O
Natal é um momento tão importante para o mundo todo, que todas as
pessoas que acreditam, e até aquelas que não acreditam em Jesus, são
contagiadas pelos símbolos do Natal, pelo espírito de solidariedade,
pela vontade de querer fazer o bem. Muitas pessoas deixam se levar pelo
consumismo, contudo outras, muito além de fazer compras, acabam deixando
de comprar para si para presentear os outros.
Mais do que sair pelas ruas e ver a
cidade iluminada, as árvores enfeitadas, os sinos pendurados, velas
acesas, presépios montados, estrelas, guirlandas, comidas típicas e
papais-noéis, é preciso que entendamos o sentido de tudo isso que
fazemos. Você já parou para pensar no sentido de cada “enfeite de natal”
que tem em sua casa? Para tudo existe um motivo, uma razão, uma
história; até para o Panetone.
Existe uma lenda italiana à respeito do
panetone. Achamos muito interessante publicar aqui e compartilhar com
vocês dessa bela história.
“Panetone
Era noite de Natal, em Milão, governada
pelo Duque Ludovico Sforza, famoso por ter uma das mais requintadas
cortes da época. Sobretudo sua cozinha era muito renomada. Desde a
tarde, suas chaminés exalavam perfumes maravilhosos, que estimulavam o
apetite de toda a vizinhança. Desejando fazer uma ceia inesquecível, o
cozinheiro-mor decidira preparar uma sobremesa especial: um fabuloso
doce cuja receita os venezianos haviam trazido do longínquo Oriente.
Afanava-se o mestre na elaboração de sua
obra-prima e, ao mesmo tempo, orientava e fiscalizava os demais
cozinheiros que se dedicavam a aprontar os inúmeros pratos do lauto
banquete. Na grande cozinha, todos estavam tomados pela característica
alegria do Natal italiano.
Todos não… Isolado num canto, um jovem
ajudante recém-chegado da Lombardia suspirava de saudades da casa
paterna, recordando-se das festas natalinas realizadas nos lares
camponeses de sua região, pouco favorecidos de recursos econômicos, mas
ricos de vida familiar e amor ao maravilhoso.
Levado por esses sentimentos
nostálgicos, resolveu ele preparar um pão especial, como os que eram
feitos por sua mãe na véspera de Natal. Não dispondo, porém, de todos os
ingredientes necessários, teve de contentar-se com as sobras do
material utilizado pelo cozinheiro-mor na elaboração da misteriosa
sobremesa.
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10 curiosidades sobre o Advento que melhorarão seu Natal
Qual seria o resultado? Nem ele mesmo sabia…
Uma vez iniciada a ceia de Natal,
intensificou-se a atividade na cozinha, e o mestre cozinheiro esqueceu
no forno o seu belo e misterioso doce… Enorme foi sua consternação ao
constatar que ele havia queimado. Seu dourado sonho de um grande sucesso
estava transformado na dura realidade de um vexatório fracasso, pois,
como preparar em tão pouco tempo outra sobremesa especial? À vista desse
desastre, não conseguiu conter algumas lágrimas.
Tomado
de compaixão, o jovem lombardo aproximou-se dele e lhe ofereceu os três
grandes bolos que acabava de tirar do forno. Num piscar de olhos, o
experiente cozinheiro notou a elegância de sua forma cilíndrica e
percebeu que seu delicioso perfume deveria corresponder a um requintado
sabor.
Quem estava à mesa era o Duque Sforza
com sua corte, ou seja, os mais exigentes comensais da Itália. Porém,
não restava outra saída senão correr o risco. Tomou, pois, a decisão de
servir como sobremesa aquela curiosa iguaria. Ele próprio se incumbiu de
cortá-los caprichadamente em fatias e dispô-las de forma artística em
bandejas de prata.
Surpreenderam-se o Duque e seus
convivas, ao verem aquele exótico bolo enfeitado por frutas
cristalizadas e do qual se desprendia um convidativo perfume.
Instintivamente, começaram a aplaudir, e num instante seu requintado
sabor lhes havia conquistado o paladar. Sucesso completo!
O Duque mandou vir à sua presença o
autor daquela obra maravilhosa. Para surpresa de todos, não apareceu o
afamado mestre, mas um tímido ajudante de cozinha.
– Qual é teu nome? – Eu me chamo Toni…
– Ora, então este é o Pane Toni! (o Pão do Toni).
Deste modo, o Duque Ludovico Sforza
batizou aquele curioso pão doce com o nome de Toni, seu criador. E
determinou-lhe que preparasse outros iguais, em maior quantidade, no
Natal do ano seguinte. Assim nasceu o panetone, por obra do acaso,
aliás, como tantas maravilhas da arte culinária.
Em pouco tempo, o “Pão do Toni”
conquistou os lares italianos, e se espalhou pelo mundo inteiro, a ponto
de ficar indissociavelmente ligado às festas natalinas.
Revista Arautos do Evangelho, Dez/2002, N. 12
Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/42747-Panetone
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