Leitura (Malaquias 3,1-4)
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 23/24
“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o rei da glória possa entrar!”
Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?”
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente,
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”
“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o rei da glória possa entrar!”
Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?”
“O rei da glória é o Senhor onipotente,
o rei da glória é o Senhor Deus do universo.”
Evangelho (Lucas 2,22-40 ou 22-32)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 22 Concluídos os dias da sua purificação da mãe e do filho, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,
23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor;
24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor.
27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei,
28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos:
29 Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra.
30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação
31 que preparastes diante de todos os povos,
32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel.
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.
36 Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Palavra da Salvação.
Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 22 Concluídos os dias da sua purificação da mãe e do filho, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,
23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor;
24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor.
27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei,
28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos:
29 Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra.
30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação
31 que preparastes diante de todos os povos,
32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel.
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.
36 Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Palavra da Salvação.
Reflexão
O Evangelho da
Infância de Jesus tem o seu ponto alto no templo, lugar da plenitude do
povo de Israel. É aí que Zacarias ouve a palavra que dirige a história para a
sua meta (anúncio de João); é aí que o Menino é apresentado a Deus, revelado a
Simeão e a Ana. É daí que regressa a Nazaré. Pano de fundo da cena da
apresentação é lei judaica segundo a qual os primogénitos são sagrados e, por
isso, devem ser apresentados a Deus. O Pai responde à apresentação e oferta de
Jesus com o dom do Espírito ao velho Simeão, que profetiza. Israel pode estar
descansado: a sua história não acaba em vão. Simeão viu o Salvador e sabe que a
meta é agora o triunfo da vida.
Meditatio
Os pais de Jesus, de
acordo com a lei mosaica, 40 dias depois do nascimento do primeiro filho, foram
ao Templo de Jerusalém para oferecer o primogénito ao Senhor e para a mãe ser
purificada. Mas este rito não foi exatamente igual aos outros. Nos ritos
comuns, eram os pais que apresentavam os filhos a Deus em sinal de oferta e de
pertença; neste rito é Deus que apresenta o seu Filho aos homens. Fá-lo pela
boca do velho Simeão e da profetisa Ana. Simeão apresenta-O ao mundo como
salvação para todos os povos, como luz que iluminará as gentes, mas também como
sinal de contradição; como Aquele que revelará os pensamentos dos corações.
O encontro de Jesus
com Simeão e Ana no Templo de Jerusalém é símbolo de uma realidade maior e
universal: a Humanidade encontra o seu Senhor na Igreja. Malaquias
preanunciava este encontro: «Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim
de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu
santuário o Senhor, que vós procurais». No Templo, Simeão reconheceu Jesus
como o Messias esperado e proclamou-o salvador e luz do mundo. Compreendeu que,
doravante, o destino de cada homem se decidia pela atitude assumida perante
Ele; Jesus será ruína ou salvação. Como dirá João Baptista: Ele tem na mão a
joeira para separar o trigo bom da palha (cf. Mt 3, 12).
É o que acontece, a
outra escala, também hoje: no novo templo de Deus que é a Igreja, os homens
«encontram» Cristo, aprendem a conhecê-lo, recebem-no na Eucaristia, como Simeão
o recebeu nos braços; a sua palavra torna-se, aí, para eles, luz e o seu corpo
força e alimento. É a experiência que fazemos, sempre que vamos à missa. A
comunhão é um verdadeiro encontro entre Deus e nós. Hoje, essa experiência é
acentuada pelo simbolismo da festa: a procissão com que entramos na igreja com
o sacerdote, levando a vela acesa e cantando, era, sinal deste ir ao encontro
de Jesus que nos chama no interior da sua igreja, na esperança de irmos ao seu
encontro um dia no Hypapante eterno, quando formos nós a ser
apresentados por Ele ao Pai.
A Candelária é festa
de luz. A luz da fé não nos foi dada apenas para iluminar o nosso caminho,
desinteressando-nos dos outros… A luz da fé também não é para ter acesa apenas
na igreja, ou em certos momentos, mas em todos os momentos e situações da nossa
vida… A nossa fé há de ser luz que ilumina, fogo que aquece… É luz e fogo quem
é compreensivo e bom com todos… quem sabe apoiar os pequenos esforços… os
pequenos progressos… quem tem palavras de amizade, de estímulo, de apoio… quem
sabe dizer uma boa palavra, dar uma ajuda… O amor cristão tem a sua origem em
Deus que nos amou e nos enviou o seu Filho com quem nos encontramos em vários
momentos da nossa vida, particularmente quando celebramos a Eucaristia. Esse é
o nosso encontro, enquanto esperamos o encontro definitivo no Céu.
Dehonianos
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