A Sagrada Escritura mostra que o nome é muito importante para Deus, e
Ele mesmo o deu a seus eleitos e também à Mãe do Seu amado Filho
encarnado.
São Joaquim e Santa Ana sem dúvida foram
inspirados por Deus ao escolherem o nome daquela que seria a Mãe do
Redentor da humanidade. São Lucas registra no seu Evangelho o nome
glorioso da Virgem perpétua, que seria repetido e “glorificado por todas
as gerações” cristãs e que é o nome de muitos homens e mulheres em
homenagem à Mãe de Jesus Cristo.
Diz o evangelista: “O nome da Virgem era
Maria”. O anjo enviado por Deus diz a ela: “Não temas, Maria, pois
achaste graça diante de Deus”.Segundo
Alastruey, citado pelo Cônego Vidigal em um de seus artigos, grande
mariólogo espanhol, o nome de Maria pode ter vindo de três casos
possíveis:
Uns derivam o nome da raiz mery, da
língua egípcia e significa mui amada. Outros dizem que provém do siríaco
e quer dizer senhora, opinião de pouca solidez. No entanto, o mais
freqüente é a que o deriva do hebraico: “Mar amargo e rebelião; Gota do
mar; Senhor de minha linhagem; Estrela do Mar; Esperança; Excelsa ou
sublime; Pingue, Robusta; Amargura e Mirra”.
Segundo ainda o Com. Vidigal, J. de
Fraine diz que “apesar de sessenta tentativas que já foram feitas a
etimologia científica do nome de Maria continua incerta”.
Não importa o significado exato, preciso.
Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre. São Luiz Grignon de
Montfort, dizia que “Deus reuniu todas as águas e deu nome de mar,
reuniu todas as graças e deu o nome de Maria”. Assim como o mar é a
plenitude das águas do planeta, Maria é a plenitude das graças de Deus.
O Pe. Antonio Vieira diz: “Só vos digo,
invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele; quando vos
sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos
molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando
vos faltar o necessário para a vida…; quando os pais, os filhos, os
irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo
desejarem beber a vingança, o ódio, a emulação, a inveja; quando os
inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes
benefícios, colherdes ingratidões e agravos; quando os maiores vos
faltarem com a justiça, os menores com o respeito, e todos com a
proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos
tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma
dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar
conselho; quando vos não desenganar a morte alheia, e vos enganar a
própria, sem vos lembrar a conta de quanto e como tendes vivido e ainda
esperais viver; quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de
anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de
chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos,
em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em
todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe
convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e muito mais nos
prósperos, que são os mais falsos e inconstantes; e em todos os casos e
acidentes súbitos da vida, da honra, da fazenda, e, principalmente, nos
da consciência, que em todos anda arriscada, e com ela a salvação. E
como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz,
alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à
proteção e amparo da mãe das misericórdias, não a dúvida que, obrigados
da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não
invoquemos o nome de Maria”.
Esta é uma das mais inspiradas páginas
deste grande devoto da Mãe de Deus. São Bernardo de Claraval, doutor da
Igreja, dizia: “Ó tu que te sentes longe da terra firme, levado pelas
ondas deste mundo, no meio dos temporais e das tempestades, não desvies o
olhar deste Astro, se não quiseres perecer. Se o vento das tentações se
elevar, se o recife das provações se erguer na tua estrada, olha para a
Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas,
pensa em Maria, invoca Maria, chama por Maria. Que seu nome nunca se
afaste de seus lábios, que não se afaste de seu coração… Seguindo-a
terás a certeza de não te desviares; suplicando-lhe, de não desesperar;
consultando-a, de não te enganares. Se ela te segurar, não cairás; se te
proteger, nada terás de temer; se te conduzir, não sentirás cansaço; se
te for favorável, atingirás o objetivo.” Bendito seja o Nome Santíssimo
de Maria!
Prof. Felipe Aquino
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