terça-feira, 22 de março de 2011

75% DOS PERSEGUIDOS NO MUNDO SÃO CRISTÃOS, POR QUÊ?


Setenta e cinco por cento da perseguição religiosa no mundo é contra os Cristãos, afirma um novo relatório da organização católica do Reino Unido.

Examinando 33 países, a filial britânica da organização ajuda à Igreja que Sofre relatou que a maioria das perseguições que estava ocorrendo no Oriente Médio, África e Ásia em um relatório sobre os Cristãos oprimidos por sua fé” de 2011.

Além dos suspeitos de costume – China, Irã, Coréia do Norte e Arábia Saudita – o relatório revelou também que países como a Venezuela, o Zimbabwe e até a Terra Santa são culpados de perseguição religiosa. O relatório também descobriu que os Cristãos que enfrentam perseguições aumentaram em 22 países entre os analisados, com o Egito, Iraque, Líbano, Nigéria e Paquistão estando entre os piores países para os cristãos viverem. O relatório também diz que agora 100 milhões de Cristãos em todo o mundo estão enfrentando perseguição.

“A proporção de países com uma piora histórica de violência anti-cristã e intimidação seria maior se não fosse pelo fato de que em muitos casos, a situação dificilmente poderia ter sido pior, em primeiro lugar,” afirma o relatório.

Além da perseguição de extremistas islâmicos, o relatório também destacou que os Cristãos são perseguidos pelo aumento do nacionalismo em países como Birmânia, Índia e Sri Lanka. Há também a crescente ameaça do extremismo islâmico no Norte da África e partes da Ásia. Enquanto isso, alguns países comunistas e ateus estão suprimindo os direitos religiosos das minorias.

“Extremistas associam cada vez mais Cristãos locais com seus países do Ocidente,” explicou John Pontifex, porta-voz da Ajuda à Igreja que Sofre, a respeito. “Como eles são na maioria dos casos incapazes de atacar países ocidentais diretamente, muitos extremistas transformar seu fogo contra os Cristãos locais.”

Esta semana, Ann Widdecombe, um político britânico conhecido, foi nomeado como enviado especial sobre liberdade religiosa para a caridade do auxílio à Igreja que Sofre.

Widdecombe, católico, disse na quinta-feira que está “cada vez mais alarmado” com os relatos de violência e intimidação contra os Cristãos. Ela também destacou a incoerência do esforço do governo britânico para proteger os direitos das minorias religiosas no mercado interno e sua tendência de fechar os olhos à perseguição dos Cristãos no exterior.

“É hora de colocar a cabeça acima do parapeito e falar em nome dos Cristãos que sofrem por sua fé,” disse ela. “Estou muito satisfeita em apoiar o trabalho da Ajuda à Igreja que Sofre, que está fazendo um excelente trabalho para ajudar os Cristãos perseguidos.”

O cardeal Reino Unido, Keith O’Brien, de Edimburgo recentemente descreveu a perseguição aos Cristãos como “talvez o maior escândalo de direitos humanos da nossa geração.”

Porque os Cristãos são perseguidos?
O cristianismo não pertence a nenhuma cultura, raça, sistema ou ideologia. O seu lugar é o Homem!

A perseguição aos cristãos matou mais pessoas nos últimos cem anos do que em toda a sua História anterior. O anti-cristianismo raramente é tema nos Meios de Comunicação Social pelo fato de os cristãos não se defenderem e assim não se tornarem públicos. Na linguagem corrente o conceito “anti-cristianismo” não é usado. O que não existe nos conceitos não existe na consciência do povo!…

Os cristãos são o grupo mais perseguido do mundo. São alvo de racistas e de pretensos anti-racistas. No mundo árabe e asiático são vítimas de assassinos, perseguição e racismo. Entre nós são vítimas da arma da palavra ou do esquecimento. Tornou-se chique, na opinião publicada e em conversas privadas, ser-se anticristão, anti-papa ou até justificar-se os ataques à bomba de hoje com o passado, como cruzadas, etc.

Uma luta cultural insidiosa de militantes do secularismo contra o catolicismo/cristianismo procura atribuir, tudo o que houve de abominável na história política e económica, aos cristãos e não ao cidadão ou ao governo secular de então. Sem se diferenciar, reduz-se o Cristianismo a uma pia onde se lavam as próprias impurezas.

Tornou-se chique falar de anti-semitismo, de anti-arabismo, anticomunismo, de racismo contra ciganos mas não é chique falar-se de anti-cristianismo ou de anti-catolicismo. Vê-se o argueiro no olho dos outros mas não se nota a tranca que se tem nos próprios olhos. Atacam-se os outros para se defender os seus. O anti-cristianismo é descurado na mídia porque os cristãos não se defendem e porque os extremistas do secularismo iluminado precisam do catolicismo como área de projecção, como terreno inimigo a combater.

Quem não tem o Islão e outros como inimigo precisa do cristianismo como adversário. O racismo cultural solidariza-se contra os preconceitos contra minorias de outras culturas e aninha-se na própria cultura numa opinião publicada enegrecedora do Cristianismo e falsificadora dos factos. Vive-se bem da mentira das meias verdades. Fato é que o Homem tem em si partes divinas e partes diabólicas independentemente de seu ser de cristão, maçónico, comunista ou capitalista, etc.

Mede-se com duas medidas. O que acontece de mau nos países muçulmanos é visto como obra de extremistas, porém o que aconteceu de mal na História passada é visto como obra dos cristãos. Na nossa sociedade, a difamação de minorias é vista como preconceito, enquanto a difamação de maiorias é legitimada ou aceite. Falta o conhecimento e humanidade. O preconceito contra o Islão deixa de o ser quando se expressa contra os cristãos.

Os Media nos seus títulos falam de “violência depois do atentado na Igreja”; as pessoas assassinadas na Igreja escrevem-se em letras pequenas e à margem da notícia.


PORQUE SÃO OS CRISTÃOS O GRUPO MAIS PERSEGUIDO NO MUNDO?

O Cristianismo é um fator desmancha-prazeres para detentores do poder e carreiristas. Ele coloca o interesse da pessoa no centro e em segundo plano os interesses de economias, ideologias, culturas e estruturas sociais. Todas as estruturas do poder não se sentem bem ao verificarem que uma estrutura global, como o Catolicismo, se erga, globalmente, como voz das pessoas sem voz. Muitos poderosos, especialmente na África e na Ásia, constatam que onde os cristãos estiveram, a democracia, a liberdade política e religiosa, os direitos humanos começaram, por primeiro, a germinar, apesar da corrupção inerente à pessoa. Isto complica-lhes o domínio.

O cristianismo não pertence a nenhuma cultura, raça, sistema ou ideologia; o seu lugar é o Homem e o seu Deus encontra-se no interior de cada pessoa independentemente de confissões religiosas e da crença em Deus. Isto perturba e torna-se numa “ameaça” para quem quer fazer o seu negócio, sem problemas de consciência, à custa da pessoa.

O cristianismo é perseguido em toda a parte porque é mais que uma crença, é mais que uma religião. Ele é a religião, a filosofia, do Homem individual integrado na comunidade universal sempre a caminho e sempre em revelação! Consequentemente a dignidade humana encontra-se no Homem e não fora dele; ela não se encontra na cultura, na Constituição, na religião nem na nação. O lugar de Deus é o Homem e isto perturba todas as estruturas e ideologias. Por isso estruturas e sistemas de poder da humanidade passarão mas o cristianismo não passará. Tudo o que verdadeiramente serve o Homem no seu ser humano, permanecerá, o resto passará.

Assim, as estruturas e as formas do poder serão sempre relativas e passageiras e os poderosos encontrarão a barreira do Homem, com a sua dignidade, ao seu poder. As culturas, os partidos, as formas de governo passarão, o cristianismo, no que tem de matriz humana não passará. Naturalmente que muitos cristãos e não cristãos só conhecem e se interessam pelo folclore cristão. Esta é também uma realidade humana.

No Natal foram assassinados 86 cristãos na Nigéria; nas Filipinas, devido a um atentado à bomba, foram feridas 11 pessoas numa missa de Natal; no Iraque no Natal houve atentados a casas de cristãos e foram impedidas as missas devido a ameaças de islamistas; na passagem de ano, no Egipto, com um atentado a uma Igreja foram mortos 21 cristãos e 97 feridos; no Paquistão moças e mulheres cristãs são violadas por muçulmanos para assim ficarem estigmatizadas como “impuras” na sua cultura. Meninas cristãs de 12-13 anos são violadas por muçulmanos, ficando assim impedidas de casar. Por estes e outros meios se impede a proliferação dos cristãos. O maior problema está no facto de tudo isto acontecer no meio do povo sem uma palavra que se levante em defesa dos inocentes. Segundo o Corão todos os meios que sirvam o Islão são legítimos.

O atentado assassino do Egito foi atribuído a uma rede de terror de fora do país e o governo egípcio fala como se os cristãos coptas do Egito não fossem discriminados. Por um lado são discriminados e por outro lado, procura-se através de ofertas de dinheiro e de ofertas de perspectivas profissionais levá-los à conversão, como me testemunhava um estudante egípcio na Alemanha.

No momento em que os muçulmanos atingem 50% da população duma região ou país, passam à ofensiva, exigindo a independência e discriminando os outros com as suas leis de maneira a torná-los minoria. No sentido islâmico, a História da perseguição muçulmana nos países onde dominam é uma História de “sucesso”, como mostra a perseguição da Turquia aos cristãos com o holocausto aos cristãos arménios. Nos últimos 100 anos, a Turquia conseguiu reduzir os cristãos de 25% da população para 0,1% atualmente. A discriminação no Sudão, no Egito e muitos outros países segue a mesma lógica. No Iraque a perseguição em curso contra os cristãos conseguiu reduzi-los de 1,5 milhões para menos de meio milhão.

Países islâmicos tornaram-se no Inferno ou pelo menos no Purgatório dos Cristãos embora esses países sejam a sua terra natal. Os nossos políticos não acreditam no “Inferno”, por isso não há uma perspectiva de paraíso para eles, nos países em que são perseguidos.

O filósofo judeu Bernard Henry Levy constata que “os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida da forma mais violenta e na maior impunidade.” Esta realidade é calada e até justificada, como se todo o mal do mundo fosse culpa dos cristãos. Esta realidade tem de ser calada para se ter uma “boa consciência”!
Shalom

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