Entenda por que muitas pessoas têm uma ideia confusa sobre o que é a “salvação universal”
(Nota: Este artigo está baseado nas seguintes obras: Summa Daemoniaca, Exorcística, e História do Mundo Angélico, do Pe. José Antonio Fortea; Angels and Demons: What Do We Really Know about Them?, do Dr. Peter Kreeft; e a Suma Teológica, de São Tomás de Aquino.)
Há pessoas que se perguntam se os demônios podem se arrepender dos seus pecados e salvar-se. Muitas dessas pessoas defendem uma noção de “salvação universal” da qual os anjos caídos não estariam isentos, talvez ao passar uma ou duas eternidades a mais no inferno. Acham que Deus não castiga dessa forma e que, cedo ou tarde, os demônios se reconciliarão com Ele.
A pergunta é: os demônios podem se arrepender e se salvar?
A resposta, baseada na Bíblia, no ensinamento comum dos Padres da Igreja e no testemunho dos seus Doutores, é um claro e contundente “não”. As razões são as seguintes:
1. Os demônios são anjos caídos que mantêm sua natureza angélica intacta, ainda que deformada pelo pecado. Ao serem seres espirituais, não percebem a natureza das coisas de maneira “gradual”, como os seres humanos. Os anjos entendem as coisas de maneira intuitiva e direta, como as coisas são em si. E isso vale tanto para os anjos bons quanto para os que caíram, ou seja, os demônios.
2. Ao perceberem as coisas como elas são, os anjos não correm o risco de “entendê-las mal”; e, ao terem sido criados bons em um princípio, eles não têm esse conjunto de circunstâncias lamentáveis que muitas vezes ofusca o entendimento humano e o faz pecar ou cometer erros com maior ou menor imputação moral. Os anjos caídos não podem alegar que “foram educados inadequadamente” ou que “tiveram uma infância repleta de abusos e privações”. Não foi assim; sua infância foi perfeita e nela eles percebiam a presença de Deus de uma maneira muito mais elevada que os seres humanos, mas ainda privada da visão sobrenatural do Senhor enquanto não passassem por uma provação.
3. A série de escolhas e decisões que levaram os anjos a se rebelar foi de natureza espiritual. Cada passo e cada decisão que tomaram contra Deus foi aumentando neles o ódio, a raiva e a soberba.
4. Deus enviou a cada anjo que estava em processo de queda uma quantidade astronômica de graças de arrependimento – graças que os mais obstinados rejeitaram repetidamente, de maneira proporcional e crescente.
5. Chegou o momento em que Deus deixou de enviar estas graças aos anjos rebeldes, pois, se continuasse enviando, a maldade dos anjos caídos teria continuado crescendo, fazendo-os cometer muitos outros pecados. Nesse momento, os anjos caídos foram confirmados em sua maldade, ficaram atados ao objeto da sua predileção, que era (e ainda é) seu ódio a Deus e às suas criaturas, a tudo o que é santo e puro, a tudo o que é nobre e bom.
6. Já que, sem a graça do arrependimento, os demônios não podem se arrepender, jamais pedirão perdão e, por isso, nunca mais serão reconciliados com Deus.
7. Não foi Deus quem criou o inferno, foram suas criaturas caídas. E o inferno não é tanto um “espaço físico”, e sim um estado. Não é que os demônios estejam no inferno; é mais correto dizer que eles carregam o inferno (seu estado de separação completa de Deus) com eles, porque já não podem se arrepender. Portanto, os demônios sempre viverão no inferno durante toda a sua existência – e esta existência é, como a nossa, infinita.
Há pessoas que se perguntam se os demônios podem se arrepender dos seus pecados e salvar-se. Muitas dessas pessoas defendem uma noção de “salvação universal” da qual os anjos caídos não estariam isentos, talvez ao passar uma ou duas eternidades a mais no inferno. Acham que Deus não castiga dessa forma e que, cedo ou tarde, os demônios se reconciliarão com Ele.
A pergunta é: os demônios podem se arrepender e se salvar?
A resposta, baseada na Bíblia, no ensinamento comum dos Padres da Igreja e no testemunho dos seus Doutores, é um claro e contundente “não”. As razões são as seguintes:
1. Os demônios são anjos caídos que mantêm sua natureza angélica intacta, ainda que deformada pelo pecado. Ao serem seres espirituais, não percebem a natureza das coisas de maneira “gradual”, como os seres humanos. Os anjos entendem as coisas de maneira intuitiva e direta, como as coisas são em si. E isso vale tanto para os anjos bons quanto para os que caíram, ou seja, os demônios.
2. Ao perceberem as coisas como elas são, os anjos não correm o risco de “entendê-las mal”; e, ao terem sido criados bons em um princípio, eles não têm esse conjunto de circunstâncias lamentáveis que muitas vezes ofusca o entendimento humano e o faz pecar ou cometer erros com maior ou menor imputação moral. Os anjos caídos não podem alegar que “foram educados inadequadamente” ou que “tiveram uma infância repleta de abusos e privações”. Não foi assim; sua infância foi perfeita e nela eles percebiam a presença de Deus de uma maneira muito mais elevada que os seres humanos, mas ainda privada da visão sobrenatural do Senhor enquanto não passassem por uma provação.
3. A série de escolhas e decisões que levaram os anjos a se rebelar foi de natureza espiritual. Cada passo e cada decisão que tomaram contra Deus foi aumentando neles o ódio, a raiva e a soberba.
4. Deus enviou a cada anjo que estava em processo de queda uma quantidade astronômica de graças de arrependimento – graças que os mais obstinados rejeitaram repetidamente, de maneira proporcional e crescente.
5. Chegou o momento em que Deus deixou de enviar estas graças aos anjos rebeldes, pois, se continuasse enviando, a maldade dos anjos caídos teria continuado crescendo, fazendo-os cometer muitos outros pecados. Nesse momento, os anjos caídos foram confirmados em sua maldade, ficaram atados ao objeto da sua predileção, que era (e ainda é) seu ódio a Deus e às suas criaturas, a tudo o que é santo e puro, a tudo o que é nobre e bom.
6. Já que, sem a graça do arrependimento, os demônios não podem se arrepender, jamais pedirão perdão e, por isso, nunca mais serão reconciliados com Deus.
7. Não foi Deus quem criou o inferno, foram suas criaturas caídas. E o inferno não é tanto um “espaço físico”, e sim um estado. Não é que os demônios estejam no inferno; é mais correto dizer que eles carregam o inferno (seu estado de separação completa de Deus) com eles, porque já não podem se arrepender. Portanto, os demônios sempre viverão no inferno durante toda a sua existência – e esta existência é, como a nossa, infinita.
sources: Vivificat
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