Angel with wings in front of heavenly light © Lane V. Erickson / Shutterstock
A missão do seu anjo da guarda não termina quando você morre – e é maravilhoso descobrir o que ele ainda vai fazer por você depois disso.
O Catecismo da Igreja Católica,
referindo-se aos santos anjos, ensina no número 336 que, “desde o início
até a morte, a vida humana está cercada de sua custódia e intercessão”.
A partir disso, conclui-se que a pessoa conta com a proteção e guarda
do seu anjo mesmo no momento da sua morte. Ou seja, os anjos não nos
acompanham somente nesta vida, mas sua ação se prolonga até nossa morte,
nossa passagem para a vida eterna.
Para entender a relação que une os anjos às pessoas no momento de sua
passagem à outra ida, é preciso compreender que os anjos foram
“enviados para todos aqueles que hão de herdar a salvação” (cf. Hb 1,
14).
Ou seja, a principal missão do anjo da guarda é a salvação do ser
humano, é fazer que a pessoa entre na vida de união com Deus. E, nesta
missão, encontra-se a assistência que o anjo dá às almas no momento em
que se apresentam diante de Deus.
Os Padres da Igreja destacam a especial missão dos anjos de assistir
as almas na hora da morte e protegê-las dos últimos ataques dos
demônios.
São Luís Gonzaga (1568-1591) ensina que, no momento em que a alma
abandona o corpo, esta é acompanhada e consolada pelo seu anjo da guarda
para que se apresente com confiança diante do tribunal de Deus.
Segundo o santo, o anjo apresenta os méritos de Cristo, para que
neles se apoie a alma no momento do seu juízo particular; e, uma vez
pronunciada a sentença pelo Divino Juiz, se a alma é enviada ao
purgatório, esta recebe a visita frequente do seu anjo da guarda, que a
conforta e consola, levando-lhe as orações que foram feitas por ela e
garantindo-lhe sua futura libertação.
A missão dos anjos da guarda continua até levar a alma à união dom Deus.
No entanto, é necessário levar em consideração que, depois da morte,
nos espera um juízo particular, no qual a alma, diante de Deus, pode
escolher entre abrir-se ao amor de Deus ou rejeitar definitivamente seu
amor e seu perdão, renunciando assim, para sempre, à comunhão alegre com
ele (cf. João Paulo II, audiência geral de 4 de agosto de 1999).
Se a alma decide entrar em comunhão com Deus, seu anjo se unirá a ela para louvar eternamente o Deus Uno e Trino.
Se a alma precisa passar pelo purgatório, seu anjo intercederá por
ela diante do trono de Deus e buscar ajuda entre os homens na terra para
levar orações ao seu protegido, ajudando-o a sair do purgatório o
quanto antes.
As almas que decidem rejeitar definitivamente o amor e o perdão de
Deus, também rejeitam a amizade eterna do seu anjo da guarda. Neste
terrível evento, o anjo louva a justiça e santidade divinas.
Em qualquer um dos três possíveis cenários (céu, purgatório ou
inferno), o santo anjo sempre se alegrará com o juízo de Deus, pois ele
se une de maneira perfeita e total à vontade divina.
Nunca nos esqueçamos de que nós podemos nos unir aos anjos dos nossos
entes queridos já falecidos, para que eles levem nossas orações diante
do trono de Deus, para que o Senhor manifeste sua misericórdia.
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