quarta-feira, 25 de abril de 2018

Senhor, há momentos em que o fardo da vida é tão pesado!

Robert Cheaib | CC

Quando a vida lhe parecer dura demais, leia isso

O santo Cura d’Ars, pouco tempo antes de morrer, exclamou:
“Como a vida é triste! Quando vim para a paróquia d’Ars, se tivesse previsto os sofrimentos que me esperavam, morreria de apreensão”
Há muita gente que pode dizer como o santo, depois de ter abraçado um estado de vida penoso, como, por exemplo, o dos casados. E há momentos, Senhor, em que o fardo da vida é tão pesado! Sentimos necessidade de desabafar o coração, suspirando:
“Como a vida é triste!”
Soframos cada dia o que cada dia nos vem. Não estejamos a dar rédeas à nossa imaginação, pensando no futuro, que nem sempre nos é sorridente. “O futuro a Deus pertence”, diz o povo. Abandonemo-nos cegamente nas mãos da Divina Providência. Tudo quanto nos vem do Alto é bom. É para nosso bem. Tudo é bom para o Céu! Santa Teresinha não queria que se chamasse vida a esta vida terrena, mas sim à vida eterna. Sua enfermeira, vendo-a sofrer tanto nos seus últimos dias, suspirou:
“Ah! Como a vida é triste!”
– “A vida não é triste, minha irmã, exclamou Teresinha; é, ao contrário, muito alegre. Se dissésseis que a terra, exílio, é triste, eu vos compreenderia. É um erro dar o nome de vida ao que deve acabar logo. Só as causas do Céu merecem o nome de vida. E por isso a vida não é triste; é alegre, muito alegre” (1)
Vida do Céu! Só ela é verdadeira vida! Vida da terra! Como és triste! Triste como a morte!




Referências:
(1) “Conseils et souvenirs. Sainte Therèse de L’Enfant Jesus” (Conselhos e Lembranças – Santa Teresa do Menino Jesus).
(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 21. Via Rumo à Santidade)

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