um amor sem condições, sem interesse, com o coração sem nenhuma má inclinação, sem inveja, sem vaidade, sem orgulho, sem ódio, sem mágoa, sem preguiça etc).
Vivemos na terra num processo de “lapidação”, de “amadurecimento”. A missão é o caminho para essa lapidação, para esse amadurecimento.
E a lapidação é feita pela alegria e pela dor. E é na dor que somos mais lapidados, que amadurecemos mais, não é verdade? Por isso, a dor faz parte da vida. Por isso Deus com certa frequência envia a dor como processo de purificação. Por isso esta vida não é um mar de rosas, como muitos desejariam. Esta vida ainda não é o Céu. É uma “preparação” para o Céu.
 
Teresa de Jesus nos diz: “ Alegria e dor andam juntas em mim !”
Que essas ideias fiquem claras para nós! Estamos aqui de passagem. Esta vida é uma “preparação para a outra”.
É um tempo de escolha e de amadurecimento, de lapidação. Somos pedras brutas, mas lá dentro há uma pedra preciosa. Através da missão que Deus dá a cada um de nós, que enche a nossa vida de sentido, dentro de nossa vocação especifica no estado de vida que vamos realizando a missão querida por Deus e realizando-se, pois Deus é o primeiro interessado em nossa plenitude de vida, felicidade, percorreremos esse caminho que leva ao Céu.
Isso acaba por fazer do Céu também uma grande conquista, em sentirmos o prazer da sua conquista.
Que essas ideias sirvam para pautar sempre a nossa vida, e também de pano de fundo para entendê-la.
 
 
 
Pe.Emílio Carlos

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