Abaixo
de Deus todo poder foi dado à Virgem Maria; no céu, na terra e nos
infernos. Elevada ao céu de corpo e alma, Nossa Senhora ali recebeu sua
justa e merecida glorificação. Foi coroada pela Santíssima Trindade como
Rainha do céu e da terra, dos anjos e dos santos, dos homens e de toda a
criação de Deus.
A coroação de Nossa Senhora no céu não é
um ato apenas simbólico ou mero cerimonial. Não. É um acontecimento de
grande profundidade, por meio do qual Deus fez de Maria a Rainha de
todas Suas criaturas. Ela é elevada à glória de Rainha do Universo.
Quando São João viu surgir no céu “um
grande sinal (Ap 12,1) lhe era revelado por Deus toda a glorificação que
os próprios elementos prestavam a Maria. Ela apareceu “revestida” de
sol; isto é, o sol servir-lhe de vestimenta gloriosa, a lua veio pôr-se
sob seus p[es, como um rico pedestal, e as estrelas se ajuntaram em
torno de sua cabeça, formando uma coroa, com o numeral 12, que significa
o símbolo da plenitude e da perfeição. Os astros do universo glorificam
sua Rainha!
Maria é Rainha desde o momento em que
foi escolhida e aceitou ser a Mãe do Rei do Universo. Filho e Mãe
participam da mesma monarquia. A Mãe do Rei é rainha, dizem os santos.
Diz São Bernardino de Sena:
“Desde o momento em que Maria aceitou
ser Mãe do Verbo Eterno, mereceu tornar-se Rainha do mundo e de todas as
criaturas. Quantas são as criaturas que servem a Deus, tantas também
devem servir a Maria. Por conseguinte estão sujeitas ao domínio de Maria
os anjos, os homens e todas as coisas do céu e da terra, porque tudo
está sujeito ao império de Deus” (Glória de Maria).
É por isso que Santo Agostinho ensinava
que “a Mãe de Deus tem mais poder junto da Majestade divina que as
preces e intercessões de todos os anjos e santos do céu e da terra”.
São Luís de Montfort, baseado em São Boaventura, garante:
“No céu, Maria dá ordem aos anjos e aos
bem-aventurados. Para compensar sua profunda humildade, Deus lhe deu o
poder e a missão de povoar de santos os tronos vazios, que os anjos
apóstatas abandonaram e perderam por orgulho. É a vontade do Altíssimo,
que exalta os humildes (Lc 1,52), e que o céu, a terra e o inferno se
curvem, de bom ou mal grado, às ordens da humilde Maria, pois Ele a fez
soberana do céu e da terra, general de Seus exércitos, tesoureira de
Suas riquezas dispensadora de Suas graças, artífice de Suas grandes
maravilhas, reparado do gênero, mediadora para os homens, exterminadora
dos inimigos de Deus e a fiel companheira de suas grandezas e de seus
triunfos” (Tratado, nº28).
É por isso que a Ladainha Lauretana nos
leva a rezar: Rainha dos anjos, rogai por nós. Rainha dos patriarcas,
rogai por nós. Rainha dos profetas, rogai por nós. Ranha dos apóstolos,
rogai por nós.
Rainha dos mártires, rogai por nós. Rainha dos confessores, rogai por
nós. Rainha das virgens, rogai por nós. Rainha de todos os Santos, rogai
por nós. Rainha concebida sem pecado original, rogai por nós. Rainha da
Assunção, rogai por nós. Rainha do Santo Rosário, rogai por nós. Rainha
da paz, rogai por nós.
Prof. Felipe Aquino
Trecho retirado do livro: Para Entender o Ofício da Imaculada, Ed. Cléofas
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