sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Gotas de esperança.


tercoos Não desanime diante de sua dor. Receba algumas gotas de esperança…




Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, urgindo-o com óleo em nome do Senhor. 
A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia. Elias era um homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu fruto. Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados – Tg 5, 13-20.
Falas, respondeu-lhe ele, como uma insensata. Aceitamos a felicidade da mão de Deus: não devemos também aceitar a infelicidade? Em tudo isso, Jó não pecou por palavras – Jó 2, 10.

Caiu a chuva, vieram as enchente, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha – Mt 7, 25.
Ninguém há no mundo sem nenhuma tribulação ou angústia, quer seja rei quer Papa. Quem é que vive mais feliz? Aquele, de certo, que sabe sofrer alguma coisa por Deus – Tomás de Kempis, A Imitação de Cristo, I, 22 I.
Como amava a Vontade de Deus aquela doente que atendi espiritualmente! Via na doença, longa, penosa e múltipla (não tinha nada sadio), a bênção e as predileções de Jesus; e, embora afirmasse na sua humildade que merecia castigo, a terrível dor que sentia em todo o seu organismo não era um castigo, era uma misericórdia. – falamos da morte. E do Céu. E do que havia de dizer a Jesus e a Nossa Senhora… E de como ali “trabalharia” mais do que aqui… Queria morrer quando Deus quisesse…, mas – exclamava, cheia de felicidade -, que bom se fosse hoje mesmo! Contemplava a morte com a alegria de quem sabe que, ao morrer, vai ter com seu Pai – São Josemaria Escrivá, Forja, 1034.

Sem dúvida, são dignos de louvor os desígnios de Deus, que inflige castigos temporais aos seus para preservá-los dos eternos, que afunda para erguer, corta para curar, humilha para exaltar – São Pedro Damião, Cartas, 8, 6.
Viver é enfrentar dificuldades, sentir no coração alegrias e dissabores, e é nesse forja que o homem pode adquirir fortaleza, paciência e magnanimidade, serenidade – São Josemaria Escrivá, Amigos de Deus, 77.
Se alguma contradição sobreviver-te, bendiz o Senhor, que dispõe as coisas da melhor maneira; pensa que a mereceste, que mereceria mais ainda e que és indigno de todo o consolo; poderás pedir com toda a simplicidade ao Senhor que te livres dela, se for da sua vontade; pede-lhe que te dê forças para tirar méritos dessa contrariedade – Giachinno Pecci (Papa Leão XIII), A prática da humildade, 23.

Deus quer provar-vos como o ouro é provado no crisol. O fogo limpa o ouro da sua escória, tornando-o mais autêntico e precioso. O mesmo faz Deus com o servo bom que espera e mantém-se constante no meio da tribulação – São Jerônimo Emiliano, Homília a seus irmãos de religião, 21-VI-1535.
Está é a diferença entre nós e aqueles que não conhecem a Deus: estes queixam-se e murmuram diante da adversidade; para nós, as situações adversas não nos afastam da virtude, mas afiançam-nos nela – São Cipriano, De mortalitate, 13.
Cristão, Cristo está a dormir na tua barca; acorda-o que Ele increpará a tempestade, e far-se-á a calma – Santo Agostinho, Sermão 361.
Se tivéssemos a devida fé, a Santa Missa seria para nós um remédio para todos os males que nos pudessem angustiar durante a nossa vida – São João Maria Vianney, Sermão sobre a Santa Missa.

Desceu dos céus para estar próximo dos atribulados, para estar conosco na tribulação – São Bernardo, Sermão 17.
Com tão bom Amigo presente – Nosso Senhor Jesus Cristo -, com tão bom capitão, que quis ser o primeiro a padecer, pode-se sofrer todas as coisas. Ele ajuda e dá força, nunca falta, é Amigo verdadeiro – Santa Teresa de Jesus, Vida, 22.
Se o nosso primeiro fundamento for uma fé sólida e correta, pela qual cremos ser verdade de tudo o que diz a Escritura […], consideramos a tribulação um belo presente de Deus, um presente que Ele dá especialmente aos seus amigos especiais; alfo cujo contrário é perigoso quando se prolonga por muito tempo; algo que, não fosse enviado por Deus, os homens teriam de impor a si próprios e buscar pela penitência; algo que nos preserva de cometer dos pecados que, sem ele, cometeríamos; algo que nos faz dar menos valor ao mundo; algo que diminui em muito as nossas penas no purgatório; algo que muito aumenta a nossa recompensa no Céu; algo em que todos os Apóstolo O seguiram de perto; algo que o Nosso Salvador exortou todos os homens a buscar; algo sem o qual Ele nos disse que não seríamos seus discípulos; algo sem o qual nenhum homem atinge o Céu.

Todo aquele que refletir sobre essas cosias e guarda-las bem na memória, não murmurará nem resmungará. Pelo contrário: primeiro a sua paciência fará com que dê valor à sua pena, e ele então crescerá em bondade e julgará a si mesmo digno da tribulação. E então julgará que Deus a enviou para o seu bem, e sentir-se-á movido a agradecer a Deus por ela… assim, a sua graça aumentará e Deus lhe dará tal conforto quando ele considerar que Deus está ainda mais próximo de si na tribulação […], de maneira que a sua alegria diminuirá muito a sua dor. E não buscará conforto alhures, mas terá uma especial confiança em Deus e buscará a ajuda d’Ele, submetendo toda a sua vontade ao beneplácito divino. E rezará a Deus no seu coração, e rezará para que os seus amigos rezem a Ele, e especialmente pelos sacerdotes, como recomenda São Tiago. E então irá primeiramente à Confissão, para fazer-se limpo diante de Deus, pronto para partir e alegre de ir-se para Deus […]. se fizermos isso, ouso dizer, não viveremos aqui sequer meia hora menos do que deveríamos, mas esse conforto fará nossos corações mais leves e, logo, a dor da nossa tribulação diminuirá, e aumentarão as chances de recuperarmo-nos e vivermos mais – São Thomas More, Diálogo da fortaleza conta a tribulação, I, 20.
A todo o momento, a Virgem consola o nosso temor, excita a nossa fé, fortalece a nossa esperança, dissipa a nossa desconfiança e anima a nossa pusilanimidade – São Bernardo, Homília na Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, 7.
Não estás só. – Aceita com alegria a tribulação. – Não sentes na tua mão, pobre criança, a mão da tua Mãe: é verdade. – Mas… não tens visto as mães da terra, de braços estendidos, seguirem os seus meninos quando se aventuraram, temerosos, a dar os primeiros passos sem ajuda de ninguém? – Não estás só; Maria está junto de ti. – São Josemaria Escrivá, Caminho, 900.

Retirado do livro: “Orações Diante da Doença”. Ed. Cultor de Livros.

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