- Bem sabemos do gênesis, da história de Adão e Eva, de quem nasce toda a humanidade. É fundamental esta sua linguagem alegórica para entendermos o relacionamento com Deus desde a criação do mundo e do homem, a escolha de Deus por amá-lo e deste cuidar, e a resposta negativa do mesmo com o pecado. Com esta linguagem, pôde-se explicar para toda a história humana em todos os tempos realidades marcantes, como a criação evolutiva, o homem que é criado da matéria mais recebe o sopro de Deus que lhe dá vida.
Segue-se nesta linguagem - mais acolhível na época - passando-se por várias gerações que vão povoando a terra e ao mesmo tempo se distanciando de Deus. Um olhar crítico atual traria diversos questionamentos de sincronização da história e de situações difíceis de se considerar tangíveis. E vai seguindo por Caim, Noé, pela torre em Babel e outros tantos episódios.
De qualquer modo, são textos profundamente necessários para entendermos quem é o povo de Deus. Todas estas histórias iniciais, em seu entendimento mais aceito, foram escritos somente na época de Moisés, até então se passando só por linguagem oral e cheio de sementes de verdade vindas de culturas próximas. Tudo o que preceder a época de Abraão é aceito (ou mais aceito) na teologia como uma "linguagem metafórica de realidades verdadeiras" .
Prossegue-se a história do Povo de Deus até que, já com a humanidade com o mínimo conhecimento de Deus verdadeiro, e basicamente pluriteísta acontece a escolha de Abraão. Deus passa a se relacionar com ele, cuidar dele e lhe pedir provas reais de adoração. Este, patriarca da tribo dos HEBREUS que provinha de Ur, da Caldéia foi levado para Canaã ( hoje chamada Palestina ) para formar Seu povo, um povo numeroso e que lhe fosse fiel. Abraão teve dois filhos: Ismael, filho da escrava Agar e Isaac, filho de sua mulher Sara. Isaac é o filho da promessa, onde Deus iria continuar a Aliança.
Isaac teve dois filhos: Esaú e Jacó. Esaú vende seu direito de primogênitura à Jacó e esse depois rouba a benção de seu irmão e foge. Numa luta com Deus, Jacó recebe o nome de ISRAEL. A partir de então toda a descendência de Jacó será chamada de povo ISRAELITA.
Jacó tem doze filhos e um deles, José, é vendido por seus irmãos. José acaba indo para o Egito e trabalhando na casa do faraó de quem passa a ser estimado. Enquanto isso, Jacó e seus filhos passam por dificuldades em Canaã. Indo para o Egito atrás de alimento, encontram com José, então primeiro ministro do Egito, que perdoando seus irmãos, traz toda sua família para lá.
Muito tempo se passa da morte de Jacó e de José quando outro faraó que não conhece José assume o Egito (estamos aqui no livro do exôdo) . Percebendo que o povo hebreu era de grande número e temendo que este tomasse o Egito, escraviza o povo. Com isso, Deus suscita Moisés que liberta o povo do Egito . Deus quis solenemente fazer a Aliança com seu povo: “Se obedecerdes à minha voz e guardardes a minha aliança, sereis, entre todos os povos, o meu povo todo particular...sereis um nação consagrada” ( Ex 19, 5-6 ) Recebem então a Lei como uma “carta” desse contrato. O Decálogo, os dez mandamentos de Deus, acrescido de leis rituais é o primeiro esboço de uma legislação social e religiosa.
O povo porém se revolta contra Deus e gravemente quebra o pacto com Deus, acontecendo isto repetidas vezes, na mais grave, duvida da promessa de Deus e precisará para isto ser purificado até toda aquela geração passar (aqui passamos pelos três demais livros do pentateuco). Assim, para retornar para a terra prometida, Canaã, o povo passa quarenta anos no deserto . Nesse momento, Moisés não entra na terra prometida, terra que emana leite e mel.
Josué é quem entra com o povo na terra prometida, onde vários povos a habitavam, pela tomada de Jericó (Js) . Ao conquistarem a Palestina a terra é ocupada em doze territórios de acordo com as doze tribos, que representam os doze filhos de Jacó. E vão conquistando a terra até que passa a época de Josué e deixa de haver uma referência forte central, e o povo passa a aceitar mais os estrangeiros em seu meio. Nesse período de conquista da terra e alguns anos que se seguem após, caracterizou-se por época dos Juizes (Jz). Essa época é marcada por constantes lutas com os antigos moradores dessa região. Mas também o povo de Deus vai aos poucos passando a ter comportamentos inaceitáveis culminando até em briga entre si, chegando quase a dizimar sua tribo menor.
O pequeno povo dos hebreus aos poucos foi-se desenvolvendo como reino no meio de seus vizinhos. E pede a Deus que haja um rei para guiá-los (I e II Sm e I Cr) . É a época conhecida como a do Reis. Destaca-se nesse período o rei Davi conhecido por seu amor a Deus e experiência com Sua misericórdia.
O sucessor de Davi é Salomão, seu filho (I Rs e I e II Cr) . Já no fim de sua vida, Salomão o grande sábio em toda a história do povo de Deus comete por influência de suas esposas estrangeiras o pecado grave da idolatria, e é assim condenado diante de Deus por isto.
Com a morte de Salomão, as profecias trágicas se realizam e o reino é dividido em reino Norte , chamado de reino de Israel devido às doze tribos e o reino Sul, conhecido com reino de Judá por causa da tribo de Judá ( a qual juntou-se a tribo de Benjamin ) (II Rs e I e II Cr). O reino de Judá tinha como capital Jerusalém, onde estava o Templo de Jerusalém construído por Salomão para que lá pudesse prestar a Deus o culto e os ritos de expiação. O reino do Norte tinha como capital a Samaria.
Infelizmente o reino do Norte que com o tempo vai sendo chamado de Israel passa a ser conhecido por sua idolatria devido à influência dos povos vizinhos, todos politeístas. Os profetas durante muito tempo vinham profetizando esta tragédia que é o afastamento de Deus, e sempre é convidado a voltar ao Deus verdadeiro (II Rs,Is, Jr, Ex). Mas à medida que vai ficando pior a situação vai se tornando cada vez mais sem a proteção de Deus até que é de vez destruído pelos assírios. Subsistiu Judá, que cada vez mais vinha se tornando culpada aos olhos de Deus. Logo depois foi também invadida e destruída pelos babilônios. Uma grande parte dos israelitas foram exilados .
Foi no exílio da Babilônia que os hebreus foram chamados de JUDEUS por causa da tribo de Judá e sua religião (Dn, Tb,...). Durante todo seu tempo exilado os judeus, que eram escravos chegaram a ter posses, cargos, mas era um clamor nacional muito forte o desejo de voltar à terra dada por Deus, e ali sua liberdade para adorar e ser livres e novamente sua nação escolhida.No reinado de Ciro, rei da Média, grande potência da época que dominou a Babilônia os judeus voltam e reconstroem Jerusalém, com relativa independência, submissa ainda aos medos (Ne, Es).
Os israelitas privados de seus reis tentam organizar-se como uma comunidade religiosa. Anos depois sob o domínio da dinastia dos generais de Alexandre Magno, época do império grego, os judeus sofrem grande perseguição de Antíoco Epífanes, rei da Síria (I e II Mc). É a época da revolta e da guerra santa de libertação empreendida por Judas Macabeu. Neste período se fala nacionamente cada vez mais na vinda do Messias, a princípio se falava muito da sabedoria de Deus que é preciso ser alcançada, agora os profetas mensionam cada vez mais, o dia de Deus, e o messias.
A Judéia passa então por um período de independência até que sendo Roma o grande império, a Palestina é reduzida a uma província romana. A Judéia é dividida em quatro regiões ( tetrarquia ).
É neste período que surgem os fariseus, parte da religião que pretendia manter viva a obediência à Lei de Deus e seus costumes, e comumente estavam mais à frente das criadas sinagogas, que eram como locais de ensino e oração em cada aldeia e cidade para se manter o relacionamento com Deus comunitariamente sem se precisar ir para Jerusalém, onde está templo de Deus. Os saduceus, que tendo bons relacionamentos e influência eram os sacerdotes, e responsáveis pelo templo, mas infelizmente se tornaram demasiadamente materialista negando realidades de espíritos, anjos, etc. Haviam outras divisões as quais citaremos ainda os essênios, que viviam afastados da sociedade local para uma vida ascética mais próxima de Deus, dentre os quais haviam celibatários.
É neste contexto que aparece João Batista anunciando austeridade, arrependimento do pecado e a chegada eminente do Messias. É então que entre o povo aparece Jesus Cristo, que por cerca de três anos, anuncia por seus ensinos e sinais publicamente todo o projeto de Salvação de Deus na humanidade, e a realiza através de sua vida, morte e ressurreição. Com sua ascensão inicia-se a história da Igreja, que após pentecostes passa a anunciar com ousadia o reino de Deus à humanidade.
Quanto aos judeus, sua grande maioria não aceita o cristianismo e passa a ser seus perseguidores, é quando anos depois é delineado um novo movimento de independência provocando uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém. No ano 70 tem-se a destruição da Cidade Santa, Jerusalém, terminando a história dos antigos israelitas. O povo judeu é então espalhado por todo o mundo.
Segue-se nesta linguagem - mais acolhível na época - passando-se por várias gerações que vão povoando a terra e ao mesmo tempo se distanciando de Deus. Um olhar crítico atual traria diversos questionamentos de sincronização da história e de situações difíceis de se considerar tangíveis. E vai seguindo por Caim, Noé, pela torre em Babel e outros tantos episódios.
De qualquer modo, são textos profundamente necessários para entendermos quem é o povo de Deus. Todas estas histórias iniciais, em seu entendimento mais aceito, foram escritos somente na época de Moisés, até então se passando só por linguagem oral e cheio de sementes de verdade vindas de culturas próximas. Tudo o que preceder a época de Abraão é aceito (ou mais aceito) na teologia como uma "linguagem metafórica de realidades verdadeiras" .
Prossegue-se a história do Povo de Deus até que, já com a humanidade com o mínimo conhecimento de Deus verdadeiro, e basicamente pluriteísta acontece a escolha de Abraão. Deus passa a se relacionar com ele, cuidar dele e lhe pedir provas reais de adoração. Este, patriarca da tribo dos HEBREUS que provinha de Ur, da Caldéia foi levado para Canaã ( hoje chamada Palestina ) para formar Seu povo, um povo numeroso e que lhe fosse fiel. Abraão teve dois filhos: Ismael, filho da escrava Agar e Isaac, filho de sua mulher Sara. Isaac é o filho da promessa, onde Deus iria continuar a Aliança.
Isaac teve dois filhos: Esaú e Jacó. Esaú vende seu direito de primogênitura à Jacó e esse depois rouba a benção de seu irmão e foge. Numa luta com Deus, Jacó recebe o nome de ISRAEL. A partir de então toda a descendência de Jacó será chamada de povo ISRAELITA.
Jacó tem doze filhos e um deles, José, é vendido por seus irmãos. José acaba indo para o Egito e trabalhando na casa do faraó de quem passa a ser estimado. Enquanto isso, Jacó e seus filhos passam por dificuldades em Canaã. Indo para o Egito atrás de alimento, encontram com José, então primeiro ministro do Egito, que perdoando seus irmãos, traz toda sua família para lá.
Muito tempo se passa da morte de Jacó e de José quando outro faraó que não conhece José assume o Egito (estamos aqui no livro do exôdo) . Percebendo que o povo hebreu era de grande número e temendo que este tomasse o Egito, escraviza o povo. Com isso, Deus suscita Moisés que liberta o povo do Egito . Deus quis solenemente fazer a Aliança com seu povo: “Se obedecerdes à minha voz e guardardes a minha aliança, sereis, entre todos os povos, o meu povo todo particular...sereis um nação consagrada” ( Ex 19, 5-6 ) Recebem então a Lei como uma “carta” desse contrato. O Decálogo, os dez mandamentos de Deus, acrescido de leis rituais é o primeiro esboço de uma legislação social e religiosa.
O povo porém se revolta contra Deus e gravemente quebra o pacto com Deus, acontecendo isto repetidas vezes, na mais grave, duvida da promessa de Deus e precisará para isto ser purificado até toda aquela geração passar (aqui passamos pelos três demais livros do pentateuco). Assim, para retornar para a terra prometida, Canaã, o povo passa quarenta anos no deserto . Nesse momento, Moisés não entra na terra prometida, terra que emana leite e mel.
Josué é quem entra com o povo na terra prometida, onde vários povos a habitavam, pela tomada de Jericó (Js) . Ao conquistarem a Palestina a terra é ocupada em doze territórios de acordo com as doze tribos, que representam os doze filhos de Jacó. E vão conquistando a terra até que passa a época de Josué e deixa de haver uma referência forte central, e o povo passa a aceitar mais os estrangeiros em seu meio. Nesse período de conquista da terra e alguns anos que se seguem após, caracterizou-se por época dos Juizes (Jz). Essa época é marcada por constantes lutas com os antigos moradores dessa região. Mas também o povo de Deus vai aos poucos passando a ter comportamentos inaceitáveis culminando até em briga entre si, chegando quase a dizimar sua tribo menor.
O pequeno povo dos hebreus aos poucos foi-se desenvolvendo como reino no meio de seus vizinhos. E pede a Deus que haja um rei para guiá-los (I e II Sm e I Cr) . É a época conhecida como a do Reis. Destaca-se nesse período o rei Davi conhecido por seu amor a Deus e experiência com Sua misericórdia.
O sucessor de Davi é Salomão, seu filho (I Rs e I e II Cr) . Já no fim de sua vida, Salomão o grande sábio em toda a história do povo de Deus comete por influência de suas esposas estrangeiras o pecado grave da idolatria, e é assim condenado diante de Deus por isto.
Com a morte de Salomão, as profecias trágicas se realizam e o reino é dividido em reino Norte , chamado de reino de Israel devido às doze tribos e o reino Sul, conhecido com reino de Judá por causa da tribo de Judá ( a qual juntou-se a tribo de Benjamin ) (II Rs e I e II Cr). O reino de Judá tinha como capital Jerusalém, onde estava o Templo de Jerusalém construído por Salomão para que lá pudesse prestar a Deus o culto e os ritos de expiação. O reino do Norte tinha como capital a Samaria.
Infelizmente o reino do Norte que com o tempo vai sendo chamado de Israel passa a ser conhecido por sua idolatria devido à influência dos povos vizinhos, todos politeístas. Os profetas durante muito tempo vinham profetizando esta tragédia que é o afastamento de Deus, e sempre é convidado a voltar ao Deus verdadeiro (II Rs,Is, Jr, Ex). Mas à medida que vai ficando pior a situação vai se tornando cada vez mais sem a proteção de Deus até que é de vez destruído pelos assírios. Subsistiu Judá, que cada vez mais vinha se tornando culpada aos olhos de Deus. Logo depois foi também invadida e destruída pelos babilônios. Uma grande parte dos israelitas foram exilados .
Foi no exílio da Babilônia que os hebreus foram chamados de JUDEUS por causa da tribo de Judá e sua religião (Dn, Tb,...). Durante todo seu tempo exilado os judeus, que eram escravos chegaram a ter posses, cargos, mas era um clamor nacional muito forte o desejo de voltar à terra dada por Deus, e ali sua liberdade para adorar e ser livres e novamente sua nação escolhida.No reinado de Ciro, rei da Média, grande potência da época que dominou a Babilônia os judeus voltam e reconstroem Jerusalém, com relativa independência, submissa ainda aos medos (Ne, Es).
Os israelitas privados de seus reis tentam organizar-se como uma comunidade religiosa. Anos depois sob o domínio da dinastia dos generais de Alexandre Magno, época do império grego, os judeus sofrem grande perseguição de Antíoco Epífanes, rei da Síria (I e II Mc). É a época da revolta e da guerra santa de libertação empreendida por Judas Macabeu. Neste período se fala nacionamente cada vez mais na vinda do Messias, a princípio se falava muito da sabedoria de Deus que é preciso ser alcançada, agora os profetas mensionam cada vez mais, o dia de Deus, e o messias.
A Judéia passa então por um período de independência até que sendo Roma o grande império, a Palestina é reduzida a uma província romana. A Judéia é dividida em quatro regiões ( tetrarquia ).
É neste período que surgem os fariseus, parte da religião que pretendia manter viva a obediência à Lei de Deus e seus costumes, e comumente estavam mais à frente das criadas sinagogas, que eram como locais de ensino e oração em cada aldeia e cidade para se manter o relacionamento com Deus comunitariamente sem se precisar ir para Jerusalém, onde está templo de Deus. Os saduceus, que tendo bons relacionamentos e influência eram os sacerdotes, e responsáveis pelo templo, mas infelizmente se tornaram demasiadamente materialista negando realidades de espíritos, anjos, etc. Haviam outras divisões as quais citaremos ainda os essênios, que viviam afastados da sociedade local para uma vida ascética mais próxima de Deus, dentre os quais haviam celibatários.
É neste contexto que aparece João Batista anunciando austeridade, arrependimento do pecado e a chegada eminente do Messias. É então que entre o povo aparece Jesus Cristo, que por cerca de três anos, anuncia por seus ensinos e sinais publicamente todo o projeto de Salvação de Deus na humanidade, e a realiza através de sua vida, morte e ressurreição. Com sua ascensão inicia-se a história da Igreja, que após pentecostes passa a anunciar com ousadia o reino de Deus à humanidade.
Quanto aos judeus, sua grande maioria não aceita o cristianismo e passa a ser seus perseguidores, é quando anos depois é delineado um novo movimento de independência provocando uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém. No ano 70 tem-se a destruição da Cidade Santa, Jerusalém, terminando a história dos antigos israelitas. O povo judeu é então espalhado por todo o mundo.
por Escola de Formação Shalom *
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