Nossa sociedade atual parece ter medo de chamar as coisas pelo seu nome, na tentativa de evitar que a realidade a interpele
A Bíblia narra como o
homem, ao ter a criação toda exposta diante dele, foi dando nome a cada
animal da terra; também deu nome a todas as coisas, situações e relações
que ia estabelecendo. O homem é um ser nominal (dá nome a tudo) e tem
essa necessidade de dar nome a cada coisa, pois, por meio dos nomes, dá
consistência e identidade a determinada realidade e busca uma forma
particular de se relacionar com ela.
Mas não é menos verdade que, a certa altura, o ser humano percebeu que havia alguns termos que eram duros e escandalosos ao ouvido, e teve de enfrentar conceitos e realidades que incomodavam sua consciência e acabavam com a sua tranquilidade.
Para conseguir aliviá-la e sentir-se tranquilo consigo mesmo, ou para mostrar-se um pouco mais culto e decente, ele optou por criar os chamados “eufemismos”, que são manifestações suaves e decorosas de ideias cuja franca e direta expressão seria dura ou censurável.
No começo, tais eufemismos só buscavam enfeitar um pouco aquelas palavras que podiam parecer ásperas ou grosseiras; assim, as pessoas acabaram preferindo mudar os nomes de certos comportamentos, ao invés de transformar as realidades que estavam vivendo de maneira inadequada, para não terem de enfrentar a dureza da censura.
Assim, podiam se sentir mais tranquilos consigo mesmos, sem ter de modificar seu proceder; já não se tratava de “fazer” o bem, mas simplesmente de “sentir-se” bem; já não se interessavam pela bondade, mas sim por tentar fazer que a maldade não parecesse tão “má”.
Com os eufemismos, deixou-se de falar de “aborto”, para falar de “interrupção da gravidez”; o “adultério” virou “deslize amoroso”; as “prostitutas” começaram a ser chamadas de “profissionais do sexo”, e assim por diante.
Os eufemismos são a típica expressão de uma sociedade relativista e manipuladora, que já não acredita em princípios universais, eternos e imutáveis, mas em utilitarismos morais; que está convencida de que mudar os nomes das coisas metamorfoseia a sua essência e que, portanto, a conduta deixa de ser reprovável, até se tornar quase uma virtude; que o que é mau se torna bom só porque um nome agradável tornou possível este “milagre”.
Nossa sociedade é eufemística e, assim, pretende acabar com o mal, com o peso de consciência e sentir que, em última instância, tudo muda com uma palavra. O eufemismo manipula a sociedade, tornando-nos politicamente corretos e evitando, assim, que tenhamos problemas devido ao fato de chamar cada coisa pelo seu nome real.
Com os eufemismos, o que interessa não é fazer o bem, mas sentir-se bem, pois o subjetivismo jogou a objetividade no lixo; e o sentimento se tornou mais importante que a razão e a opinião de verdade.
O eufemismo moral torna a consciência frouxa e tende a entorpecê-la, pois, de tanto repetir os mesmos conceitos, acabamos perdendo de vista a verdadeira dimensão das realidades que enfrentamos. A suavidade com que se expressa, que parece uma espécie de diplomacia, nem sempre é inócua.
Só quando as coisas recebem seu nome verdadeiro é que podemos enfrentá-las com realismo e buscar soluções. Mas, para isso, é preciso estar dispostos ao incômodo que tal empreitada gera em nós.
A última “perola” eufemística em voga é pedir a Deus que perdoe nossos “erros”, pois já não queremos chamar de “pecado” o que é precisamente isso: pecado.
Os erros não merecem perdão, mas desculpas. O pecado precisa ser chamado de “pecado” sem medo algum, para que a pessoa possa ser perdoada pelo Senhor.
Mas não é menos verdade que, a certa altura, o ser humano percebeu que havia alguns termos que eram duros e escandalosos ao ouvido, e teve de enfrentar conceitos e realidades que incomodavam sua consciência e acabavam com a sua tranquilidade.
Para conseguir aliviá-la e sentir-se tranquilo consigo mesmo, ou para mostrar-se um pouco mais culto e decente, ele optou por criar os chamados “eufemismos”, que são manifestações suaves e decorosas de ideias cuja franca e direta expressão seria dura ou censurável.
No começo, tais eufemismos só buscavam enfeitar um pouco aquelas palavras que podiam parecer ásperas ou grosseiras; assim, as pessoas acabaram preferindo mudar os nomes de certos comportamentos, ao invés de transformar as realidades que estavam vivendo de maneira inadequada, para não terem de enfrentar a dureza da censura.
Assim, podiam se sentir mais tranquilos consigo mesmos, sem ter de modificar seu proceder; já não se tratava de “fazer” o bem, mas simplesmente de “sentir-se” bem; já não se interessavam pela bondade, mas sim por tentar fazer que a maldade não parecesse tão “má”.
Com os eufemismos, deixou-se de falar de “aborto”, para falar de “interrupção da gravidez”; o “adultério” virou “deslize amoroso”; as “prostitutas” começaram a ser chamadas de “profissionais do sexo”, e assim por diante.
Os eufemismos são a típica expressão de uma sociedade relativista e manipuladora, que já não acredita em princípios universais, eternos e imutáveis, mas em utilitarismos morais; que está convencida de que mudar os nomes das coisas metamorfoseia a sua essência e que, portanto, a conduta deixa de ser reprovável, até se tornar quase uma virtude; que o que é mau se torna bom só porque um nome agradável tornou possível este “milagre”.
Nossa sociedade é eufemística e, assim, pretende acabar com o mal, com o peso de consciência e sentir que, em última instância, tudo muda com uma palavra. O eufemismo manipula a sociedade, tornando-nos politicamente corretos e evitando, assim, que tenhamos problemas devido ao fato de chamar cada coisa pelo seu nome real.
Com os eufemismos, o que interessa não é fazer o bem, mas sentir-se bem, pois o subjetivismo jogou a objetividade no lixo; e o sentimento se tornou mais importante que a razão e a opinião de verdade.
O eufemismo moral torna a consciência frouxa e tende a entorpecê-la, pois, de tanto repetir os mesmos conceitos, acabamos perdendo de vista a verdadeira dimensão das realidades que enfrentamos. A suavidade com que se expressa, que parece uma espécie de diplomacia, nem sempre é inócua.
Só quando as coisas recebem seu nome verdadeiro é que podemos enfrentá-las com realismo e buscar soluções. Mas, para isso, é preciso estar dispostos ao incômodo que tal empreitada gera em nós.
A última “perola” eufemística em voga é pedir a Deus que perdoe nossos “erros”, pois já não queremos chamar de “pecado” o que é precisamente isso: pecado.
Os erros não merecem perdão, mas desculpas. O pecado precisa ser chamado de “pecado” sem medo algum, para que a pessoa possa ser perdoada pelo Senhor.
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