Se tivéssemos o olhar de Cristo, nas limitações, erros e
indelicadezas dos outros veríamos o que realmente são: “ferimentos” da
alma: males morais, com frequência piores que os males físicos.
Se
tivéssemos a compaixão de Jesus, não nos deixaríamos levar por
sentimentos de raiva, nem de amor-próprio ofendido, nem de despeito por
causa desses defeitos, como costumamos fazer, mas experimentaríamos a
compaixão do bom samaritano.
Então, a exemplo de Cristo que, debruçado
sobre os nossos males, cuidou de nós em tudo (cf. Lc
10, 34), haveríamos de perguntar-nos: que posso fazer para tratar essas
feridas, em vez de me irritar com elas?
Que azeite suave e que vinho
curativo posso passar nelas?…
Bastaria, em muitas ocasiões, começar a fazer-nos tais perguntas para
que logo desaparecesse o mau humor e arrefecesse a ira.
Já não
“desconsideraríamos” os outros, antes nos sentiríamos movidos de
compaixão, e começaríamos a viver a aventura - inédita para os egoístas -
de “amar o próximo como a nós mesmos”.
Deste modo, pelo caminho que Cristo trilhou, iríamos pouco a pouco
descobrindo as reservas de “azeite” e “vinho” que o amor é capaz de
extrair do nosso coração, e derramaríamos esses “cuidados de amor” - de
desculpa, de silêncio, de paciência, de ajuda… - sobre os que nos
cercam, com espírito de autêntica “compaixão”.
Via Blog Pe Emilio
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