Uma jovem mulher, terminado o dia de trabalho, regressava a casa de automóvel.
Conduzia com muita atenção porque o
automóvel que estava a utilizar era novo, retirado no dia anterior do
«stand». Fora comprado sobretudo com as economias do marido. Este tinha
feito bastantes renúncias para poder adquirir aquele modelo.
Numa encruzilhada particularmente movimentada, a mulher teve um momento de indecisão e foi bater com o para-choques numa outra viatura.
A jovem mulher, terminado o susto do embate, começou a chorar. Como iria ela explicar ao marido o que acontecera ao carro novo?
O condutor da outra viatura foi compreensivo, mas explicou que ambos deviam tomar nota do número de matrícula e dos documentos necessários para a Companhia de Seguros.
A mulher procurou então esses documentos numa grande bolsa de plástico. Da bolsa caiu então uma folha de papel.
Depois do outro condutor se ter retirado, ela, sozinha, desdobrou esse papel para ver de que se tratava.
Numa caligrafia masculina estavam estas palavras: «Em caso de acidente… recorda, meu tesouro, eu amo-te a ti, não ao automóvel!»
A LIÇÃO DA ESTÓRIA
Para esse marido, a sua esposa contava mais que o automóvel, por valioso que ele fosse.
Para Jesus, as pessoas valiam muito mais
do que tudo. Ele colocou as pessoas, mesmo as mais pobres, acima
daquilo que então era sagrado, como as leis de Moisés. Escandalizou os
fariseus ao dizer que é mais importante a pessoa humana que a lei do
sábado.
Nós somos convidados a colocar a pessoa
humana no centro de toda a nossa solicitude. Haja o que houver, o
importante é praticar a caridade para com os outros, começando pelos que
vivem, mais perto de nós: familiares, amigos, vizinhos.
Padre Alberto Gambarini
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