quarta-feira, 3 de outubro de 2012

LITURGIA DIÁRIA - O JEITO DE SEGUIR JESUS.


Primeira Leitura: Jó 9, 1-12.14-16

BEATOS ANDRÉ E AMBRÓSIO
PRESBÍTEROS E MÁRTIRES
(vermelho, prefácio comum ou dos mártires - ofício da memória)

Leitura do livro de Jó - 1Jó tomou a palavra nestes termos: 2Sim; bem sei que é assim; como poderia o homem ter razão contra Deus? 3Se quisesse disputar com ele, não lhe responderia uma vez entre mil. 4Deus é sábio em seu coração e poderoso, quem pode afrontá-lo impunemente? 5Ele transporta os montes sem que estes percebam, ele os desmorona em sua cólera. 6Sacode a terra em sua base, e suas colunas são abaladas. 7Dá uma ordem ao sol que não se levante, põe um selo nas estrelas. 8Ele sozinho formou a extensão dos céus, e caminha sobre as alturas do mar. 9Ele criou a Grande Ursa, Órion, as Plêiades, e as câmaras austrais. 10Fez maravilhas insondáveis, prodígios incalculáveis. 11Ele passa despercebido perto de mim, toca levemente em mim sem que eu tenha percebido. 12Quem poderá impedi-lo de arrebatar uma presa? Quem lhe dirá: Por que fazes isso? 14Quem sou eu para replicar-lhe, para escolher argumentos contra ele? 15Ainda que eu tivesse razão, não responderia; pediria clemência a meu juiz. 16Se eu o chamasse, e ele não me respondesse, não acreditaria que tivesse ouvido a minha voz; - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(87)

REFRÃO:  Chegue a minha oração até a vossa presença!
1. Clamo a vós, ó Senhor sem cessar, todo o dia, / minhas mãos para vós se levantam em prece. / Para os mortos, acaso, faríeis milagres?  / poderiam as sombras erguer-se e louvar-vos? -R.
2 .No sepulcro haverá quem vos cante o amor  / e proclame entre os mortos a vossa verdade?  / Vossas obras serão conhecidas nas trevas,  / vossa graça, no reino onde tudo se esquece? -R.
3. Quanto a mim, ó Senhor, clamo a vós na aflição,  / minha prece se eleva até vós desde a aurora.  / Por que vós, ó Senhor, rejeitais a minh'alma?  / E por que escondeis vossa face de mim? -R.



Evangelho: Lucas 9, 57-62


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 57Enquanto caminhavam, um homem lhe disse: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que vás. 58Jesus replicou-lhe: As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. 59A outro disse: Segue-me. Mas ele pediu: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai. 60Mas Jesus disse-lhe: Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus. 61Um outro ainda lhe falou: Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa. 62Mas Jesus disse-lhe: Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus. - Palavra da salvação.
catolicanet.com




Homilia - Pe Bantu


Jesus usa essa pequena parábola para ilustrar o caminho do discipulado. Ser seu discípulo é tornar-se alguém tão concentrado em sua missão quanto o agricultor que ara sua terra. Não é possível olhar para trás, ter outras preocupações ou distrações. Envolver-se com o reino de Deus significa “já” estar com a mão no arado e não se pode perder tempo nenhum. Jesus é mais exigente que Elias, pois enquanto este permitiu que Eliseu fosse despedir-se de seus familiares, nem isso Jesus consente. É nessa radicalidade que este voluntário é surpreendido. Não se pode esperar o pai morrer, mas também não se pode nem despedir-se dele. O discipulado exige um engajamento imediato. Este homem foi confrontado com a radicalidade nua e crua da “urgência” com que se deve tratar o discipulado e o reino de Deus.
Novamente, como nos dois diálogos anteriores, não há resposta por parte da pessoa que conversa com Jesus. Sua reação? Não sabemos; fica apenas o silêncio. Um silêncio que pode ocultar uma multidão de pensamentos.


Este é um dos textos mais enfáticos sobre o seguimento de Jesus em todo o Novo Testamento. Ele apresenta a questão de que para ser discípulo de Jesus devemos pagar um “preço” e temos que ter consciência da “urgência” de seu chamado.
O “preço” a pagar é a certeza de que seguimos um Senhor que, embora seja dono de todo o universo, foi rejeitado e humilhado. Nossa vida não será diferente da dEle. Ser discípulo de Jesus significa assumir a disposição de ter uma vida simples, até mesmo com algumas necessidades, passar por incompreensões, às vezes estar sozinho nas lutas. Se não for assim, não estaremos aptos para seguir ao Senhor Jesus.


Levar o nome de cristão também implica em colocar o reino de Deus como prioridade em nossa existência. O texto ilustra isso de um modo chocante: nossas relações familiares. Se não estivermos dispostos a pagar o “preço” de colocar Jesus acima de “tudo”, até mesmo da família, e de assumir essa decisão com rapidez, pois o reino de Deus exige “urgência”, não conseguiremos ser discípulos. Você já pensou nisso? Já fez essa decisão?


É importante notar que o texto não apresenta nomes. Todas as três pessoas são desconhecidas. Você sabe por quê? Para que analisemos nossas vidas e vejamos se nosso nome não deve aparecer no lugar daquelas pessoas devido ao nosso comportamento idêntico ao delas. Será que seu nome deve ser colocado no lugar do primeiro homem? Ou no do segundo? Talvez você se assemelhe ao terceiro? Essa é uma questão que só você pode responder.
As respostas que você der a esse texto definirão se você pode viver como discípulo conforme ilustrado em 9,51-56 e 10,1-12. Você tem conseguido viver com alegria como discípulo de Jesus?
Pai torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.

Nenhum comentário: