A estratégia ardilosa dos ideólogos de gênero para perverter a sociedade encontra amparo na “arte moderna”.
Os tempos modernos não só carecem das verdadeiras virtudes, como
padecem de sérios e graves vícios. Mais do que pecar, o homem tem
exaltado o pecado como "modelo" de comportamento. E sua conduta,
infelizmente, acaba refletindo na maneira como ele produz a arte.
O vaso sanitário de Marcel Duchamp exposto nas galerias artísticas é um
exemplo de como a arte tem deixado de buscar a beleza para retratar a
frivolidade do cotidiano. A indecência, o despudor e a banalização da
sexualidade são considerados pelas classes falantes temas "artísticos" e
aquilo que deveria ser um oásis converte-se em terreno mais terrível
que o próprio deserto. Como destacou o Papa Bento XVI em encontro com
artistas na Capela Sistina:
"Com muita frequência, a beleza propagada é ilusória e falsa, superficial e sedutora até ao aturdimento e, em vez de fazer sair os homens de si e de os abrir a horizontes de verdadeira liberdade atraindo-os para o alto, aprisiona-os em si mesmos e torna-os ainda mais escravos, privados de esperança e de alegria. Trata-se de uma beleza sedutora mas hipócrita, que desperta a cupidez, a vontade de poder, de posse, de prepotência sobre o outro e que se transforma, muito depressa, no seu contrário, assumindo o rosto do obsceno, da transgressão ou da provocação gratuita."01
Como consequência de um mundo cada vez mais materialista e fechado para
o transcendente, presencia-se um triste fenômeno de decadência. Os
homens submetem tudo à sua medida e mesmo aquilo que já foi inscrito
definitivamente na natureza não aparece mais como um pressuposto. O
resultado é uma "confusão dos diabos" – com toda a carga negativa que a
expressão traz: legisladores que se acham "inspirados"; juízes que, com
suas sentenças arbitrárias, se fazem deuses; "artistas" que transformam a
indolência e a dissolução em "obras de arte".
Os jornais publicaram, na última semana, uma manchete dantesca:
"Universitário vai perder virgindade anal (sic) em performance
artística"
02. O título do projeto é Art School Stole My Virginity
["A escola de arte roubou minha virgindade"]. Em resumo, um jovem
inglês decidiu estrelar publicamente um ato homossexual, em uma galeria
de Londres.
É o cúmulo da decadência? Pois, a atitude de Clayton Pettet tem um
"significado": destruir a virgindade, tal como é conhecida pela moral
judaico-cristã. Em entrevista ao site Vice Brasil
03, ele
afirma que a virgindade não passa de "um conceito usado para dar valores
às mulheres, um termo heteronormativo que é constantemente usado para
indicar o valor de alguém". Assim, "a virgindade é usada para ditar seu
valor dependendo do seu gênero".
O universitário europeu vai além e diz que isto "é algo para contar
para os netos". "Quero que isso seja algo a ser lembrado, como qualquer
artista", revelou.
Se isto já parece absurdo demais, é preciso esclarecer que se trata
apenas da "ponta do iceberg", por assim dizer. Por trás de uma exibição
como essa, com a intenção de chocar, existe um trabalho ideológico
pesado. Está a se falar de várias pessoas financiadas e comprometidas
com a malfadada agenda de gênero - que procura eliminar, de modo
arbitrário, as diferenças inerentes aos sexos masculino e feminino - e
com o que chamam de "desconstrução da heteronormatividade" - uma
expressão eufemística para mascarar a destruição da família e da relação
conjugal entre homem e mulher. Assim, ao mesmo tempo em que se expõe o
ridículo em uma galeria de arte, prepara-se o indecente e o imoral para
ser colocado nas cartilhas de educação para crianças e adolescentes.
De fato, a destruição da arte e o fato de que ela não mais se preocupe
em retratar a beleza é apenas sintoma de um problema muito maior, que
envolve o próprio fundamento da existência humana. Se é verdade, como
dizia Paulo VI, que
"o mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero"04, não resta dúvida de que este século já enlouqueceu há muito tempo.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Referências
- Encontro com os artistas na Capela Sistina, 21 de novembro de 2009 - Papa Bento XVI
- Universitário vai perder virgindade anal em performance artística – Folha de S. Paulo
- Esse cara vai perder a virgindade em público em nome da arte – Vice Brasil
- Mensagem do Concílio aos Artistas, 8 de dezembro de 1965, Papa Paulo VI
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