Filia é amor amizade, “eros como termo para significar o amor «
mundano » e ágape como expressão do amor fundado sobre a fé e por ela
plasmado.(n. 7)
É interessante como o Papa Bento se debruça e se dedica a fazer-nos compreender a beleza extraordinária do amor “ágape”. “Quem quer dar amor, deve ele mesmo recebê-lo em dom. Certamente, o homem pode — como nos diz o Senhor — tornar-se uma fonte donde correm rios de água viva (cf. Jo 7, 37-38); mas, para se tornar semelhante fonte, deve ele mesmo beber incessantemente da fonte primeira e originária que é Jesus Cristo, de cujo coração trespassado brota o amor de Deus (cf. Jo 19, 34).”(n.7)
O eros e o ágape, quando são bem harmonizados, levam para Deus e se tornam fonte de autêntica doação. O Papa porém nos leva, como mestre sábio, pela mão a poder compreender a beleza do amor oblativo, desinteressado e generoso contemplando o amor de Deus Pai e o amor de Jesus no Espírito Santo por nós. Deus nos deu o melhor de si mesmo que é Jesus no mistério da encarnação. Jesus não veio entre nós na busca de um amor humano e de uma recompensa mas só e exclusivamente por amor. Assim Jesus no dá o melhor de si em toda a sua vida não porque nós somos bons mas porque ele é bondade infinita e amor sem limite. E nos Espírito Santo nós recebemos a plenitude da graça e do amor.
Jesus se faz amor puro e por isso “ágape”, especialmente na última ceia onde se esquece totalmente de si mesmo e tendo amado os seus os amou até o fim. O verbo mais usado no Novo Testamento é o verbo “agapao”, que manifesta este amor sem confim, total, sem reserva e sem...retorno. É a plena alegria de amar, de servir, de se doar. Não há nenhuma procura de satisfação ou de realização própria mas só de amor doado. O ser humano, quando se torna capaz de amar assim, ele mesmo se torna amor pleno e é fonte de amor.
Na ágape, o verdadeiro amor a Deus e o verdadeiro amor ao próximo se fundem num só amor. Não há distinção. Quanto mais amamos a Deus, diz João da Cruz e mais amaremos o próximo; e quanto mais amamos o próximo mais amamos a Deus. Por isso que somente quem ama a Deus pode amar na plena liberdade a todos, sem medo e sem receio. Paulo apóstolo nos recorda que a nossa vocação é a liberdade e a liberdade se funda sobre o amor.
O amor ágape de Jesus para conosco se faz Eucaristia onde nós temos o dom total dele mesmo. Jesus na Eucaristia não nos dá uma palavra de lembrança, nem um “presente que podemos guardar” para relembrar a pessoa que o deu, mas ele dá a si mesmo, totalmente a si mesmo. É o que ele tem de mais precioso, o seu corpo e o seu sangue, todo a si mesmo.
É interessante neste sentido ler o evangelho de João no capítulo 20, quando Jesus pergunta a Pedro: “tu me amas mais do que estes?” Jesus usa o verbo “agapao”, mas Pedro responde com o verbo “fileo”. Pedro ainda não está maduro, acocitado para amar Jesus até a morte, dando sua vida. Quer bem a Jesus, é seu amigo “filia”, mas não está disposto a dar-se totalmente. Todo amor ágape se faz dom de si mesmo aos outros. Não faz maravilhas que o Papa ilustre este amor com a parábola da misericórdia (Lc 15) e com o bom samaritano. Mas este é outro discurso. Quem sabe que a segunda parte a deixaremos para outro momento.
“O amor cresce através do amor. O amor é « divino », porque vem de Deus e nos une a Deus, e, através deste processo unificador, transforma-nos em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja « tudo em todos » (1 Cor 15, 28).”(n. 18)
É interessante como o Papa Bento se debruça e se dedica a fazer-nos compreender a beleza extraordinária do amor “ágape”. “Quem quer dar amor, deve ele mesmo recebê-lo em dom. Certamente, o homem pode — como nos diz o Senhor — tornar-se uma fonte donde correm rios de água viva (cf. Jo 7, 37-38); mas, para se tornar semelhante fonte, deve ele mesmo beber incessantemente da fonte primeira e originária que é Jesus Cristo, de cujo coração trespassado brota o amor de Deus (cf. Jo 19, 34).”(n.7)
O eros e o ágape, quando são bem harmonizados, levam para Deus e se tornam fonte de autêntica doação. O Papa porém nos leva, como mestre sábio, pela mão a poder compreender a beleza do amor oblativo, desinteressado e generoso contemplando o amor de Deus Pai e o amor de Jesus no Espírito Santo por nós. Deus nos deu o melhor de si mesmo que é Jesus no mistério da encarnação. Jesus não veio entre nós na busca de um amor humano e de uma recompensa mas só e exclusivamente por amor. Assim Jesus no dá o melhor de si em toda a sua vida não porque nós somos bons mas porque ele é bondade infinita e amor sem limite. E nos Espírito Santo nós recebemos a plenitude da graça e do amor.
Jesus se faz amor puro e por isso “ágape”, especialmente na última ceia onde se esquece totalmente de si mesmo e tendo amado os seus os amou até o fim. O verbo mais usado no Novo Testamento é o verbo “agapao”, que manifesta este amor sem confim, total, sem reserva e sem...retorno. É a plena alegria de amar, de servir, de se doar. Não há nenhuma procura de satisfação ou de realização própria mas só de amor doado. O ser humano, quando se torna capaz de amar assim, ele mesmo se torna amor pleno e é fonte de amor.
Na ágape, o verdadeiro amor a Deus e o verdadeiro amor ao próximo se fundem num só amor. Não há distinção. Quanto mais amamos a Deus, diz João da Cruz e mais amaremos o próximo; e quanto mais amamos o próximo mais amamos a Deus. Por isso que somente quem ama a Deus pode amar na plena liberdade a todos, sem medo e sem receio. Paulo apóstolo nos recorda que a nossa vocação é a liberdade e a liberdade se funda sobre o amor.
O amor ágape de Jesus para conosco se faz Eucaristia onde nós temos o dom total dele mesmo. Jesus na Eucaristia não nos dá uma palavra de lembrança, nem um “presente que podemos guardar” para relembrar a pessoa que o deu, mas ele dá a si mesmo, totalmente a si mesmo. É o que ele tem de mais precioso, o seu corpo e o seu sangue, todo a si mesmo.
É interessante neste sentido ler o evangelho de João no capítulo 20, quando Jesus pergunta a Pedro: “tu me amas mais do que estes?” Jesus usa o verbo “agapao”, mas Pedro responde com o verbo “fileo”. Pedro ainda não está maduro, acocitado para amar Jesus até a morte, dando sua vida. Quer bem a Jesus, é seu amigo “filia”, mas não está disposto a dar-se totalmente. Todo amor ágape se faz dom de si mesmo aos outros. Não faz maravilhas que o Papa ilustre este amor com a parábola da misericórdia (Lc 15) e com o bom samaritano. Mas este é outro discurso. Quem sabe que a segunda parte a deixaremos para outro momento.
“O amor cresce através do amor. O amor é « divino », porque vem de Deus e nos une a Deus, e, através deste processo unificador, transforma-nos em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja « tudo em todos » (1 Cor 15, 28).”(n. 18)
Fonte: Revista Shalom Maná
Frei Patrício Sciadini, ocd.
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