quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O que vemos nos outros?

Se tivéssemos o olhar de Cristo, nas limitações, erros e indelicadezas dos outros veríamos o que realmente são: “ferimentos” da alma: males morais, com frequência piores que os males físicos. 
Se tivéssemos a compaixão de Jesus, não nos deixaríamos levar por sentimentos de raiva, nem de amor-próprio ofendido, nem de despeito por causa desses defeitos, como costumamos fazer, mas experimentaríamos a compaixão do bom samaritano. 
Então, a exemplo de Cristo que, debruçado sobre os nossos males, cuidou de nós em tudo (cf. Lc 10, 34), haveríamos de perguntar-nos: que posso fazer para tratar essas feridas, em vez de me irritar com elas? 
Que azeite suave e que vinho curativo posso passar nelas?…
Bastaria, em muitas ocasiões, começar a fazer-nos tais perguntas para que logo desaparecesse o mau humor e arrefecesse a ira. 
Já não “desconsideraríamos” os outros, antes nos sentiríamos movidos de compaixão, e começaríamos a viver a aventura - inédita para os egoístas - de “amar o próximo como a nós mesmos”.
Deste modo, pelo caminho que Cristo trilhou, iríamos pouco a pouco descobrindo as reservas de “azeite” e “vinho” que o amor é capaz de extrair do nosso coração, e derramaríamos esses “cuidados de amor” - de desculpa, de silêncio, de paciência, de ajuda… -  sobre os que nos cercam, com espírito de autêntica “compaixão”.
 
 
 
 
Via Blog Pe Emilio

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