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Educar
significa favorecer o desenvolvimento integral do ser humano – onde se
contempla de forma essencial, o sentido da vida humana e sua vocação
inalienável à transcendência e à vida plena –, para que ele conquiste sua
autonomia diante do mundo e nele possa construir sua história, pautada nos
valores universais que fundamentam a sua vida. Nesta perspectiva, educar é
também ensinar a refletir criticamente sobre o mundo.
Esta
postura crítica diante do mundo não se constrói sem o hábito da leitura e sem
sintonia com o que pensa o Magistério da Igreja – no caso da educação cristã –,
pois esta, como Mãe, procura formar seus filhos para o bem e a felicidade
autêntica. Boas livrarias católicas oferecem literatura adequada, além de que,
cursos de formação humana cristã oferecidos nas paróquias e nas comunidades
novas que caminham em sintonia com seu pároco e bispo podem ajudar muito.
Também a oração pessoal, em família e do casal fortalecem nossas escolhas e nos
ajudam a alcançar de Deus a sabedoria, o discernimento e a graça necessária
para vivermos na sua luz, como família crista.
Para o
desenvolvimento integral do ser humano é importante a vivência familiar de
valores, tais como: a solidariedade, o perdão, a partilha, o respeito, a
disciplina, a honestidade, entre outros, e também o cultivo saudável das
relações familiares.
Quando a casa é construída sobre a rocha, vêm as tempestades e os ventos fortes, mas ela não desmorona, como Jesus afirma no Evangelho (Mt 7,24). A vivência religiosa é a responsável pelo cultivo dos valores humanos saudáveis diante de uma sociedade que adoece a cada dia, promovendo falsos valores, como o individualismo, o hedonismo, o consumismo, entre outros.
Quando a casa é construída sobre a rocha, vêm as tempestades e os ventos fortes, mas ela não desmorona, como Jesus afirma no Evangelho (Mt 7,24). A vivência religiosa é a responsável pelo cultivo dos valores humanos saudáveis diante de uma sociedade que adoece a cada dia, promovendo falsos valores, como o individualismo, o hedonismo, o consumismo, entre outros.
Algumas dicas que podem ajudar
Nesta
fase delicada, o adolescente anseia por se autoafirmar. Rompendo de certa forma
com os padrões familiares, e agrupando-se com seus pares, busca a aceitação no
grupo. Por isso, os pais devem estar atentos para perceber quem é a turma de
amigos, que lugares frequentam, que tipo de lazer preferem, como ocupam o tempo
ocioso. Com diálogo e acolhimento faz-se necessário orientar sobre as diversas
realidades que apresentam riscos sociais para eles e verificar com quem passam
horas na internet, além de regular o uso da mesma. De preferência, deve-se
colocar o computador em lugar coletivo da casa, evitando o seu uso isolado e
exclusivo pelo adolescente e pelas crianças.
É
importante acompanhar o rendimento escolar do adolescente, exigir bom
desempenho, perceber dificuldades reais que precisem de ajuda adequada e tomar
as providências necessárias. Dificuldades de atenção – excitação, dispersão e
agressividade – timidez excessiva, “desligamento”, passividade – sonolência e
outros sinais de depressão devem ser sinais de alerta para os pais, que devem
procurar ajuda adequada.
A interação entre escola e família é fundamental, especialmente em nossos dias, quando os pais têm tempo escasso para os filhos, em função do trabalho. É preciso descobrir caminhos de cooperação e complementariedade, eliminando atitudes defensivas e acusatórias que só prejudicam o processo educativo do adolescente.
Deve-se também favorecer, se não foi feito até agora, a participação do adolescente em grupos que alimentem valores cristãos universais e proporcionem um ambiente relacional saudável. Outras alternativas como um hobby – artes, esportes, dança, etc. – devem também ser promovidas pelos pais e pela escola para ocupar de forma criativa e construtiva as horas extra-curriculares do adolescente.
É importante promover momentos regulares de convívio familiar alegre, criativo, descontraído, que elevem a autoestima dos filhos, que motivem para a partilha de vida de forma positiva, além de promover atividades lúdicas e fraternas que restaurem as relações familiares.
Não há adolescente que resista quando os pais abrem as portas de casa para acolher a turma de amigos e favorecer um convívio prazeroso (assistir a filmes, campeonatos de jogos de salão, etc,), tudo isso com um lanche saboroso.
Sabemos que é necessário ordenar e organizar a vida familiar e também ajudar o adolescente a organizar-se. Também, ocasionalmente, a mãe arrumar o quarto, verificar bolsos de calças para lavar e organizar oportunamente seu armário, pode ser importante não só para manifestar atenção e cuidado, mas para perceber se há algum “sinal de alerta” quanto ao uso de drogas.
Não se escandalizem com esta possibilidade, pois atualmente é muito comum que adolescentes bem educados e “ajustados” tenham acesso a drogas, até mesmo por recreação e curiosidade, ou por influência da turma de amigos. Sendo próprio da adolescência o gosto por desafiar o perigo e uma certa onipotência, não é difícil ocorrer a experiência com álcool e drogas.
No caso das drogas, geralmente se começa com o uso recreativo da maconha, que oferece sensação de poder e relaxamento. Mesmo sendo vista por alguns grupos como “inofensiva”, sabe-se hoje que ela é a porta para outras drogas e traz efeitos muito prejudiciais, como por exemplo, a fadiga física e mental, a dificuldade de concentração e interrupção da memória recente, a consequente diminuição no rendimento escolar, alterações de percepção de tempo e distância, entre outros.
O adolescente adicto no contexto de famílias disfuncionais
São situações de disfuncionalidade, resultante tanto de agressões externas, quanto de crises internas:
- Morte violenta ou não de um dos membros da família
- Doença crônica e grave de um dos membros da família
- Desemprego crônico do(a) chefe da família
- Alcoolismo ou dependência de outras drogas de um ou mais membros da família
- Desajuste conjugal crônico e/ou crises de relacionamento sem enfrentamento honesto ou mal resolvidos
- Violência e maus tratos físicos
- Autoritarismo e ausência de diálogo
- Ausência de regras e de limites adequados
- Ausência de referências éticas ou religiosas
- Pai ou mãe com distúrbios emocionais crônicos sem ajuda adequada
O adicto,
em sua personalidade, apresenta um certo descompasso entre idade cronológica,
cognitiva e emocional, em razão de pontos de estrangulamento no desenvolvimento
de sua personalidade.
Em termos psicológicos, a problemática do adicto se mostra complexa porque está envolvida no jogo de luzes e sombras da personalidade humana, e é constituída subjetivamente de muitos elementos da sua história de vida, bem como antes de ser concebido, através das heranças genéticas e culturais dos seus familiares e do ambiente social.
Geralmente, encontramos casos de parentes próximos ou remotos com história de abuso de álcool ou drogas. E entre os hábitos familiares está o uso de bebidas alcoólicas socialmente aceito e até incentivado. Nossas festas familiares são sempre regadas a bebidas alcoólicas e muitas crianças convivem em seu lar com este abuso frequente de álcool por parte dos pais. Essa “necessidade” da bebida alcoólica como fator que promove alegria e descontração alimenta inconscientemente sua busca “lícita” da mesma, levando ao abuso e, em certos casos, progressivamente, gerando dependência psicológica e/ou física.
Ter sentido de vida e dar significados relevantes ao cotidiano
Em termos psicológicos, a problemática do adicto se mostra complexa porque está envolvida no jogo de luzes e sombras da personalidade humana, e é constituída subjetivamente de muitos elementos da sua história de vida, bem como antes de ser concebido, através das heranças genéticas e culturais dos seus familiares e do ambiente social.
Geralmente, encontramos casos de parentes próximos ou remotos com história de abuso de álcool ou drogas. E entre os hábitos familiares está o uso de bebidas alcoólicas socialmente aceito e até incentivado. Nossas festas familiares são sempre regadas a bebidas alcoólicas e muitas crianças convivem em seu lar com este abuso frequente de álcool por parte dos pais. Essa “necessidade” da bebida alcoólica como fator que promove alegria e descontração alimenta inconscientemente sua busca “lícita” da mesma, levando ao abuso e, em certos casos, progressivamente, gerando dependência psicológica e/ou física.
Ter sentido de vida e dar significados relevantes ao cotidiano
O ser
humano em seus elementos constitutivos necessita estabelecer com o mundo,
consigo mesmo, com o outro e até com Deus uma relação prazerosa que o fortaleça
nessa difícil arte de viver.
Criados à imagem e semelhança do Criador, encontramos alegria e prazer quando experimentamos o amor autêntico, aquele de que fala o apóstolo Paulo (1Cor 13,1ss) – Este é o sentido da vida – e dele fluem inúmeros significados para o cotidiano da pessoa, trazendo-lhe alegria, prazer de viver e motivações transcendentes para enfrentar os desafios e os sofrimentos inerentes à condição humana.
É a partir da experiência deste Amor Ágape, cuja fonte é Deus e cuja a expressão mais humana é Jesus, que a pessoa vai abrindo-se a este sentido maior da existência e acolhendo os valores que o compõem conforme refere o apóstolo Paulo. Neste ambiente de amor, o indivíduo encontra segurança e motivação para desenvolver-se plenamente e ser feliz.
O amor, com respeito, sem egoísmo, sem comodismo, deve ser também um amor que exige, orienta e educa. Este é o caminho para que a pessoa abandone a busca das compensações prazerosas destrutivas de si mesmo e dos outros.
Criados à imagem e semelhança do Criador, encontramos alegria e prazer quando experimentamos o amor autêntico, aquele de que fala o apóstolo Paulo (1Cor 13,1ss) – Este é o sentido da vida – e dele fluem inúmeros significados para o cotidiano da pessoa, trazendo-lhe alegria, prazer de viver e motivações transcendentes para enfrentar os desafios e os sofrimentos inerentes à condição humana.
É a partir da experiência deste Amor Ágape, cuja fonte é Deus e cuja a expressão mais humana é Jesus, que a pessoa vai abrindo-se a este sentido maior da existência e acolhendo os valores que o compõem conforme refere o apóstolo Paulo. Neste ambiente de amor, o indivíduo encontra segurança e motivação para desenvolver-se plenamente e ser feliz.
O amor, com respeito, sem egoísmo, sem comodismo, deve ser também um amor que exige, orienta e educa. Este é o caminho para que a pessoa abandone a busca das compensações prazerosas destrutivas de si mesmo e dos outros.
Laura Martins
Missionária da Comunidade Católica Shalom em Fortaleza/CE
*Os Projetos Volta Israel e
Juventude, ambos da Comunidade Católica Shalom, encabeçam a Campanha Vida
Quero Mais. A eles já se uniram diversas instituições de ensino. Neste ano
queremos contar com a sua parceria no combate a este flagelo que preocupa nossa
sociedade.
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Bibliografia
ANDRADE, Leda de
Alencar Araripe e. Noções de Psicopatologia para Terapeutas: aspectos da
intervenção integrativa. 91ª Ed. Fortaleza: CTS Impressão Gráfica, 2002.
MORENO, Jacob Levi.
As Palavras do Pai. São Paulo: Editorial Psy. Campinas, 1992.
COSTA, Wedja
Granja. Socionomia como Expressão de Vida. Fortaleza: Fundação de
Estudos e Pesquisas Socionômicas do Brasil, 1996.
Bíblia Sagrada. São Paulo:
Editora Ave-Maria, 1994.
SOUSA, Klênio
Antonio. Psicopedagogia On Line. Portal 1998. Criminalidade Juvenil. Artigo
em publicação on line .
RELATÓRIO DE
DESENVOLVIMENTO JUVENIL. 2004. Brasília: Edições UNESCO BRASIL. Waiselfisz,
Julio Jacobo (coord), 2007.
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