O nome de Santa Luzia deriva do latim e
significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora
dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz. Nasceu em
Siracusa, Itália, no fim do século III. Conta-se que pertencia a uma
família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de
Luzia ter feito um voto de viver virgindade perpétua. Com a morte do
pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um
jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o
discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia
inspiradamente propôs a sua mãe que fossem em romaria ao túmulo da
mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a
confirmação do não para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu
logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para
Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto a virgindade e quanto
aos sofrimentos que passaria, como Santa Águeda.
Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres,
e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo
oferecer sacrifício aos falsos deuses e nem quebrar o seu santo voto,
Santa Luzia teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o
prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não
houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de
granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia
é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo
também se mostravam impotentes, até que por fim a espada acabou com vida
tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.
Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou
não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo –
até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos
acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e
fidelidade”.
Prof. Felipe Aquino
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