A Igreja, depois de examinar todas as coisas, com todo o rigor que
lhe é peculiar, não tem dúvida de nos apresentar os Evangelhos como
rigorosamente históricos. A Constituição apostólica Dei Verbum, do
Vaticano II, diz:
“A santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e
canônicos os livros completos tanto do Antigo como do Novo Testamento,
com todas as suas partes, porque, escritos sob a inspiração do Espírito
Santo, eles têm Deus como Autor e nesta sua qualidade foram confiados à
Igreja” (DV, 11).
O Catecismo da Igreja afirma com toda a segurança:
“A Igreja defende firmemente que os quatro Evangelhos, cuja
historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente aquilo que
Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou
para a eterna salvação deles, até ao dia que foi elevado” (§ 126).
Jesus impressionava as multidões por ser Deus, “ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas” (Mt 7,29).
Ele provou ser Deus, isto é, Senhor de tudo: onipotente, onisciente,
onipresente; andou sobre as águas sem afundar (Mt 14,26), multiplicou os
pães (Mt 15,36), curou leprosos (Mt 8,3), dominou a tempestade (Mt
8,26), expulsou os demônios (Mt 8,32), curou os paralíticos (Mt 8,6),
ressuscitou a filha de Jairo (Mt 9,25), o filho da viúva de Naim, chamou
Lázaro do túmulo, já em estado de putrefação (Jo 11, 43-44),
transfigurou-se diante de Pedro, Tiago e João, no Monte Tabor (Mt 17,2) e
ressuscitou triunfante dos mortos (Mt 28,6)
Os Evangelhos narram 37 grandes milagres de Jesus, sem contar os que não foram escritos. Provou que era Deus!
Só Deus pode fazer essas obras! É por isso que São Paulo disse: “Nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9).
“Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).
São Pedro diz, como testemunha:
“Vimos a sua majestade com nossos próprios olhos” (2Pd 1,16).
Alguém poderia perguntar, mas quem pode provar a autenticidade dos Evangelhos?
Pois bem, a crítica Racionalista dos últimos séculos empreendeu com
grande ardor o estudo crítico dos Evangelhos, com a sede maldosa de
destruí-los. A que conclusão chegaram esses racionalistas
materialistas que empreenderam, com o mais profundo rigor da Ciência,
cujo deus era a Razão, a análise sobre a autenticidade histórica dos
Evangelhos?
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