domingo, 30 de dezembro de 2018

Festa da Sagrada Família - Ele será um sinal de contradição


 
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1a Leitura - Eclesiástico 3,3-7.14-17
Leitura do livro do Eclesiástico.
3 3 Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.
4 Aquele que ama a Deus o roga pelos seus pecados, acautela-se para não cometê-los no porvir. Ele é ouvido em sua prece cotidiana.
5 Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro.
6 Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração.
7 Quem honra seu pai gozará de vida longa; quem lhe obedece dará consolo à sua mãe.
14 Meu filho, ajuda a velhice de teu pai, não o desgostes durante a sua vida.
15 Se seu espírito desfalecer, sê indulgente, não o desprezes porque te sentes forte, pois tua caridade para com teu pai não será esquecida,
16 e, por teres suportado os defeitos de tua mãe, ser-te-á dada uma recompensa;
17 tua casa tornar-se-á próspera na justiça. Lembrar-se-ão de ti no dia da aflição, e teus pecados dissolver-se-ão como o gelo ao sol forte.
Palavra do Senhor.

Salmo - 127/128
Felizes os que temem o Senhor
e trilham seus caminhos!

Felizes és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião
cada dia de tua vida.

2a Leitura - Colossenses 3,12-21
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
3 12 Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.
13 Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós.
14 Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.
15 Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos.
16 A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vos possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais.
17 Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
18 Mulheres, sede submissas a vossos maridos, porque assim convém, no Senhor.
19 Maridos, amai as vossas mulheres e não as trateis com aspereza.
20 Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor.
21 Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Lucas 2,40-52
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que a paz de Cristo reine em vossos corações e ricamente habite em vós sua palavra! (Cl 3,15s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa.
42 Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
43 Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem.
44 Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.
45 Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.
46 Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.
48 Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
49 Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”
50 Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera.
51 Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
52 E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

           Dentro do tempo do Natal, a Igreja escolhe um dia para celebrar a festa da Sagrada Família, um modelo para todas as famílias! É uma forma que a igreja encontrou para chamar a nossa atenção, sobre a importância da família, um valor tão desprezado nestes tempos “modernos.”
A Sagrada Família; família de Nazaré é constituída por Jesus, Maria e José! Foi no seio desta família, que o Menino Deus cresceu em tamanho e sabedoria, que Ele viveu como um de nós!
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vem nos falar da apresentação de Jesus no templo. Quarenta dias após o seu nascimento, Jesus é levado ao templo pelos os seus pais, a fim de cumprir um ritual judaico, isto é, todo primogênito do sexo masculino, deveria ser consagrado ao Senhor. Maria e José, num gesto de entrega a Deus, apresentam Jesus no templo.
O rito da purificação da mãe e a apresentação do menino Jesus, nos ajuda a entender, que Deus, ao se encarnar, viveu a nossa realidade, se submeteu a lei, foi pobre, marginalizado, injustiçado e provavelmente teve problemas na família como qualquer um de nós. Basta lembrarmos, do início da sua vida pública, quando seus familiares tentaram impedi-lo de cumprir a sua missão, alegando que Ele estava louco. Mc 3,20-21
O texto que nos é apresentado, é rico em detalhes, mostra-nos, que na apresentação do menino Jesus no templo, fica evidenciado a identidade do Salvador e através de um conjunto de elementos proféticos, é revelado o caminho que Ele percorreria o caminho da cruz.
Em si tratando da apresentação do próprio Filho de Deus, este ritual adquire um significado estreitamente ligado ao mistério da encarnação. Foi um rito de grande profundidade, diferente dos outros, em que os pais apresentavam seus filhos a Deus.  No rito de Jesus, é Deus quem apresenta seu Filho aos homens, pela boca do profeta Simeão, juntamente com a profetisa  Ana.
O velho Simeão esperava pela libertação de Israel, ele já havia recebido a de Deus, a promessa de que ele não partiria deste mundo, sem antes ter visto o Messias. Guiado pela a inspiração divina, Ele  vai ao templo e lá encontra com Maria e José que levavam Jesus para cumprir as prescrições legais. Suas palavras proféticas, sobre o futuro do menino, Jesus, constituem o centro do relato. Já prestes do final  de sua existência terrena, Simeão toma o menino em seus braços e o define como: “A salvação que chegou para todos os povos. Salvação, que chegou na fragilidade de um menino.
Os olhos de Simeão, enxergaram  longe, ele viu naquele menino tão frágil, ainda totalmente dependente do humano, a salvação do próprio humano!
Na cena, Maria permaneceu o tempo todo em silencio, certamente,  ela ainda não havia entendido tudo a respeito da trajetória do seu filho, mas  mesmo assim, ela acolhe as profecias de Simeão sobre o seu futuro, aceitando os desígnios de Deus.
Após ter tido a felicidade de ter o Messias em seus braços, Simeão sente que já podia partir deste mundo, afinal, seus olhos já tinham visto o que ele tanto esperava: a “libertação do povo de Israel".
Contemplemos a figura de Simeão, um homem que não olhava para o passado, que via longe, que sonhava grande, mesmo na fragilidade de sua idade avançada.
Simeão e Ana representam o povo fiel, o povo persistente, que não perde a esperança, porque confia nas realizações das promessas de Deus, podemos intitulá-los, como profetas da esperança!
Como o profeta Simeão, sejamos também, perseverantes na fé, confiantes nas promessas de Deus, com Deus, tudo nos será possível.
A família é uma instituição sagrada, é algo sonhado por Deus, que quis vir até a nós, através de uma família.
Que esta instituição sagrada, não termine por falta de amor, pois é na família, que Deus perpetua a sua criação! Não deixemos que esta sementeira de amor, se desfaça por falta do diálogo e do perdão.
 
 
 
 

Olívia Coutinho

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