Este
tempo quaresma é tempo de revisão de vida e o grande e maior mandamento da lei
de Deus se resumi em um só: “Ame a Deus de todo teu coração , de toda tua alma
e com todo teu entendimento e ao próximo como Eu vós amei”.
Não poderia
ser de outra forma, pois o amor é a essência da nossa vida. Deus nos fez, acima
de tudo, para o amor pois ele é amor.
Se o amor
é a essência da nossa vida, qual é a essência do amor?
Se
pudéssemos resumir todo o amor numa atitude, qual seria?
Eu diria
que a essência do amor é “a alegria de fazer o outro ser feliz”.
O amor é,
antes de mais nada, uma força para o outro. É um dirigir-se para o outro. Por
isso, deve aparecer a palavra “outro” na sua definição. Assim sendo, o
contrário do amor é uma força para si mesmo, um dirigir-se para si mesmo. E
isso é o egoísmo. O que precisamos ter muito em conta é que a força para nos
dirigirmos a nós mesmos é muito grande. Todos temos uma tendência forte ao
egoísmo.
O amor é uma descoberta. É a descoberta do outro.
Trata-se
da descoberta de que me causa mais alegria fazer o outro ser feliz do que me
fazer feliz. Penso que este exemplo reflete bem o que é o amor. Vamos imaginar
um casal de namorados que adora pão de mel. Um deles, a namorada, por exemplo,
estando em sua casa, vai à cozinha para pegar o pacote de pão de mel para os
dois comerem e descobre que só resta um. Ela poderia pensar: este pão de mel é
para mim, pois adoro pão de mel. Vou falar para o meu namorado que ele acabou e
depois eu o comerei. Mas, ao invés disso, ela pensa: adoro pão de mel, mas me
sentirei muito mais feliz vendo a cara do meu namorado comendo pão do mel do
que se eu mesma o estive comendo. Isso é o amor! É a descoberta de que dá mais
alegria fazer o outro ser feliz do que fazer feliz a si próprio.
Com essa descoberta nasce um desejo de sairmos de
nós mesmos, de fazermos uma pessoa especial ser feliz, como é o caso de uma
namorada, de um namorado, de um marido, uma esposa, e isso se estende também a
todas as pessoas do mundo.
Esta é a
essência do amor: “a alegria de fazer o outro ser feliz”. Se essa é a essência
do amor, eu costumo dizer que em todo amor deve haver uma saudável disputa, que
não costuma ser a que ocorre por aí, para ver quem faz o outro ser mais feliz!
Vamos
imaginar o casal terminando de jantar. O marido se levanta rapidamente e diz
para a esposa:
- Deixa que eu lavo a louça, pois você está muito cansada!
- Deixa que eu lavo a louça, pois você está muito cansada!
A esposa
ouve aquilo e reage logo em seguida:
- Que é
isso, meu bem, deixa que eu lavo a louça, pois você está mais cansado do que
eu.
O marido não se deixa vencer:
O marido não se deixa vencer:
- Que é
isso, meu bem, com certeza você está mais cansada do que eu. Deixa que eu lavo
a louça.
A esposa responde:
A esposa responde:
- Não,
não, de jeito nenhum, deixa que eu lavo a louça.
E aí
começa aquela saudável disputa para ver quem faz o outro ser mais feliz.
Em
quantos casais vemos essa disputa?...
Não
importa, vamos nós colocá-la em prática! Que comece a haver essa disputa no
nosso dia a dia, desvivendo-nos para fazer os outros serem felizes:
-
enchendo-os de carinho;
-
servindo-os em mil detalhes;
-
elogiando-os;
-
aliviando-os em suas cargas;
-
interessando-nos por suas coisas;
-
alegrando-os;
-
acolhendo-os com todo carinho etc, etc.
Seguindo
esse caminho, vamos pôr em prática o que Cristo nos recomendou: dar a vida
pelos outros. E com toda a certeza encontraremos a maior felicidade que há
no mundo. Vale a pena!
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