sábado, 27 de setembro de 2014

DISCUSSÕES CONJUGAIS: NUNCA NA FRENTE DOS FILHOS.

Confira 5 conselhos para evitar que os desacordos do casal perturbem o desenvolvimento dos filhos.

 

É difícil que não haja discussões em uma relação de casal e, por mais insignificantes que possam ser, é preciso escolher a hora e local adequados para isso, de maneira que os filhos fiquem fora da situação.

Nos primeiros anos de vida, as crianças também percebem o que acontece ao seu redor e, pouco a pouco, vão desenvolvendo a sensibilidade para distinguir entre um ambiente familiar tenso ou harmônico. Quando os filhos são espectadores contínuos das brigas entre seus pais, podem manifestar seu inconformismo de diversas maneiras:

Nos menores, pode haver birras e regressões (como voltar ao uso de fraldas, pedir novamente a chupeta ou mamadeira etc.), com o fim de chamar a atenção.

Nos filhos de idade escolar, é comum que haja um comportamento agressivo e rebelde no colégio, como brigas com colegas, desacato das normas e fracasso escolar; mas em sua casa o comportamento é o oposto: ficam apáticos.

Nos adolescentes, as reações são diferentes, como é próprio desta idade. O mais comum é mostrar-se indiferentes e preferir a evasão, refugiando-se em atividades que servem de escape: chat, saídas com amigos, álcool, música, entre outras.

Diante deste tipo de reações, os pais "muitas vezes levam as crianças ao psicólogo, como se fossem problemas dos pequenos, e depois percebem que as disfunções são da família; às vezes nem sequer desta, mas do casal em particular", esclarece Tania Donoso Niemeyer, acadêmica de Psicologia da Universidade do Chile.

Assim, em todas as idades, as brigas frequentes dos pais são prejudiciais para o desenvolvimento emocional dos filhos, tanto que, em alguns casos, podem provocar feridas difíceis de apagar.

Recomendações aos esposos

Pode ser que até hoje você nunca tenha parado para pensar nisso e não tenha percebido que seus filhos estavam lá, no meio dos conflitos com seu cônjuge. A psicóloga Andrea Palacios recomenda aos pais que "se conscientizem da importância de lidar com diferenças e traçar estratégias para ter essas discussões sem que gerem perturbações no desenvolvimento dos filhos. Não se trata de evitar o conflito, mas buscar o momento mais apropriado para enfrentá-lo".

As sugestões a seguir podem ser de muita utilidade:

1. Ter as discussões fora do alcance das crianças, para assim evitar todo tipo de dúvida ou dor. Os problemas do casal devem ser discutidos em privado, sem que os filhos os ouçam. Por isso, recomenda-se esperar que estejam dormindo ou sair para conversar em outro lugar.

2. Não fazer que o filho tome partido por nenhum dos dois lados.

3. Não transformar seus filhos em sua fonte de apoio. Se precisam de alguém, é melhor procurar um adulto, que entenderá realmente o que acontece.

4. Se o filho perguntar, é preciso explicar-lhe que a discussão é natural, mas que há certas formas de fazê-la.

5. Estar atentos às atitudes dos cônjuges (bater a porta, fazer cara brava etc.), já que as crianças percebem todos os detalhes.

Quando um casal tem muita insatisfação, convém buscar a forma de resolver os problemas a tempo.

Procure apoio terapêutico, porque uma vida de separação ou de desunião emocional dentro do casamento provoca muita dor e não é qualidade de vida para os adultos; e, certamente, muito menos para as crianças.

Isso pode ser difícil para os casais em um primeiro momento, mas, com esforço, certamente conseguirão. Tudo vale a pena pelos filhos!

 

 

 



(Artigo publicado originalmente por LaFamilia.info) 

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