O
Ecumenismo é o movimento que visa a restabelecer a plena comunhão entre
a Igreja Católica e as demais denominações cristãs que no decorrer dos
séculos se foram separando do grande tronco católico: orientais
(nestorianos, dissidentes em 431; monofisitas em 451; ortodoxos em
1054), protestantes separados em 1517, Velhos Católicos em 1870.
O Ecumenismo é algo inspirado pelo Espírito Santo em nosso século,
quando se verifica que as separações não têm mais as razões de ser que
as suscitaram na época da respectiva cisão. Em nossos dias há quase
total identidade de Credo entre católicos e cristãos orientais.
Com o protestantismo o diálogo é mais difícil, dado o esfacelamento
do bloco protestante, onde as denominações genuinamente cristão,
reduzindo o Cristianismo a uma escola de bons costumes inspirados pela
Bíblia sem referência explícita aos sacramentos. Além das diferenças
doutrinárias (ora mais, ora menos apagadas), nota-se que uma das
dificuldades para o bom entendimento entre cristãos provém de questões
de ordem histórica (as Cruzadas, por exemplo, no Oriente…), cultural,
nacionalista…; quanto menos cultura há em alguma porção da população,
tanto mais apego parece haver a costumes locais, de importância
secundária, mas altamente apreciados pela gente simples.
No nível teológico-doutrinário, as conversações entre católicos e
cristãos não católicos estão adiantadas e são bem sucedidas; a Igreja
Católica tem-se esforçado ao máximo para fomentar a aproximação e
derrubar preconceitos. O fato, porém, de que a Comunhão Anglicana
resolveu conferir a ordenação sacerdotal e a episcopal a mulheres
esfriou um tanto o relacionamento entre anglicanos, de um lado, e
católicos e orientais, de outro lado; o Oriente é profundamente
conservador e fiel às suas tradições.
No plano popular, o Ecumenismo tem sido muito menos feliz, a ponto de
não ser recomendado entre fiéis despreparados, pois os novos movimentos
religiosos oriundos do protestantismo querem aproveitar-se dos
encontros com os católicos para exercer proselitismo.
Como quer que seja, o Ecumenismo merece ser fomentado entre pessoas
dispostas, conhecedoras, com segurança, das verdades da fé, capazes de
evitar tanto a polêmica quanto o falso irenismo (ou concessões
doutrinárias destinadas a insinuar que não existem diferenças de Credo).
A Igreja Católica propõe suas normas a respeito tanto no decreto
Unitatis Redintegratio do Concílio do Vaticano II quanto em documentos
provenientes da Santa Sé e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
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