O Círio Pascal é símbolo da Ressurreição de Nosso Senhor. É a evocação de Cristo glorioso, vencedor da morte.
Originalmente o Círio tinha a altura de
um homem, simbolizando Cristo-luz que brilha entre as trevas. Os
teólogos francos e galicanos enriqueceram-no com elementos simbólicos.
Um acólito traz ao celebrante o Círio
Pascal, que grava no mesmo as seguintes inscrições (Em itálico colocamos
as palavras que o sacerdote pronuncia ao colocar cada um dos símbolos
no Círio):
1º - Uma cruz. Dizendo: "Cristo ontem e hoje. Princípio e fim".
2º - As letras Alfa e Ômega, a primeira e
a última do alfabeto grego. Isso quer significar que Deus é "o
principio e o fim de tudo", que tudo provém de Deus, subsiste por causa
dele e vai para ele: "Alfa e Ômega".
3º - Os algarismos são colocados entre
os braços da Cruz, marcando as cifras do ano corrente. Isso é feito para
expressar que Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o
princípio e o fim de tudo, o Senhor do tempo, é o centro da História e a
Ele compete o tempo, a eternidade, a glória e o poder pelos séculos, a
Ele oferecemos este ano e tudo o que nele fizermos; "A Ele o tempo e a
eternidade a glória e o poder pelos séculos sem fim. Amém".
4º - Cinco grãos de incenso em forma de
cravos, nas cinco cavidades previamente feitas no meio do Círio,
dispostas em forma de Cruz.
Esse cerimonial simboliza as cinco chagas de
Nosso Senhor nas quais penetraram os aromas e perfumes levados por
Santa Maria Madalena e as santas mulheres ao sepulcro.
O incenso é uma
substância aromática que queimamos em louvor a Deus, sua fumaça,
subindo, simboliza nosso desejo de permanente união a Ele e de que nossa
vida, nossas ações e nossas orações sejam agradáveis ao Senhor.
Ela
representa também, nossa oração, que desejamos chegue a Deus, como suave
perfume de amor. Esses grãos simbolizam ainda as cinco chagas gloriosas
do Cristo Ressuscitado que lhe possibilitaram amar-nos totalmente,
conforme Ele mesmo dissera: "Não há maior amor do que dar a vida pelos
amigos" (Jo 15, 13):"Por suas santas chagas, suas chagas gloriosas,
Cristo Senhor nos proteja e nos guarde. Amém".
O sacerdote acende depois o círio, no
fogo novo por ele abençoado. O círio servirá para dar lume às demais
velas e à lamparina do santuário.
Por Emílio Portugal Coutinho
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