Leitura da Profecia de Oséias.
Assim fala o Senhor: 4Eles
constituíram reis sem minha vontade; constituíram príncipes sem meu
consentimento; sua prata e seu ouro serviram para fazer ídolos e para
sua perdição.
5Teu bezerro, ó Samaria, foi jogado ao chão; minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando ficarão sem purificar-se? 6Esse bezerro provém de Israel; um artesão fabricou-o, isso não é um deus; será feito em pedaços esse bezerro da Samaria. 7Semeiam ventos, colherão tempestades; se não há espiga, o grão não dará farinha; e, mesmo que dê, estranhos a comerão.
11Efraim ergueu muitos altares em expiação do pecado, mas seus altares resultaram-lhe em pecado. 12Eu lhes deixei, por escrito, grande número de preceitos, mas estes foram considerados coisa que não lhes toca. 13Gostam
de oferecer sacrifícios, imolam carnes e comem; mas o Senhor não os
recebe. Antes, o Senhor lembra seus pecados e castiga suas culpas: eles
deverão voltar para o Egito.
Responsório (Sl 113)
— Confia Israel no Senhor.
— Confia Israel no Senhor.
—
É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os
deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.
— Têm boca e não podem falar, têm olhos e não podem ver; têm nariz e não podem cheirar, têm ouvidos, não podem ouvir.
— Têm mãos e não podem pegar, têm pés e não podem andar; Como eles serão seus autores, que os fabricam e neles confiam.
— Confia, Israel, no Senhor. Ele é teu auxílio e escudo! Confia, Aarão, no Senhor. Ele é teu auxílio e escudo!
Evangelho (Mt 9,32-38)
Naquele tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando
o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram
admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
35Jesus
percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas,
pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e
enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se
delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm
pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
Estamos diante de uma curta narrativa de
exorcismo e cura de um possesso mudo, e depois da acusação dos fariseus.
Repete-se aqui o longo discurso sobre os milagres de Jesus, narrados por S.
Mateus (12,22-32).Jesus não perdia tempo e, percorrendo
todas as cidades e povoados, pregava o Evangelho do Reino e ensinava nas
sinagogas. Porém, Ele concretizava tudo o que anunciava, quando curava os
enfermos, expulsava os espíritos maus, libertava os oprimidos, por compaixão. As
pessoas não abrangiam a sua missão e julgavam-no com a mentalidade do mundo,
que não compreende quem trabalha simplesmente por amor.
Neste Evangelho, Jesus cura um homem
mudo que estava possuído pelo demônio. O demônio é o espírito das trevas e da
escuridão, espírito de rebeldia e de injustiça. Ele nos faz mudos (as) e tem
poder sobre nós quando nos impede de expressar através dos nossos lábios o
louvor que só a Deus é devido; quando não queremos nos pronunciar nem assumir
compromissos, quando nos omitimos e não nos revelamos. Aí então, ele faz a sua
festa e nos tornamos homens e mulheres mudos, apáticos, sem compromisso, sem
esperança, sem entusiasmo. Porém, o poder e o domínio de Jesus são muito
maiores do que a ousadia e a pretensão de satanás.
Ele vem em nosso auxílio para nos tirar
da ignorância e do pecado. Todavia, quando Jesus nos cura e nos tira do
anonimato e da ignorância, as pessoas, muitas vezes, não compreendem o porquê
da nossa transformação e nos julgam mal. Elas nos avaliam pelas aparências e
não têm a coragem de se pronunciarem e de tirarem as suas dúvidas, nos apelidam
de fanáticos (as) e de radicais.
Por isso, o Senhor continua pedindo ao
Pai, trabalhadores para a sua messe. Ele olha as multidões e se compadece
daqueles (as) que vivem abandonados, cansados e abatidos. Jesus veio inaugurar
o tempo da misericórdia e, hoje como ontem, Ele conclama os Seus discípulos
para serem trabalhadores da messe.
“A messe continua grande, mas os
trabalhadores são poucos.” As pessoas continuam como ovelhas sem pastor,
abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança, até dentro das nossas casas e
Jesus nos chama a ser trabalhador da Sua colheita. Nós acolhemos o chamado de
Cristo quando fazemos tudo por amor. A vivência do amor anima as pessoas
enfraquecidas, enfastiadas e sem perspectiva.
O amor vence o ódio e expulsa dos
corações a intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez,
estaremos sendo trabalhadores da Sua messe. Quanto mais nós nos apresentarmos à
vinha do Senhor, mais surdos e mudos serão curados.
Você já se sente liberto (a) do demônio
que paralisa os lábios do homem? – Você conhece quando as pessoas à sua volta
estão desanimadas e sem esperança? – O que você diz a elas? – Você tem ajudado
a alguém pelo menos escutando e acolhendo? – Você se considera trabalhador da
messe de Cristo?- Em que você tem empregado o seu tempo livre?
Pai, faça-me compassivo diante do
sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário
com eles.
CN
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