terça-feira, 24 de julho de 2018

Faz sentido perdoar a si mesmo?

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Por que é mais fácil perdoar outra pessoa do que se perdoar?

Levar consigo o terrível sentimento de culpa por algo que aconteceu no passado é um fardo muito pesado, que não podemos carregar para sempre. Por que podemos perdoar os outros, apesar de terem cometido delitos atrozes e, no entanto, não podemos nos perdoar por um delito muito menor? Por que somos tão duros com nós mesmos?
A vida nos leva, em muitas ocasiões, a situações em que não vemos, não agimos com total clareza ou simplesmente estamos errados. Todos os dias de nossa vida nos colocamos à prova para mostrar nossas emoções, compartilhá-las, sofrê-las.
Errar é humano. Cometer erros é uma parte fundamental do aprendizado emocional. Não existe quem não comete erros e você precisa aprender a perdoar, mas também a perdoar a si mesmo.
Quando você tem que se perdoar tudo muda, estamos sozinhos, não conversamos com terceiros. É um processo estritamente interno em que você não precisa dar explicações nem se justificar a ninguém.
  • Assumir as próprias responsabilidades: Ter em mente que nossas ações sempre trazem consequências é vital. Assumir nossas ações implica um esforço sincero da nossa parte. Reconhecer os erros cometidos liberta nossa maturidade e nos torna fortes frente à realidade. Obtemos satisfações ao incidir neste ponto transcendental.
  • Saber como perdoar a nós mesmos: devemos nos dar a oportunidade de ser o que somos e nos estimar como somos. Devemos aceitar que vivemos com medos, inseguranças e emoções que modificam nossos caminhos. É fundamental entender que é correto falhar, que é permitido se equivocar.
  • O perdão é o atalho mais rápido para começar de novo e voltar a centrar-se no que interessa. Isso não significa que deixamos de ser responsáveis, mas que aprendemos com nossos erros e nos libertamos do fardo para que possamos começar a ajudar a nós mesmos e aos outros.
Uma das maiores armadilhas mentais, mais improdutivas e mais autodestrutivas que muitos de nós enfrentamos é a culpa. É como se o cérebro não soubesse o que fazer com o sentimento desconfortável e o projeta para dentro. Não existe um único exemplo em que a autoculpa seja construtiva.
Em conclusão, podemos dizer que a vida se encarregará de enfrentar situações novas ou anteriormente conhecidas em que o nosso eu saberá reagir de forma saudável e natural, repercutindo positivamente em nosso estado emocional. Embora seja difícil conseguir isso às vezes, se perdoar é sempre libertador. O perdão ajuda a recuperar o controle da própria vida, a conhecer-se melhor e a ser mais feliz.





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