terça-feira, 27 de março de 2018

Pobreza de espírito? Alguém pode me explicar o que isso significa?

Para muitos, esta é a chave da vida espiritual 

HANDS

Está no Evangelho de São Mateus: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o Reino dos Céus”. O papa Francisco insiste que as bem-aventuranças são o “único caminho da verdadeira felicidade e o único meio de reconstrução da sociedade”.
Mas, na realidade, que tipo de pobreza é a “de espírito”?
O padre Jacques Philippe pensa que “o mundo de hoje está doente por causa de seu orgulho e da sua avidez insaciável pela riqueza e pelo poder e não consegue se curar, a não ser acolhendo a mensagem das Bem-aventuranças”.
O padre Philippe prega em todo mundo e sua obra (em espanhol) foi editada por completo pela editora Rialp. Para ele, a “pobreza de espírito”, a “chave da vida espiritual”. Ele ainda explica: “as Bem-aventuranças são uma promessa de felicidade; não se trata de uma felicidade ou uma satisfação simplesmente humana”.
 A pobreza “boa”
Existe a pobreza negativa: miséria material ou moral, vazio interior, que “precisa ser combatida – é o que faz a Igreja. Mas também há uma pobreza que é boa, fonte de vida e de alegria. Trata-se de uma forma de liberdade, da liberdade de receber e dar tudo gratuitamente”.
O biblista explica que a pobreza de espírito pressupõe “uma morte de si mesmo, um desprendimento radical”.
Uma das afirmações mais presentes no Antigo Testamento e nos Salmos é a da ternura de Deus para com o pobre que recorre a Ele. Ser pobre é, em primeiro lugar, “estar em verdade com Deus, reconhecer sua limitação radical de criatura e a sua dependência do amor de Deus. Esta tomada de consciência leva à humildade, ao arrependimento, mas nunca à tristeza e ao desânimo”, declara Philippe.
“Ser pobre de espírito significa aceitar a total dependência da misericórdia de Deus. É não possuir nada, não ser nada para si mesmo, mas receber tudo, com uma consciência muito viva de gratidão absoluta aos dons de Deus.
Na pobreza de coração, é muito importante “não reclamar de nada e não reivindicar nada em troca do bem que realizamos”.





Miriam Diez Bosch |

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