Os adolescentes precisam de pais pacientes, que respeitem seus espaços de intimidade, mas com a firmeza de um coração que educa com amor.
É mais fácil julgá-los
que guiá-los; censurá-los que iluminá-los; proibi-los que educá-los.
Sempre falamos deles como uma geração cada vez mais decadente, filhos de
um mundo superficial e que se transforma aceleradamente; dependentes da
tecnologia, do sexo, do ócio e do tédio. Mas não é fácil ser adolescente.
Eles nos parecem cada vez mais estranhos, mais distantes, com uma brecha entre gerações quase intransponível e com um vocabulário que não é fácil de entender.
Mas é que às vezes nem eles mesmos se entendem, pois crescer não é simples. E não é simples porque todo crescimento comporta sofrimento, uma metamorfose, e nenhuma mudança acontece tranquilamente, já que todas trazem consigo uma espécie de dor.
A adolescência como tal implica em um padecimento (o termo "adolescente" vem do latim "adolescere", "padecer"). Esta época de grandes mudanças físicas, emocionais, espirituais e psicológicas, na qual a pessoa é estranha a si mesma e ao mundo, é a idade do desconhecimento de si mesmo, pois se experimentam coisas novas, e o adolescente se sente como se estivesse no corpo de um alienígena.
Nesta fase, começam as mais fortes pulsões sexuais, como um fogo que devora, até abrasar a carne, e é então que se acredita que tudo o que se experimenta, afetiva ou emocionalmente, pode ser chamado de amor: a necessidade do outro, o enamoramento, a vontade de estar com, sentir saudade etc. Não é simples ser adolescente.
São os anos do entusiasmo, da luta por conquistar uma liberdade que ainda não entendem e com a qual não sabem o que fazer para não acabar estragando a vida com suas decisões; é a fase de brigar com Deus para entronizar a razão, de rejeitar a fé por achar que ela entra em conflito com a lógica do pensamento novo que borbulha no próprio interior, que quer crescer e ser adulto.
Não é fácil sentir coisas "de adultos", para as quais ainda não estão preparados, nem tanta vontade de sexo e solidariedade, de altruísmo efêmero e de amor pela natureza.
É a idade da força física e da fraqueza emocional, dos desejos de mudar o mundo, deixando o próprio coração intacto. Não é fácil ser adolescente.
São estranhos, sim. Estanhos sobretudo para si mesmos, e não aceitam reprovação, mas compreensão; não aceitam censura, mas guia. E é aí que os adultos podem estender-lhes a mão para tornar um pouco menos dolorosa a tarefa de crescer.
Eles não precisam que enchamos seus bolsos ou carteiras de preservativos, a cabeça de broncas, o coração de mais dúvidas e o ego de burlas.
Os adolescentes precisam de pais pacientes, que saibam responder oportuna e adequadamente aos seus interrogantes, respeitando seus espaços de intimidade; que saibam respeitar a intimidade das suas consciências, mas ter a firmeza de um coração que educa com amor e guia com a serena certeza de estar no caminho certo, em meio às tempestades.
Pais que não tenham medo das asas que crescem, e não recorram à tesoura para mutilar sua vontade de voar. Porque eles precisam aprender a voar.
Os adolescentes precisam de amigos da sua idade para perceber que não são únicos em sua "raridade"; mas também precisam de educadores que saibam acabar com o bullying quando as mudanças de alguns sejam mais bruscas que dos outros.
Precisam de mestres espirituais, homens e mulheres de Deus, que lhes mostrem um Senhor que não vem para obstaculizar seu anseio por liberdade, mas, pelo contrário, nele podem encarnar melhor o que significa erguer as asas rumo ao horizonte futuro.
Mas também precisam ser pacientes, saber que toda esta dor passará, que a pressa não traz mais do que cansaço e desolação. Que aprendam a fazer coisas de adolescentes, que cultivem a amizade, ampliem seu círculo afetivo, pois é nele que surgem as maiores e nobres relações do futuro fraterno.
Enfim, que nunca se esqueçam de que não se é criança para sempre, nem adolescentes para sempre, nem jovens para sempre, nem adultos para sempre, nem mortos para sempre.
Eles nos parecem cada vez mais estranhos, mais distantes, com uma brecha entre gerações quase intransponível e com um vocabulário que não é fácil de entender.
Mas é que às vezes nem eles mesmos se entendem, pois crescer não é simples. E não é simples porque todo crescimento comporta sofrimento, uma metamorfose, e nenhuma mudança acontece tranquilamente, já que todas trazem consigo uma espécie de dor.
A adolescência como tal implica em um padecimento (o termo "adolescente" vem do latim "adolescere", "padecer"). Esta época de grandes mudanças físicas, emocionais, espirituais e psicológicas, na qual a pessoa é estranha a si mesma e ao mundo, é a idade do desconhecimento de si mesmo, pois se experimentam coisas novas, e o adolescente se sente como se estivesse no corpo de um alienígena.
Nesta fase, começam as mais fortes pulsões sexuais, como um fogo que devora, até abrasar a carne, e é então que se acredita que tudo o que se experimenta, afetiva ou emocionalmente, pode ser chamado de amor: a necessidade do outro, o enamoramento, a vontade de estar com, sentir saudade etc. Não é simples ser adolescente.
São os anos do entusiasmo, da luta por conquistar uma liberdade que ainda não entendem e com a qual não sabem o que fazer para não acabar estragando a vida com suas decisões; é a fase de brigar com Deus para entronizar a razão, de rejeitar a fé por achar que ela entra em conflito com a lógica do pensamento novo que borbulha no próprio interior, que quer crescer e ser adulto.
Não é fácil sentir coisas "de adultos", para as quais ainda não estão preparados, nem tanta vontade de sexo e solidariedade, de altruísmo efêmero e de amor pela natureza.
É a idade da força física e da fraqueza emocional, dos desejos de mudar o mundo, deixando o próprio coração intacto. Não é fácil ser adolescente.
São estranhos, sim. Estanhos sobretudo para si mesmos, e não aceitam reprovação, mas compreensão; não aceitam censura, mas guia. E é aí que os adultos podem estender-lhes a mão para tornar um pouco menos dolorosa a tarefa de crescer.
Eles não precisam que enchamos seus bolsos ou carteiras de preservativos, a cabeça de broncas, o coração de mais dúvidas e o ego de burlas.
Os adolescentes precisam de pais pacientes, que saibam responder oportuna e adequadamente aos seus interrogantes, respeitando seus espaços de intimidade; que saibam respeitar a intimidade das suas consciências, mas ter a firmeza de um coração que educa com amor e guia com a serena certeza de estar no caminho certo, em meio às tempestades.
Pais que não tenham medo das asas que crescem, e não recorram à tesoura para mutilar sua vontade de voar. Porque eles precisam aprender a voar.
Os adolescentes precisam de amigos da sua idade para perceber que não são únicos em sua "raridade"; mas também precisam de educadores que saibam acabar com o bullying quando as mudanças de alguns sejam mais bruscas que dos outros.
Precisam de mestres espirituais, homens e mulheres de Deus, que lhes mostrem um Senhor que não vem para obstaculizar seu anseio por liberdade, mas, pelo contrário, nele podem encarnar melhor o que significa erguer as asas rumo ao horizonte futuro.
Mas também precisam ser pacientes, saber que toda esta dor passará, que a pressa não traz mais do que cansaço e desolação. Que aprendam a fazer coisas de adolescentes, que cultivem a amizade, ampliem seu círculo afetivo, pois é nele que surgem as maiores e nobres relações do futuro fraterno.
Enfim, que nunca se esqueçam de que não se é criança para sempre, nem adolescentes para sempre, nem jovens para sempre, nem adultos para sempre, nem mortos para sempre.
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