A liturgia deste domingo reflete sobre o sentido da
história da salvação e diz-nos que a meta final para onde Deus nos conduz é o
novo céu e a nova terra da felicidade plena, da vida definitiva. Este quadro
(que deve ser o horizonte que os nossos olhos contemplam em cada dia da nossa
caminhada neste mundo) faz nascer em nós a esperança; e da esperança brota a
coragem para enfrentar a adversidade e para lutar pelo advento do Reino.
Na primeira
leitura, um “mensageiro de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada, céptica e
apática que Jahwéh não abandonou o seu Povo. O Deus libertador vai intervir no
mundo, vai derrotar o que oprime e rouba a vida e vai fazer com que nasça esse
“sol da justiça” que traz a salvação.
O Evangelho oferece-nos
uma reflexão sobre o percurso que a Igreja é chamada a percorrer, até à segunda
vinda de Jesus. A missão dos discípulos em caminhada na história é
comprometer-se na transformação do mundo, de forma a que a velha realidade
desapareça e nasça o Reino. Esse “caminho” será percorrido no meio de
dificuldades e perseguições; mas os discípulos terão sempre a ajuda e a força
de Deus.
A segunda
leitura reforça a ideia de que, enquanto esperamos a vida definitiva, não
temos o direito de nos instalarmos na preguiça e no comodismo, alheando-nos das
grandes questões do mundo e evitando dar a nossa contribuição na construção do
Reino.
1º leitura – Mal 4,1-2 - AMBIENTE
O
nome “Malaquias” não é um nome próprio. Significa “o meu mensageiro”; é o
título tomado por um profeta anônimo, sobre o qual praticamente nada
sabemos e que se apresenta como “mensageiro” de Deus.
É,
de qualquer forma, um profeta do período pós-exílico. Na sua época, o Templo já
havia sido reconstruído (cf. Mal 1,10) e o culto já funcionava – ainda que mal
(cf. Mal. 1,7-9.12-13)… No entanto, o entusiasmo pela reconstrução estava
apagado; desanimado ao ver que as antigas promessas de Deus não se tinham
cumprido, o Povo havia caído na apatia religiosa e na absoluta falta de
confiança em Deus… Duvidava do amor de Deus, da sua justiça, do seu interesse
por Judá. Todo este cepticismo tinha repercussões no culto (cada vez mais
desleixado) e na ética (multiplicavam-se as falhas, as injustiças, as
arbitrariedades). Este quadro, posterior à restauração do Templo, situa-nos na
primeira metade do séc. V a.C. (entre 480 e 450 a.C.).
Este
“mensageiro de Deus” reage vigorosamente contra a situação em que o Povo de
Judá está a cair. Coloca cada um diante das suas responsabilidades para com
Jahwéh e para com o próximo, exige a conversão do Povo e a reforma da vida
cultual. A sua lógica é a lógica deuteronomista: se o Povo se obstinar em
percorrer caminhos de infidelidade à Aliança, voltará a conhecer a morte e a
infelicidade; mas se o Povo se voltar para Deus e cumprir os mandamentos,
voltará a gozar da vida e da felicidade que Deus oferece àqueles que seguem os
seus caminhos.
Uma
nota de caráter prático: o texto que nos é hoje proposto aparece, nas edições
mais recentes da Bíblia, numerado não como 4,1-2, mas como 3,19-20.
MENSAGEM
O
nosso texto refere-se ao “dia do julgamento” – isto é, ao dia em que Jahwéh vai
intervir na história, no sentido de destruir o mal, a injustiça, a opressão, o
pecado e fazer triunfar o bem, a justiça, a verdade. Diante do fogo do Senhor
que purifica e renova, “serão como palha os soberbos e malfeitores” e o Senhor
“não lhes deixará nem raiz nem ramos”; em contrapartida, para os que se mantêm
nos caminhos da aliança e dos mandamentos, “nascerá o sol da justiça, trazendo
nos seus raios a salvação”.
De
que é que o “mensageiro” de Deus está a falar? Está a falar do “fim do mundo”?
Não.
Está a referir-se ao “dia do Senhor” – um conceito que aparece com frequência
na literatura profética (cf. Am. 5,18; Sof. 1,14-18; Jl. 2,11) para designar o
momento da intervenção de Deus na história, o momento em que Jahwéh vai
oferecer ao seu Povo a salvação definitiva… O profeta está – utilizando uma
linguagem e imagens tipicamente proféticas – a pedir aos seus concidadãos que
não desanimem nem desesperem, pois Deus vai intervir no mundo para fazer
aparecer um mundo novo.
Trata-se,
fundamentalmente, de um apelo à esperança: “apesar da situação caótica em que
estamos, não desanimemos, mantenhamo-nos fiéis a Jahwéh, pois Deus vai fazer
aparecer um mundo novo, de vida e de felicidade para todos”. As imagens do
“fogo” devorador e da “palha” que é integralmente queimada são imagens bíblicas
muito comuns na época (sobretudo entre os autores apocalípticos) para
significar a intervenção de Deus, a atuação libertadora de Deus no mundo. Como
imagens que são, não devem ser tomadas à letra…
Para
os cristãos, esta profecia compreende-se à luz da intervenção libertadora de
Jesus: ele é o “sol de justiça” que brilha no mundo e que insere os homens na
dinâmica de um mundo novo – a dinâmica do “Reino”.
ATUALIZAÇÃO
¨
Muitas vezes temos a sensação de que o nosso mundo caminha para o abismo e que
nada o pode deter. Olhamos para o mapa dos conflitos bélicos e vemos pintados
de sangue o presente e o futuro de tantos povos; olhamos para a natureza e
vemo-la devorada pelos interesses das multinacionais da indústria; olhamos para
as pessoas e vemo-las fechadas no seu cantinho, desinteressadas das grandes
questões (fala-se, até, de uma “geração rasca” e de “crise de valores” para
descrever o quadro de desinteresse, de descomprometimento, de ausência de
grandes ideais)… A questão é: a esperança ainda faz sentido? Este mundo tem
saída? Um profeta anônimo de há 2450 anos dá voz à esperança e garante-nos:
Deus não nos abandonou; Ele vai intervir – Ele está sempre a intervir – no
mundo…
¨
É preciso ter consciência de que a intervenção libertadora de Deus não deve ser
projetada apenas para o “último dia” do mundo… Ela acontece a cada instante; e
nós devemos estar numa espera vigilante e ativa, a fim de sabermos reconhecer e
acolher de braços abertos a intervenção salvadora e libertadora de Deus na
nossa história e na nossa vida.
¨
Muitas vezes esta profecia e outras semelhantes são usadas pelas seitas (e, às
vezes, até por certos grupos que se dizem cristãos, mas que seguem o mesmo
percurso das seitas) para incutir medo: “está a chegar o fim do mundo e quem,
até lá, não ganhar juízo, irá sofrer castigos pavorosos e ser atirado para o
inferno”…
Interpretar
estes textos desta forma é distorcer gravemente a Palavra de Deus: eles não
pretendem amedrontar-nos, mas fortalecer a nossa esperança no Deus libertador e
dar-nos a coragem necessária para enfrentar os dramas da vida e da história.
2º leitura – 2Tes. 7-12 - AMBIENTE
Continuamos
a ler a Segunda Carta aos Tessalonicenses. O seu autor dirige-se – como já
vimos nos domingos anteriores – a uma comunidade que vive com entusiasmo a sua
fé e que dá um testemunho vigoroso e comprometido da sua adesão ao Evangelho de
Jesus, mesmo no meio das dificuldades e das perseguições… No entanto, a partida
precipitada de Paulo (que teve de deixar Tessalônica à pressa para fugir a uma
cilada armada contra ele pelos judeus da cidade) não permitiu que a catequese
ficasse completa e que certas questões de fé fossem suficientemente
desenvolvidas e amadurecidas. Uma dessas questões – que inquietava grandemente
os tessalonicenses – era a da segunda vinda do Senhor.
Nesta
carta percebe-se, claramente, que alguns cristãos de Tessalônica, persuadidos
de que a vinda do Senhor estava muito próxima, viviam “nas nuvens”,
negligenciando os seus deveres de todos os dias (2Tes. 2,1-2). Agora, a única
coisa que faz sentido – dizem eles – é ter os braços, os olhos e o coração
voltados para o céu, esperando a vinda gloriosa do Senhor. Esta atitude
compreende-se ainda melhor à luz da antropologia grega, segundo a qual o homem
deve viver voltado para o mundo ideal e espiritual, fugindo o mais possível do
terreno e material; o trabalho manual – de acordo com esta perspectiva – é
degradante, sem valor algum para a construção da pessoa e deve ser evitado a
todo o custo… É este o enquadramento da nossa leitura.
MENSAGEM
O
autor da Segunda Carta aos Tessalonicenses rejeita totalmente esta concepção e
a atitude daqueles que – com a desculpa da iminência da vinda do Senhor – vivem
ocupados com futilidades e não fazem nada de útil. Nas entrelinhas percebemos a
perspectiva de inspiração semita, segundo a qual a condição corporal do homem
não é um castigo; portanto, o trabalho manual não envelhece, mas dignifica.
De
resto, o autor da carta dá como exemplo o próprio Paulo: ele nunca escolheu a
ociosidade, nem viveu à custa de quem quer que fosse (“trabalhamos noite e dia
com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós” – v. 8); até
mesmo durante as suas viagens missionárias, Paulo nunca aceitou qualquer
pagamento – o que mostra que o seu amor pelos cristãos e pelas comunidades é
sincero e nunca teve qualquer interesse material.
O
tom desta passagem é exigente, solene, autoritário, pois está em jogo algo de
fundamental – a harmonia da comunidade. É que, se numa comunidade houver
parasitas que vivem à custa dos demais, rapidamente a comunidade chegará a uma
situação insustentável: o equilíbrio romper-se-á, surgirão os conflitos, as
acusações, as divisões e a fraternidade será uma miragem. Viver em comunidade
exige a repartição equitativa dos recursos a que a comunidade tem acesso; mas
exige, também, a responsabilização de todos os membros, a fim de que todos
ponham ao serviço dos irmãos os próprios dons e contribuam para a construção,
para o equilíbrio e para a harmonia comunitárias.
ATUALIZAÇÃO
¨
Ao contrário do que dizem alguns “iluminados”, o cristianismo não fomenta a
evasão deste mundo, nem pretende fazer alienados que vivam de olhos postos no
céu e passem ao lado das lutas dos outros homens… Pelo contrário, o
cristianismo vivido com verdade, seriedade e coerência potencia um empenhamento
sincero na construção de um mundo mais justo e mais fraterno, todos os dias,
vinte e quatro horas por dia. O “Reino de Deus” é uma realidade que atingirá o
ponto culminante na vida futura; mas começa a construir-se aqui e agora e exige
o esforço e o empenho de todos. A minha atitude é a de quem se comprometeu com
o “Reino” e procura construí-lo em cada instante da sua existência?
¨
Nas comunidades cristãs encontramos, com frequência, pessoas que falam muito e
mandam muito, mas fazem muito pouco e, muitas vezes, ainda se aproveitam dos
trabalhos dos outros para se enfeitar de louros… Também encontramos aqueles que
são apenas “consumidores passivos” daquilo que a comunidade constrói, mas não
se esforçam minimamente por colaborar. Qual é a minha atitude face a isto? Dou
a minha contribuição na construção da comunidade? Ponho a render os meus dons?
¨
A Palavra interpela também as comunidades religiosas… A vida religiosa pode ser
apenas uma vida cômoda (com cama, mesa e roupa lavada garantidas) para pessoas
que gostam de viver instaladas, arrumadas, sem ambições… É preciso cuidado para
não nos tornarmos parasitas da sociedade (e, muitas vezes, de pessoas que vivem
muito pior do que nós e que ainda partilham conosco o pouco que têm): a nossa
missão é tornarmo-nos “sinais” que anunciam o mundo novo e trabalhar para que
esse mundo novo seja uma realidade.
Evangelho – Lc. 21,5-19 - AMBIENTE
Estamos
em Jerusalém, nos últimos dias antes da paixão. Como acontece com os outros
sinópticos (cf. Mt 24-25; Mc 13), também Lucas conclui a pregação de Jesus com
um discurso escatológico onde se misturam referências à queda de Jerusalém e ao
“fim dos tempos”. Na versão lucana, Jesus está nos átrios do Templo com os
discípulos (na versão de Mateus e de Marcos, Jesus está no monte das
Oliveiras); é a contemplação das belas pedras do Templo, que leva Jesus a esta
catequese escatológica.
MENSAGEM
O
discurso escatológico que Lucas nos traz é uma apresentação teológica onde
aparecem, em pano de fundo, três momentos da história da salvação: a destruição
de Jerusalém, o tempo da missão da Igreja e a vinda do Filho do Homem (que porá
fim ao “tempo da Igreja” e trará a plenitude do “Reino de Deus”).
O
texto começa com o anúncio da destruição de Jerusalém (vs. 5-6). Na perspectiva
profética, Jerusalém é o lugar onde deve irromper a salvação de Deus (cf. Is.
4,5-6; 54,12-17; 62; 65,18-25) e para onde convergirão todos os povos
empenhados em ter acesso a essa salvação (cf. Is. 2,2-3; 56,6-8; 60,3;
66,20-23). No entanto, Jerusalém recusou a oferta de salvação que Jesus veio
trazer. A destruição da cidade e do Templo
significa que Jerusalém deixou de ser o lugar exclusivo e definitivo da
salvação. A Boa Nova de Jesus vai, portanto, deixar Jerusalém e partir ao
encontro de todos os povos. Começa, assim, uma outra fase da história da
salvação: começa o “tempo da Igreja” – o tempo em que a comunidade dos
discípulos, caminhando na história, testemunhará a salvação a todos os povos da
terra.
Vem,
depois, uma reflexão sobre o “tempo da Igreja”, que culminará com a segunda
vinda de Jesus (vs. 7-19). Como será esse tempo? Como vivê-lo? Em primeiro
lugar, Lucas sugere que, após a destruição de Jerusalém, surgirão falsos
messias e visionários que anunciarão o fim (o que é, aliás, vulgar em épocas de
crise e de catástrofe). Lucas avisa: “não sigais atrás deles” (v. 8); e esclarece:
“não será logo o fim” (v. 9). A destruição de Jerusalém no ano 70 pelas tropas
de Tito deve
ter
parecido aos cristãos o prenúncio da segunda vinda de Jesus e alguns pregadores
populares deviam alimentar essas ilusões… Mas Lucas (que escreve durante os
anos 80) está apostado em eliminar essa febre escatológica que crescia em
certos sectores cristãos: em lugar de viverem obcecados com o fim, os cristãos
devem preocupar-se em viver uma vida cristã cada vez mais comprometida com a
transformação “deste” mundo.
Em
segundo lugar, Lucas diz aos cristãos o que acontecerá nesse “tempo de espera”:
paulatinamente, irá surgindo um mundo novo. Para dizer isto, Lucas recorre a
imagens apocalípticas (“há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino”
– v. 10, cf. Is. 19,2; 2 Cr 15,6; “haverá grandes terremotos e, em diversos
lugares, fome e epidemias; haverá fenômenos espantosos e grandes sinais no céu”
– v. 11), muito usadas pelos pregadores populares da época para falar da queda
do mundo velho – o mundo do pecado, do egoísmo, da exploração – e do surgimento
de um mundo novo… A questão é, portanto, esta: no tempo que medeia entre a
queda de Jerusalém e a segunda vinda de Jesus, o “Reino de Deus” ir-se-á
manifestando; o mundo velho desaparecerá e nascerá um mundo novo (recordemos
que os discípulos não devem esperá-lo de braços cruzados, à espera que Deus
faça tudo, mas devem empenhar-se na sua construção). É claro que a libertação
plena e definitiva só acontecerá com a segunda vinda de Jesus.
Em
terceiro lugar, Lucas põe os cristãos de sobreaviso para as dificuldades e
perseguições que marcarão a caminhada histórica da Igreja pelo tempo fora, até
à segunda vinda de Jesus. Lucas lembra-lhes, contudo, que não estarão sós, pois
Deus estará sempre presente; será com a força de Deus que eles enfrentarão os
adversários e que resistirão à tortura, à prisão e à morte; será com a ajuda de
Deus que eles poderão, até, resistir à dor de ser atraiçoados pelos próprios
familiares e amigos… Quando Lucas escreve este texto, tem bem presente a
experiência de uma Igreja que caminha e luta na história para tornar realidade
o “Reino” e que, nessa luta, conhece os sofrimentos, as dificuldades, a
perseguição e o martírio; as palavras de alento que ele aqui deixa – sobretudo
a certeza de que Deus está presente e não abandona os seus filhos – devem ter
constituído uma ajuda inestimável para esses cristãos a quem o Evangelho se
destinava.
O
discurso escatológico define, portanto, a missão da Igreja na história (até à
segunda vinda de Jesus): dar testemunho da Boa Nova e construir o Reino. Os
discípulos nada deverão temer: haverá dificuldades, mas eles terão sempre a
ajuda e a força de Deus.
ATUALIZAÇÃO
¨
O que parece, aqui, fundamental, não é o discurso sobre o “fim do mundo”, mas
sim o discurso sobre o percurso que devemos percorrer, até chegarmos à
plenitude da história humana… Trata-se de uma caminhada que não nos leva ao
aniquilamento, à destruição absoluta, ao fracasso total, mas à vida nova, à
vida plena; por isso, deve ser uma caminhada que devemos percorrer de cabeça
levantada, cheios de alegria e de esperança.
¨
É, sem dúvida, uma caminhada eivada de dificuldades, de lutas, onde o bem e o
mal se confrontarão sem cessar; mas é um percurso onde o mundo novo irá
surgindo – embora com avanços e recuos – e onde a semente do “Reino” irá
germinando. Aos crentes pede-se que reconheçam os “sinais” do “Reino”, que se
alegrem porque o “Reino” está presente e que se esforcem, todos os dias, por
tornar possível essa nova realidade. A nossa vida não pode ser um ficar de
braços cruzados a olhar para o céu, mas um compromisso sério e empenhado, de
forma a que floresça o mundo novo da justiça, do amor e da paz. Quais são os
sinais de esperança que eu contemplo e que me fazem acreditar na chegada
iminente do “Reino”? O que posso fazer, no dia a dia, para apressar a chegada
do “Reino”?
¨
Nessa caminhada, os crentes sabem que não estão sós, mas que Deus vai com eles…
É essa presença constante e amorosa de Deus que lhes permitirá enfrentar as
forças da morte, apostadas em evitar que o mundo novo apareça; é essa força de
Deus que permitirá aos discípulos de Jesus vencer o desânimo, a adversidade, o
medo.
¨
Alguns sinais de desagregação do mundo velho, que todos os dias contemplamos,
não devem assustar-nos: eles são, apenas, sinais de que estamos a nascer para
algo novo e melhor. O perder certas referências pode assustar-nos e baralhar os
nossos esquemas e certezas; mas todos sabemos que é impossível construir algo
mais bonito, sem a destruição do que é velho e caduco.
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