As três leituras de
hoje nos introduzem no mistério celebrado na solenidade de todos os Santos e nos
revelam o projeto de amor que Deus tem para cada uma de suas criaturas: quer
torná-las participantes de sua santidade. A santidade se concretiza, no tempo
presente, pelo espírito das bem-aventuranças, pelo qual a humanidade vive seu
peregrinar entre trabalhos e lutas, entre angústias e esperanças. A fé e a
esperança do cristão não esmorecem porque ele tem a promessa de Cristo:
“Alegrem-se e exultem, porque grande será sua recompensa no céu”.
Primeira Leitura: Apocalipse 7,
2-4.9-14
A primeira leitura
nos abre uma visão sobre o nosso futuro: esperamos um mundo novo. Ela apresenta
a multidão dos assinalados, dos bem-aventurados que corresponderam ao plano de
Deus. Por isso, trazem nas mãos a palma da vitória. Essa leitura quer elevar
nossos olhos para a condição santa à qual o Pai nos chamou. O número 144.000 é
simbólico e quer representar a totalidade da comunidade cristã.
A segunda leitura nos
recorda que a vida divina que se manifestará no momento de nossa saída deste
mundo já está presente em nós desde agora. Hoje Jesus nos ensina que a santidade
é algo possível para todos e se concretiza, no presente, pelo espírito das
bem-aventuranças. Em seu “sermão da montanha”, Cristo nos ensina como santificar
nossas vidas através das nossas ações neste mundo, para merecermos nossa plena
recompensa quando estivermos na vida eterna. Também nós somos chamados a
participar da multidão dos santos. Santo é todo discípulo, quer esteja com
Cristo lá no céu, quer viva ainda na face da terra. Celebrar os Santos nos ajuda
a seguir Jesus? Como? Que sentido tem para a nossa comunidade celebrar esta
festa?
2º leitura – 1Jo.
3,1-3
Segunda mensagem de esperança.
Ela responde às nossas interrogações sobre o destino dos defuntos. Que vieram a
ser? Como sabê-lo, pois desapareceram dos nossos olhos? E nós próprios, que
viremos a ser?
A resposta é uma dedução
absolutamente lógica: se Deus, no seu imenso amor, faz de nós seus filhos, não
nos pode abandonar. Ora, em Jesus, vemos já a que futuro nos conduz a pertença à
família divina: seremos semelhantes a Ele.
Evangelho – Mt 5,1-12 -
AMBIENTE
Depois de dizer quem é Jesus
(cf. Mt. 1,1-2,23) e de definir a sua missão (cf. Mt. 3,1- 4,16), Mateus vai
apresentar a concretização dessa missão: com palavras e com gestos, Jesus propõe
aos discípulos e às multidões o “Reino”. Neste enquadramento, Mateus propõe-nos
hoje um discurso de Jesus sobre o “Reino” e a sua
lógica.
Uma característica importante do
Evangelho segundo Mateus reside na importância dada pelo evangelista aos “ditos”
de Jesus. Ao longo do Evangelho segundo Mateus aparecem cinco longos discursos
(cf. Mt. 5-7; 10; 13; 18; 24-25), nos quais Mateus junta “ditos” e ensinamentos
provavelmente proferidos por Jesus em várias ocasiões e contextos. É provável
que o autor do primeiro Evangelho visse nesses cinco discursos uma nova Lei,
destinada a substituir a antiga Lei dada ao Povo por meio de Moisés e escrita
nos cinco livros do
Pentateuco.
O primeiro discurso de Jesus –
do qual o Evangelho que nos é hoje proposto é a primeira parte – é conhecido
como o “sermão da montanha” (cf. Mt. 5-7). Agrupa um conjunto de palavras de
Jesus, que Mateus colecionou com a evidente intenção de proporcionar à sua
comunidade uma série de ensinamentos básicos para a vida
cristã.
O evangelista procurava, assim,
oferecer à comunidade cristã um novo código ético, uma nova Lei, que superasse a
antiga Lei que guiava o Povo de
Deus.
Mateus situa esta intervenção de
Jesus no cimo de um monte. A indicação geográfica não é inocente: transporta-nos
à montanha da Lei (Sinai), onde Deus Se revelou e deu ao seu Povo a antiga Lei.
Agora é Jesus, que, numa montanha, oferece ao novo Povo de Deus a nova Lei que
deve guiar todos os que estão interessados em aderir ao
“Reino”.
As “bem-aventuranças” que, neste
primeiro discurso, Mateus coloca na boca de Jesus, são consideravelmente
diferentes das “bem-aventuranças” propostas por Lucas (cf. Lc. 6,20-26). Mateus
tem nove “bem-aventuranças”, enquanto que Lucas só apresenta quatro; além disso,
Lucas prossegue com quatro “maldições”, que estão ausentes do texto mateano;
outras notas características da versão de Mateus são a espiritualização (os
“pobres” de Lucas são, para Mateus, os “pobres em espírito”) e a aplicação dos
“ditos” originais de Jesus à vida da comunidade e ao comportamento dos cristãos.
É muito provável que o texto de Lucas seja mais fiel à tradição original e que o
texto de Mateus tenha sido mais
trabalhado.
MENSAGEM
As “bem-aventuranças” são
fórmulas relativamente frequentes na tradição bíblica e judaica. Aparecem, quer
nos anúncios proféticos de alegria futura (cf. Is. 30,18; 32,20; Dn. 12,12),
quer nas ações de graças pela alegria presente (cf. Sl. 32,1-2; 33,12;
84,5.6.13), quer nas exortações a uma vida sábia, refletida e prudente (cf. Pv.
3,13; 8,32.34; Sir. 14,1-2.20; 25,8-9; Sl. 1,1; 2,12; 34,9). Contudo, elas
definem sempre uma alegria oferecida por
Deus.
As “bem-aventuranças”
evangélicas devem ser entendidas no contexto da pregação sobre o “Reino”. Jesus
proclama “bem-aventurados” aqueles que estão numa situação de debilidade, de
pobreza, porque Deus está a ponto de instaurar o “Reino” e a situação destes
“pobres” vai mudar radicalmente; além disso, são “bem-aventurados” porque, na
sua fragilidade, debilidade e dependência, estão de espírito aberto e coração
disponível para acolher a proposta de salvação e libertação que Deus lhes
oferece em Jesus (a proposta do
“Reino”).
As quatro primeiras
“bem-aventuranças” referidas por Mateus (vs. 3-6) estão relacionadas entre si.
Dirigem-se aos “pobres” (as segunda, terceira e quarta “bem-aventuranças” são
apenas desenvolvimentos da primeira, que proclama: “bem-aventurados os pobres em
espírito”). Saúdam a felicidade daqueles que se entregam confiadamente nas mãos
de Deus e procuram fazer sempre a sua vontade; daqueles que, de forma
consciente, deixam de colocar a sua confiança e a sua esperança nos bens, no
poder, no êxito, nos homens, para esperar e confiar em Deus; daqueles que
aceitam renunciar ao egoísmo, que aceitam despojar-se de si próprios e estar
disponíveis para Deus e para os
outros.
Os “pobres em espírito” são
aqueles que aceitam renunciar, livremente, aos bens, ao próprio orgulho e
auto-suficiência, para se colocarem, incondicionalmente, nas mãos de Deus, para
servirem os irmãos e partilharem tudo com eles.
Os “mansos” não são os fracos,
os que suportam passivamente as injustiças, os que se conformam com as
violências orquestradas pelos poderosos; mas são aqueles que recusam a
violência, que são tolerantes e pacíficos, embora sejam, muitas vezes, vítimas
dos abusos e prepotências dos injustos… A sua atitude pacífica e tolerante
torná-los-á membros de pleno direito do
“Reino”.
Os “que choram” são aqueles que
vivem na aflição, na dor, no sofrimento provocados pela injustiça, pela miséria,
pelo egoísmo; a chegada do “Reino” vai fazer com que a sua triste situação se
mude em consolação e alegria…
A quarta bem-aventurança
proclama felizes “os que têm fome e sede de
justiça”.
Provavelmente, a justiça deve
entender-se, aqui, em sentido bíblico – isto é, no sentido da fidelidade total
aos compromissos assumidos para com Deus e para com os irmãos. Jesus dá-lhes a
esperança de verem essa sede de fidelidade saciada, no Reino que vai
chegar.
O segundo grupo de
“bem-aventuranças” (vs. 7-11) está mais orientado para definir o comportamento
cristão. Enquanto que no primeiro grupo se constatam situações, neste segundo
grupo propõem-se atitudes que os discípulos devem
assumir.
Os “misericordiosos” são aqueles
que têm um coração capaz de compadecer-se, de amar sem limites, que se deixam
tocar pelos sofrimentos e alegrias dos outros homens e mulheres, que são capazes
de ir ao encontro dos irmãos e estender-lhes a mão, mesmo quando eles
falharam.
Os “puros de coração” são
aqueles que têm um coração honesto e leal, que não pactua com a duplicidade e o
engano.
Os “que constroem a paz” são
aqueles que se recusam a aceitar que a violência e a lei do mais forte rejam as
relações humanas; e são aqueles que procuram ser – às vezes com o risco da
própria vida – instrumentos de reconciliação entre os
homens.
Os “que são perseguidos por
causa da justiça” são aqueles que lutam pela instauração do “Reino” e são
desautorizados, humilhados, agredidos, marginalizados por parte daqueles que
praticam a injustiça, que fomentam a opressão, que constroem a morte… Jesus
garante-lhes: o mal não vos poderá vencer; e, no final do caminho, espera-vos o
triunfo, a vida plena.
Na última “bem-aventurança” (v.
11), o evangelista dirige-se, em jeito de exortação, aos membros da sua
comunidade que têm a experiência de ser perseguidos por causa de Jesus e
convida-os a resistir ao sofrimento e à adversidade. Esta última exortação é, na
prática, uma aplicação concreta da oitava
“bem-aventurança”.
No seu conjunto, as
“bem-aventuranças” deixam uma mensagem de esperança e de alento para os pobres e
débeis. Anunciam que Deus os ama e que está do lado deles; confirmam que a
libertação está a chegar e que a sua situação vai mudar; asseguram que eles
vivem já na dinâmica desse “Reino” onde vão encontrar a felicidade e a vida
plena.
ATUALIZAÇÃO
A reflexão e a partilha podem
fazer-se à volta dos seguintes
elementos:
♦ Jesus diz: “felizes os
pobres em
espírito”; o mundo diz: “felizes vós os que tendes dinheiro – muito dinheiro – e
sabeis usá-lo para comprar influências, comodidade, poder, segurança, bem-estar,
pois é o dinheiro que faz andar o mundo e nos torna mais poderosos, mais livres
e mais felizes”. Quem é, realmente,
feliz?
♦ Jesus diz: “felizes os mansos”;
o mundo diz: “felizes vós os que respondeis na mesma moeda quando vos provocam,
que respondeis à violência com uma violência ainda maior, pois só a linguagem da
força é eficaz para lidar com a violência e a injustiça”.
Quem tem razão?
♦ Jesus diz: “felizes os que
choram”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes motivos para chorar, porque
a vossa vida é sempre uma festa, porque vos moveis nas altas esferas da
sociedade e tendes tudo para serdes felizes: casa com
piscina, carro com telefone e ar condicionado, amigos poderosos, uma conta
bancária interessante e um bom emprego arranjado pelo vosso amigo
ministro”.
Onde está a verdadeira
felicidade?
♦ Jesus diz: “felizes os que têm
ânsia de cumprir a
vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que não dependeis de preconceitos
ultrapassados e não acreditais num deus que vos diz o que deveis e não deveis
fazer, porque assim sois mais livres”. Onde está a verdadeira liberdade, que
enche de felicidade o
coração?
♦ Jesus diz: “felizes os que
tratam os outros com misericórdia”; o mundo diz: “felizes vós quando
desempenhais o vosso papel sem vos deixardes comover pela miséria e pelo
sofrimento dos outros, pois quem se comove e tem misericórdia acabará por nunca ser eficaz neste
mundo tão competitivo”. Qual é o verdadeiro fundamento de uma sociedade mais
justa e mais fraterna?
♦ Jesus diz: “felizes os sinceros
de coração”; o mundo diz: “felizes vós quando sabeis mentir e fingir para levar
a água ao vosso
moinho, pois a verdade e a sinceridade destroem muitas carreiras e esperanças de
sucesso”. Onde está a
verdade?
♦ Jesus diz: “felizes os que
procuram construir a paz entre os homens”; o mundo diz: “felizes vós os que não
tendes medo da guerra, da competição, que sois duros e
insensíveis, que não tendes medo de lutar contra os outros e sois capazes de os
vencer, pois só assim podereis ser homens e mulheres de sucesso”. O que é que
torna o mundo melhor: a paz ou a
guerra?
♦ Jesus diz: “felizes os que
são perseguidos por
cumprirem a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que já entendestes
como é mais seguro e mais fácil fazer o jogo dos poderosos e estar sempre de
acordo com eles, pois só assim podeis subir na vida e ter êxito na vossa
carreira”. O que é que nos eleva à vida plena?
Algumas
palavras de Bento XVI em Portugal sobre o dinamismo da
santidade
O horizonte para que deve
tender todo o caminho pastoral é a santidade. Não era isso também o objetivo
último da indulgência jubilar, enquanto graça especial oferecida por Cristo para
que a vida de cada batizado pudesse purificar-se e renovar-se profundamente?
[…]Ÿ
Na verdade, colocar a
programação pastoral sob o signo da santidade é uma opção carregada de
consequências. Significa exprimir a convicção de que, se o batismo é um
verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da
habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida
medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade
superficial.
Perguntar a um catecúmeno:
«Queres receber o Batismo?» significa ao mesmo tempo pedir-lhe: «Queres fazer-te
santo?» Significa colocar na sua estrada o radicalismo do Sermão da Montanha:
«Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste» (Mt. 5,48). [João Paulo
II, Novo Millennio
Ineunte 30-31]
Decisivo é conseguir inculcar
em todos os agentes evangelizadores um verdadeiro ardor de santidade, cientes de
que o resultado provém sobretudo da união com Cristo e da ação do seu Espírito.
[…]Ÿ
A Igreja tem necessidade
sobretudo de grandes correntes, movimentos e testemunhos de santidade entre os
fiéis, porque é da santidade que nasce toda a autêntica renovação da Igreja,
todo o enriquecimento da fé e do seguimento cristão, uma re-atualização vital e
fecunda do cristianismo com as necessidades dos homens, uma renovada forma de
presença no coração da existência humana e da cultura das nações. [Bento XVI,
discurso aos bispos em Fátima, 13 de maio de
2010]
“É nos Santos que a Igreja
reconhece os seus traços característicos e, precisamente neles, saboreia a sua
alegria mais profunda. Irmana-os, a todos, a vontade de encarnar na sua
existência o Evangelho, sob o impulso do eterno animador do Povo de Deus que é o
Espírito Santo. […]Ÿ
É preciso voltar a anunciar com
vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do
cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas
certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e
cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa
poderá jamais destruir a Igreja. Portanto a nossa fé tem fundamento, mas é
preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós.
[…]
Queridos Irmãos e jovens amigos,
Cristo está sempre conosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e
guarda-a, como Ele nos disse: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos»
(Mt. 28, 20). Nunca duvideis da sua presença! Procurai sempre o Senhor Jesus,
crescei na amizade com Ele, comungai-O. Aprendei a ouvir e a conhecer a sua
palavra e também a reconhecê- Lo nos pobres. Vivei a vossa vida com alegria e
entusiasmo, certos da sua presença e da sua amizade gratuita, generosa, fiel até
à morte de cruz.
Testemunhai a alegria desta sua
presença forte e suave a todos, a começar pelos da vossa idade. Dizei-lhes que é
belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-Lo. Com o vosso entusiasmo,
mostrai que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos –
todos aparentemente do mesmo nível –, só seguindo Jesus é que se encontra o
verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e
duradoura.
Buscai diariamente a proteção de
Maria, a Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa,
ajudar-vos-á a ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo. [Bento XVI,
homilia em Lisboa, 11 de maio de
2010]
A relação com Deus é
constitutiva do ser humano: foi criado e ordenado para Deus, procura a verdade
na sua estrutura cognitiva,Ÿ tende ao bem na esfera
volitiva, é atraído pela beleza na dimensão estética. A consciência é cristã na
medida em que se abre à plenitude da vida e da sabedoria, que temos em Jesus
Cristo. A visita, que agora inicio sob o signo da esperança, pretende ser uma
proposta de sabedoria e de missão. […] Viver na pluralidade de sistemas de
valores e de quadros éticos exige uma viagem ao centro de si mesmo e ao cerne do
cristianismo para reforçar a qualidade do testemunho até à santidade, inventar
caminhos de missão até à radicalidade do martírio. [Bento XVI, discurso na
chegada a Lisboa, 11 de maio de
2010]
“Sim! O Senhor, a nossa grande
esperança, está conosco; no seu amor misericordioso, oferece um futuro ao seu
povo: um futuro de comunhão consigo.Ÿ
[…] A nossa esperança tem
fundamento real, apoia-se num acontecimento que se coloca na história e ao mesmo
tempo excede-a: é Jesus de Nazaré. […] Mas quem tem tempo para escutar a sua
palavra e deixar-se fascinar pelo seu amor? Quem vela, na noite da dúvida e da
incerteza, com o coração acordado em oração?
Quem espera a aurora do dia
novo, tendo acesa a chama da fé? A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma
esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual
apoiar, sem medo, a própria vida; pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos
do Amor que sustenta o mundo. [Bento XVI, homilia em Fátima, 13 de maio de
2010]
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