Nosso
maior problema é que ficamos presos na remoção dos nossos espinhos.
II Coríntios 12,1-10
Reconhecer
sua franqueza é um sinal de que a graça do Senhor está com você.
Bendito
seja Deus pela sua vida e pelos espinhos de sua carne. Não existe mal que dure
eternamente, mas a bondade do Senhor permanece para sempre.
Deus
sempre tira um bem do mal que estamos vivendo e quer uma graça diária para
nossas vidas.
Qual
é a graça que necessitamos no dia de hoje? Coloque-a nas mãos do Senhor e Ele
tudo fará.
A
verdade é uma só: "Em todas as coisas somos mais que vencedores por Aquele
que nos amou" (Rom 8,37).
O problema é só uma visão muitas vezes turvada
pelos nossos desejos e só nossas aspirações. Santa Teresa d`Ávila nos diz:
"Ponde os olhos no crucificado e tudo vos parecerá pouco!" Paulo
conhece sua condição pobre, fraca, miserável e declara: "Tenho um espinho
na carne".
Não
sabemos o que era esse tal espinho na carne de Paulo, porque ele não o declara.
Alguns sugeriram que pode ter sido malária, epilepsia ou, mais provável, uma
enfermidade nos olhos (cf Gal 4,13-15). Qualquer que fosse o caso era um
problema crônico que o debilitava, às vezes impedindo-o de trabalhar mais pela
expansão do Evangelho.
Esse
espinho era um impedimento para o seu ministério, e ele orava pedindo a
remoção, para um bem maior, para expandir o Evangelho e sua ação missionária,
não para um bem próprio. Mas Deus se recusou a fazê-lo.
Paulo era uma pessoa autossuficiente.
Por isso esse espinho deve ter trazido muitas dificuldades. Esse espinho
mantinha Paulo humilde, lembrava-lhe de sua necessidade de contato constante
com Deus e beneficiava aqueles que estavam ao seu redor, pois viam Deus
trabalhando em sua vida e transbordando de sua vida.
O
próprio Paulo reconheceu o bem deste espinho: "Não me levasse ao
orgulho... E me livrar do perigo da vaidade". Qual é o seu espinho hoje,
neste momento, ou um espinho que a tempo você se depara com ele? Escute agora
as palavras do Senhor: "Basta-te minha graça, porque o meu poder se
aperfeiçoará na tua fraqueza".
Nosso
maior problema é que ficamos presos na remoção dos nossos espinhos. É assim que
ficamos paralisados. É preciso ficarmos atentos não na remoção dos espinhos,
mas ao "Poder de Deus" que é mostrado em nossas fraquezas.
Pe.Emílio Carlos Mancini
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