NÃO TEMAIS OS QUE MATAM O CORPO E NÃO PODEM MATAR A ALMA.
Com as mãos atrás das costas e amarrado, Policarpo era como um carneiro
escolhido de entre um grande rebanho para o sacrifício, um holocausto
agradável preparado para Deus.
Levantou os olhos ao céu e disse: «Senhor
Deus onipotente, Pai do vosso amado e bendito Filho Jesus Cristo, por
meio do qual Vos conhecemos, Deus dos anjos, das potestades, de toda a
criação e de todos os justos que vivem na vossa presença, eu Vos bendigo
porque Vos dignastes, neste dia e nesta hora, incluir-me no número dos
vossos mártires, fazer-me tomar parte no cálice do vosso Ungido e, pelo
Espírito Santo, alcançar a ressurreição na vida eterna, na
incorruptibilidade da alma e do corpo; no meio dos vossos mártires Vos
peço que eu seja hoje recebido na vossa presença, como sacrifício
abundante e agradável, tal como Vós o tínheis preparado e mo destes a
conhecer, e agora o realizais, ó Deus verdadeiro e sem falsidade.
Por
todas as coisas Vos louvo, Vos bendigo, Vos glorifico por meio do eterno
e celeste Pontífice, Jesus Cristo, vosso amado Filho. Por Ele seja dada
toda a glória a Vós, em união com Ele e com o Espírito Santo, agora e
nos séculos que hão-de vir, Ámem.
Carta da igreja de Esmirna sobre o mártir São Policarpo (69-155), bispo (trad. Berviário)
Nenhum comentário:
Postar um comentário