O
Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro
domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano
Litúrgico católico e em 2018 começará no domingo, 2 de dezembro.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Começa
com o domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de novembro) e
dura quatro semanas.
O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas semanas
servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do
mundo; enquanto as duas seguintes servem para refletir concretamente
sobre o nascimento de Jesus e sua irrupção na história do homem no
Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e se acende uma
vela a cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as
toalhas do altar são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A
exceção é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual
pode se usar a cor rósea.
A fim de fazer sensível esta dupla preparação de espera, durante o
Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa, não é
proclamado o hino do Glória.
O objetivo desses simbolismos é expressar de maneira tangível que,
enquanto dura a peregrinação do homem, falta-lhe algo para seu gozo
completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a
Igreja terá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade
do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no
trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de
Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se
esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso
recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na
espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam
de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a
vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos
acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando consertar os
próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em
direção Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de
uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza
interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João
Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que
vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
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