Falamos pouco da vida após a
morte, e talvez por isso muitos cristãos buscam respostas em tradições
incompatíveis com o Evangelho, sem perceber o conflito que criam com a sua fé.
Uma delas é a reencarnação. Mas um verdadeiro cristão acredita
nela?
Não. A crença na reencarnação
é absolutamente incompatível com a fé na Ressurreição, pois prega a
desvinculação entre o espírito e a matéria. Muitos cristãos a admitem porque
desconhecem a própria fé, e isso gera muita confusão com relação ao
tema.
A reencarnação é um conceito procedente da espiritualidade oriental e afirma que o espírito deve se separar do corpo material em que reside. Ainda que haja muitas variações sobre a crença na reencarnação, podemos defini-la como a "doutrina segundo a qual a alma do homem passa por diversos corpos até que se liberta de todo vínculo com a matéria". A reencarnação é uma crença vinda do Oriente, difundida nos ambientes da Nova Era com alguns retoques de ocidentalização que a deixaram famosa, inclusive entre cristãos que se afastaram da própria fé. Esta concepção parte do pressuposto de que as almas, depois da morte, se reencarnam em outro corpo e voltam a esta vida para pagar por atos que fizeram no passado (hinduísmo) ou para aperfeiçoar-se vida após vida (espiritismo). A versão que mais se difunde no Ocidente, graças à literatura espírita e gnóstica, é muito mais sedutora, porque deixa de lado os aspectos mais duros e negativos (castigos nas vidas posteriores) para se centrar em um âmbito egocêntrico de autorrealização, maturidade espiritual, evolução e acúmulo de experiências. E nas versões mais "psicologistas" (S. Grof, T. Dethlefsen, B. Weiss), todos os males da vida seriam explicados facilmente como consequências de problemas nas vidas passadas. Não há dúvida de que as doutrinas reencarnacionistas pretendem dar uma resposta a problemas existenciais como a origem do mal, o porquê do sofrimento, a existência de desigualdades, o sentido da justiça muito além da morte etc., mas negam o amor de Deus, a salvação, o perdão divino, e não assumem o livre arbítrio, e sim um destino fatal movido por uma lei implacável, segundo a qual cada um só depende de si mesmo. Atualmente, há muita confusão e desconhecimento devido à avalanche de livros de autoajuda, filmes, novelas e séries televisivas que difundem doutrinas desse tipo como se fossem evidências científicas. Alguns autores, promotores do espiritismo, da metafísica esotérica e da autoajuda divulgam falsas ideias sobre o tema. É compreensível que, se a pessoa é budista ou adere às crenças do hinduísmo, por ser coerente com a própria doutrina, acredite na reencarnação - assim como deveria ser óbvio que um cristão acredite na ressurreição e não na reencarnação. O problema é que muitos cristãos que desconhecem em profundidade sua própria fé assumiram uma série de doutrinas estranhas à sua fé como conciliáveis com ela. Foram influenciados culturalmente pelas crenças espíritas, teosóficas, antroposóficas, esotéricas e gnósticas, especialmente as promovidas pela literatura da Nova Era. A crença na reencarnação, em sua versão ocidental, também é assumida e difundida pelos movimentos contactistas, que pregam o contato extraterrestre. Esta crença é contrária à doutrina e à tradição cristãs e totalmente incompatível com a fé na Ressurreição, testemunhada na Bíblia, e com a fé em Jesus Cristo como Salvador. A fé judaico-cristã revela o ser humano como um ser único e exclusivo, testemunha a ressurreição e mostra que as pessoas, quando morrem, vão ao encontro do Senhor; ninguém se reencarna em outro corpo nem fica vagando como um espírito pelo mundo (ou em outros planetas), como acreditam os espíritas. Para a fé cristã, o ser humano tem uma identidade única em corpo e alma, e não há carma, já que existe o perdão de um Deus que salva. O próprio Jesus diz ao ladrão na cruz: "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso" (Lc 23, 29) - aqui encontramos um ladrão sem carmas e reencarnações que chega ao céu definitivo. Acreditar no amor infinito de um Deus que salva e perdoa não admite a solidão de estar nas mãos de uma lei fria e universal de causa e efeito. Além disso, para uma antropologia cristã, a reencarnação banaliza a morte, o corpo e a própria identidade, tornando-as meras realidades acidentais. Mas a Bíblia é clara para aqueles que acreditam na revelação judaico-cristã: "Muitos daqueles que dormem no pó da terra despertarão, uns para uma vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna. Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos nos caminhos da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor" (Daniel 12,2-3). "Estando quase a expirar, falou: 'Tu, ó malvado, nos tiras da vida presente. Mas o rei do universo nos fará ressurgir para uma vida eterna, a nós que morremos por suas leis!'" (2 Macabeus 7,9) "De fato, se ele não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria supérfluo e vão orar pelos mortos” (2 Macabeus 12,44). "As almas dos justos, porém, estão na mão de Deus, e nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça e sua partida do meio de nós, uma destruição, mas eles estão na paz" (Sabedoria, 3,1-3). "Está determinado que os homens morram uma só vez, e depois vem o julgamento” (Hebreus 9, 27). O próprio São Paulo afirma que, se Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos, e a fé cristã está apoiada na ressurreição de Cristo (cf. 1 Cor 15). Ao ler este capítulo da 1ª Carta aos Coríntios, é evidente que a nossa ressurreição é como a de Jesus Cristo, razão pela qual há uma vida nova e definitiva, não um passeio por diversos corpos. O Catecismo da Igreja Católica ensina: "Na morte, Deus chama o homem a Si. É por isso que o cristão pode experimentar, em relação à morte, um desejo semelhante ao de S. Paulo: 'Desejaria partir e estar com Cristo' (Fl 1, 23). (...) A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo de graça e misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu destino último. Quando acabar 'a nossa vida sobre a terra, que é só uma', não voltaremos a outras vidas terrenas. 'Os homens morrem uma só vez (Heb 9, 27). Não existe 'reencarnação' depois da morte." (CIC 1011-1013). A Igreja sempre acreditou que depois da morte vem o juízo, o encontro com Deus. "Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia (...). Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento essencial da fé cristã. 'A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: é por crer nela que somos cristãos'" (CIC 989-991). A Palavra de Deus ensina que esta é a única vida terrena decisiva, e o destino do homem é decidido irreversivelmente nesta existência. Além disso, a crença na reencarnação também nega a necessidade de salvação, já que cada um salvaria a si mesmo, em um caminho de superação individual de causa-efeito. No entanto, na fé cristã acreditamos que somos salvos gratuitamente por Deus, que Jesus Cristo carregou os nossos pecados, nos dá seu perdão e a vida eterna. Para a fé cristã, fica excluída toda concepção cíclica do mundo, pois o homem tem uma história única diante de Deus, já que Deus o criou e amou como ser único e singular. A manifestação gloriosa de Jesus Cristo no final dos tempos é o ponto final da história; para a nossa fé, não existe um ciclo interminável de histórias. A reencarnação se opõe diretamente às crenças fundamentais e centrais da fé cristã, não é algo secundário. Santo Agostinho, em "Cidade de Deus", escreve claramente qual é o destino do cristão depois da morte: "Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados; ressuscitado dentre os mortos, já não morre mais e a morte não tem domínio sobre Ele. Também nós, depois da ressurreição, estaremos sempre com o Senhor a quem agora dizemos no salmo: Tu, Senhor, nos guardarás e nos protegerás desde esta geração eternamente". A crença na reencarnação não é tão antiga como dizem, nem está na maioria das religiões, nem tem fundamento científico. E não tem nada a ver com a Bíblia. Existem muitas falsas ideias sobre a possível compatibilidade entre a doutrina cristã e a reencarnação. Alguns dizem que a Igreja Católica apagou algumas citações da Bíblia que falavam da reencarnação, especialmente no Concílio de Niceia. Isso é falso, porque nunca, na fé judaica e cristã, se acreditou na reencarnação. Também afirmam que um Padre da Igreja, Orígenes, acreditava na reencarnação. Mas isso tampouco é verdade, porque este grande teólogo cristão acreditava que as almas pré-existiam, mas não que se reencarnavam. E a doutrina da pré-existência das almas também foi condenada. Os espíritas afirmam que a reencarnação é a crença mais antiga e universal, algo que tampouco é verdadeiro, já que nos textos do hinduísmo ela só é mencionada a partir do século VII a.C., e não nos Vedas, que são mais antigos; a reencarnação tampouco é admitida pelas antigas religiões chinesas (taoísmo e confucionismo), nem pela religião egípcia, ainda que o Livro dos Mortos faça algumas menções à "metempsicose", mas não é a mesma coisa. Nem os persas nem os povos africanos aceitaram esta hipótese. Nos gregos antigos, não há ideias de reencarnação; Homero, apesar de transmitir as ideias da sua época sobre a sobrevivência das almas, não tem nenhum texto que aluda a nada que se pareça à reencarnação. Muitos espíritas utilizam passagens da Bíblia fora de contexto sobre a volta à vida de Elias e de João Batista, atribuindo-lhes a reencarnação, quando na verdade o texto bíblico nunca se refere a ela. Outros autores chegam a dizer que há evidências científicas da reencarnação por "terapia de vidas passadas", como a do Dr. Brian Weiss, mas na verdade não só não são científicas, como também, segundo vários especialistas, são uma "coleção de absurdos", escritos de maneira muito convincente para o grande público. Uma corrente sem base científica muito estendida que faz "regressões a vidas passadas" é a psicologia transpessoal de Stanislav Grof, que empregava LSD e depois a respiração holotrópica em seus pacientes: obviamente, os resultados eram alucinações. O Dr. Kurt Koch, em mais de 103 casos pesquisados durante 15 anos, comprovou os sérios distúrbios e danos psíquicos causados naqueles que se submetem a estas "viagens" a vidas anteriores. Referências: CANTONI, Pietro. Cristianismo y Reencarnación. Paulinas, Bogotá, 1997. KLOPPENBURG, Boaventura. La Reencarnación. Ed. San Pablo, Bogotá, 2000. VELEZ CORREA, Jaime. La Reencarnación a la luz de la ciencia y de la fe. Celam, Bogotá, 1998. | |||
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
OS CRISTÃOS ACREDITAM NA REENCARNAÇÃO?
PEÇA À MÃE QUE O FILHO ATENDE!
"Peça à Mãe que o Filho atende!"
"Antes de falar com Jesus, fale com Maria!" Li essas frases num jornal de comunidade. Quem usou as duas frases acertou numa e errou na outra. A devoção a Maria, se for bem entendida, só pode fazer o bem. Mal entendida, pode levar o fiel a pensar que Jesus só atende bem a oração que passa por Maria. Alguns pregadores dizem isso, mas o catolicismo não prega isso. Seria o cúmulo urna igreja cristã negar a intercessão de Jesus. Ele orou, ora e orará por nós. Mas erraria a Igreja que proibisse o fiel de falar direto com o Pai. A Igreja Católica na missa fala diretamente ao Pai, em nome de Jesus.
O próprio Jesus ensina, no
Pai-Nosso, a falar diretamente com o Pai. Mas propõe que o façamos em nome dele.
Sugere que peçamos em seu nome e até insistamos nisso! Não temos que falar o
tempo todo só com Jesus. Podemos falar direto com o Pai e o Espírito Santo. Mas
a Igreja Católica não diz que, se nossa oração não for atendida, devemos pedir a
Maria, que ela consegue infalivelmente. Não é assim que funciona nossa religião.
Jesus é o nosso único intercessor diante do Pai. Nenhum outro nome deve ser
usado por nós além do de Jesus. É no nome dele que devemos pedir a Deus que nos
ouça. Ele tem crédito. Maria também pode falar direto com Jesus ou com o Pai,
mas tem que pedir em nome de Jesus. Todo mundo no céu e na terra tem que fazer
isso. É doutrina de São Paulo na sua Carta aos Efésios. Certamente Maria sabe
orar melhor do que nós. Ninguém o conheceu melhor do que ela. Maria pode ser
nossa intercessora, mas Deus tem sempre a última palavra. Aliás, qualquer padre,
freira, pastor, amigo ou amiga pode interceder a Jesus por nós. Podemos todos
interceder uns pelos outros. Está na Bíblia. Com muito mais razão, Maria, que
está no céu, também pode interceder por nós e o faz. Mas se o católico deixar de
falar com Jesus para falar com Maria, ela será a primeira a não querer isso. Por
isso a frase "Peça à Mãe que o Filho atende" pode ser e é verdadeira. A outra,
“Antes de falar com Jesus, fale com Maria", é bonita mas está errada. Isso não
faz parte da teologia católica! Seria o mesmo que ensinar que Jesus não nos
ouve, mas Maria sim! Devoção a Maria não é isso! Nem tudo passa por Maria. Nem
ela o quer!
Pe. Zezinho,
scj
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LITURGIA DIÁRIA - VOCAÇÃO DE TODOS.
Primeira Leitura: Romanos 10, 9-18
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos - Irmãos,9Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação. 11A Escritura diz: Todo o que nele crer não será confundido (Is 28,16). 12Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam, 13porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,5). 14Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? 15E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)? 16Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: Senhor, quem acreditou na nossa pregação (Is 53,1)? 17Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. 18Pergunto, agora: Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras (Sl 18,5). - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(18)
REFRÃO: Seu som ressoa e se espalha em toda
terra.
1. Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. -R.
1. Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. -R.
2. Não são discursos nem frases ou palavras,
nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a
terra, chega aos confins do universo a sua voz. -R.

Evangelho: Mateus 4, 18-22
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus -
Naquele tempo, 18Caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois
irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar,
pois eram pescadores. 19E disse-lhes: Vinde após mim e vos farei
pescadores de homens. 20Na mesma hora abandonaram suas redes e o
seguiram. 21Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de
Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando as redes.
Chamou-os, 22e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram. -
Palavra da salvação.
catolicanet.com
Homilia - Pe Bantu
O Evangelho de hoje fala do chamado dos primeiros discípulos. Em primeiro lugar, sublinhamos o fato de Jesus buscar as pessoas para acompanhá-lo ou para trabalhar com ele. Ele vai a busca de simples pescadores, pois o que importa para Jesus não é preparo científico e títulos acadêmicos dos seus seguidores, mas que eles tenham fé e amor no coração. Porque aquele que prega ou profetiza por ordem de Cristo, não precisa demonstrar nada: só testemunhar a verdade do amor de Deus e a certeza da ressurreição do Senhor.
Em segundo lugar, a vocação dos primeiros discípulos acontece “junto ao mar da Galiléia”. “O mar da Galiléia” é o lugar no qual vive o povo da Galiléia e ali trabalha. Isto quer nos dizer que o chamado não é feito num ambiente religioso particular, mas aí onde as pessoas verdadeiramente vivem, na sua vida cotidiana. Jesus procura e encontra o povo em sua própria situação concreta. Jesus apresenta a cada um o convite de segui-lo ali onde se encontra, numa situação comum, honesta e honrada como aquela dos primeiros discípulos ou então, numa situação desonrada e moralmente difícil como aquela do cobrador de impostos (Mt 9,9). Jesus vai de um ao outro e os chama. Neste chamamento sublinha-se o aspecto pessoal. Jesus se aproxima de cada um, fala e o chama. Da mesma maneira Jesus se aproxima de todas as pessoas, e ali onde ele está, lhe faz ouvir aquela palavra de esperança e de confiança que é o chamado a segui-lo.
Em terceiro lugar, Jesus os chama para “segui-lo”. “Seguir” significa ir atrás de alguém, pisando nas suas pecadas, percorrer o seu caminho e, portanto, pede, sobretudo, uma imensa confiança Nele. Seguir Jesus não é só aceitar sua doutrina, mas entregar-se incondicionalmente à sua pessoa, colaborar na sua missão, partilhar do seu destino que inclui a morte e glorificação. Seguir Jesus, por isso, supõe o abandono confiante Nele, isto é, uma confiança total, doação completa à pessoa de Jesus. O seguimento de Jesus exige, portanto, urgência, desacomodação diante da situação existente e opção por uma nova forma de ver as coisas e uma prática transformadora. Tudo isto é necessário para percorrer o caminho em direção ao conhecimento do mistério de Jesus.
Em quarto lugar, eles são chamados para ser “pescadores de homens”. A tradicional expressão “pescadores de homens”, que indica a atividade missionária dos discípulos de Jesus, significa não apenas atrair pessoas para a causa do Reino de Deus, mas possui também um matiz de julgamento profético, como o mostra Jeremias em 16,16. A imagem da pesca na tradição bíblica servia para indicar o juízo último de Deus (Jr 16,16; Hab 1,15-17). Nesta linha devemos entender também a parábola da pesca onde se lança a rede na água (Mt 13,45-50). Em outras palavras, a tarefa dos discípulos é a de preparar a humanidade para o acontecimento final. Dentro desta linha de pensamento percebe-se o conteúdo da pregação de Jesus: o anúncio do Reino e com o apelo à conversão (Mt 4,17).
Em quinto lugar, Os discípulos “imediatamente deixaram as redes e foram com Ele”. O atrativo da chamada de Jesus é irresistível e os fazem capazes de renunciar à sua família e ao seu trabalho para seguir Jesus. Esta ruptura com a própria família tinha umas implicações muito distintas às que têm hoje o abandono do lar familiar. Não era somente nem principalmente uma ruptura afetiva, e sim uma ruptura com todas as seguranças. A casa e a família eram, até então, o grupo de apoio mais sólido desde o ponto de vista social e econômico.
Ao deixar sua família e sua casa, aqueles discípulos fizeram uma opção muito radical: deixaram verdadeiramente tudo para seguir Jesus (cf. Mt 19,27-29). Através da pronta resposta dos discípulos ao convite de Jesus, Mateus propõe um exemplo da conversão radical que a chegada do Reino exige (Mt 4,17) e apresenta aos principais destinatários dos ensinamentos e sinais de Jesus.
Olhando para a vocação dos quatro primeiros discípulos, vamos nos perguntar: em primeiro lugar, o que significa para você “eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e seguiram Jesus”? O que representa para você “a barca” e “rede” na sua vida? Você prefere remar sua própria barca ou quer entrar na barca de Jesus?
Jesus não permite os adiamentos, pois com Ele tudo tem que ser “imediatamente” (Mt 8,21s). Nossa primeira vocação é o nosso chamado para sermos seres humanos, pessoas humanas; o resto são formas e caminhos. Enquanto você não tiver planejado sua vida como um benefício para os outros, não terá sentido que você pergunte por sua vocação. Na sua opção vocacional, não procure quem o exima de sua liberdade e de sua responsabilidade. Ninguém deve nem pode escolher e decidir por você. Não acreditamos que Deus se antecipe escolhendo por você; mas acreditamos que se compromete e escolhe com você quando você faz isso séria e livremente.
Pai, dá-me forças para ser verdadeiro companheiro na missão de seu Filho Jesus, mesmo devendo sofrer perseguições e contrariedades.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
LITURGIA DIÁRIA - LEVANTAI-VOS E ERGUEI A CABEÇA.
Primeira Leitura: Apocalipse 18, 1-8.21-23; 19, 1-3.9
Leitura do livro do Apocalipse de são João - Eu, João, 1Depois disso, vi descer do céu outro anjo que tinha grande poder, e a terra foi iluminada por sua glória. 2Clamou em alta voz, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, a Grande. Tornou-se morada dos demônios, prisão dos espíritos imundos e das aves impuras e abomináveis, 3porque todas as nações beberam do vinho da ira de sua luxúria, pecaram com ela os reis da terra e os mercadores da terra se enriqueceram com o excesso do seu luxo. 4Ouvi outra voz do céu que dizia: Meu povo, sai de seu meio para que não participes de seus pecados e não tenhas parte nas suas pragas, 5porque seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das suas injustiças. 6Faze com ela o que fez (contigo), e retribui-lhe o dobro de seus malefícios; na taça que ela deu de beber, dá-lhe o dobro. 7Na mesma proporção em que fez ostentação de luxo, dá-lhe em tormentos e prantos. Pois ela disse no seu coração: Estou no trono como rainha, e não viúva, e nunca conhecerei o luto. 8Por isso, num só dia virão sobre ela as pragas: morte, pranto, fome. Ela será consumida pelo fogo, porque forte é o Senhor Deus que a condenou. 21Então um anjo poderoso tomou uma pedra do tamanho de uma grande mó de moinho e lançou-a no mar, dizendo: Com tal ímpeto será precipitada Babilônia, a grande cidade, e jamais será encontrada. 22Já não se ouvirá mais em ti o som dos citaristas, dos cantores, dos tocadores de flauta, de trombetas. Nem se encontrará em ti artífice algum de qualquer espécie. Não se ouvirá mais em ti o ruído do moinho, 23não brilhará mais em ti a luz de lâmpada, não se ouvirá mais em ti a voz do esposo e da esposa; porque teus mercadores eram senhores do mundo, e todas as nações foram seduzidas por teus malefícios. 1Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder, 2porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos. 3Depois recomeçaram: Aleluia! Sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos. 9Ele me diz, então: Escreve: Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são palavras autênticas de Deus. - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(99)
REFRÃO: São bem-aventurados os que foram convidados para a Ceia Nupcial das bodas do Cordeiro!
1. Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! -R.
1. Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! -R.
2. Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho. -R.
3. Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei! -R.
4. Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! -R.
4. Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! -R.
Evangelho: Lucas 21, 20-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 20Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína. 21Os
que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem
dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na
cidade. 22Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito. 23Ai
das mulheres que, naqueles dias, estiverem grávidas ou amamentando,
pois haverá grande angústia na terra e grande ira contra o povo. 24Cairão
ao fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e
Jerusalém será pisada pelos pagãos, até se completarem os tempos das
nações pagãs. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas
estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações
pelo bramido do mar e das ondas. 26Os homens definharão de
medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As
próprias forças dos céus serão abaladas. 27Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. 28Quando
começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas
cabeças; porque se aproxima a vossa libertação. - Palavra da salvação.
catolicanet.com
Diácono José da Cruz
Se lermos esse evangelho e o interpretarmos ao “Pé da Letra”,
vamos ficar cismados que o nosso velho mundo está no fim, e quando cruzarmos essas informações com os
estudos do nosso universo, dando conta que um Satélite ou um Cometa de
proporções colossais está em rota de colisão com a terra, vamos começar a
acreditar nas previsões catastróficas que tem até data marcada: dezembro de
2012.
É próprio do ser humano especular sobre o fim do mundo,
antigamente a ciência não tinha avançado tanto e a previsão vinha mesmo dos
meios religiosos, e como o Mundo acabou em água no Dilúvio, então agora vai
acabar em fogo. Hoje já se fala nisso de um modo mais avançado, e do universo
virá a tragédia que acabará com a raça humana. E há as pessoas simples que até
começam a pensar todo dia nessa história e nada mais conseguem fazer a não ser
esperar pelo “Dia do Senhor” que está aí as portas.
Nas primeiras comunidades Cristãs também se vivia esse clima de
espera, e de vez em quando se retomava a linguagem apocalíptica, um estilo
próprio para escrever sobre esses acontecimentos causando impacto nos ouvintes,
que rapidinho buscavam a Deus e se convertiam. Então, por que esse evangelho
chegou até nós com essa linguagem? Que mensagem ele nos traz? Será que Deus
quer nos assustar com a sua Santa Palavra? Claro que não!
Jesus está falando aos seus conterrâneos sobre um acontecimento
histórico, que foi a invasão e a destruição da cidade de Jerusalém no ano 70, quando os Judeus se espalharam pelo mundo
inteiro. E O Judaísmo que se gabava tanto da beleza e suntuosidade do seu
templo, acabou em nada. Mas se for só
isso, podemos pular esse evangelho pois para nós não há mensagem? Há sim, e das
mais belas.
Os Homens definharão de
medo... O Ser Humano arrogante e prepotente, que há muito enveredou-se pelo
caminho do ateísmo, negando Deus e a sua Verdade absoluta, apostando todas as
suas fichas no Materialismo, reduzindo seu projeto de Felicidade aos bens de
consumo, fazendo dos grandes Shoppings suas grandes catedrais, irá tomar um
grande susto ao descobrir de repente que Deus existe e que toda humanidade
caminha para Ele. Esse abalo que o Ser Humano irá tomar, quando descobrir que
Deus existe e que há uma forma de se relacionar com Ele chamada Religião, vai deixá-lo
estarrecido, pois muitos há que passam a vida e não fizeram ainda essa
descoberta.
Por isso o evangelho é bem claro, não quer aterrorizar a ninguém,
mas apenas acende uma luzinha amarela piscante,
a nos dizer; Olha, Deus existe sim e um dia qualquer, toda a humanidade irá
estar diante dele e o seu Reino definitivo será inaugurado.
Os que já professam e vivem a sua Fé, de modo autêntico e
sincero não terão o que temer, pois erguerão a cabeça seguros de si, convictos de
que fizeram a escolhe a decisão acertada ao viverem essa Vida em comunhão com
Deus presente em Jesus e agora, neste último ato da humanidade, percebem
felizes que chegou o grande dia de serem
acolhidos definitivamente na Comunhão Eterna com o Deus da Vida e da Esperança,
com quem sempre caminharam em sua existência.Terão confirmadas perante toda a
humanidade a sua esperança e a sua Fé, eles mesmos confirmarão cheios de
alegria que, viver uma religião não foi perda de tempo, ópio ou alienação, como
certas ideologias apregoavam o tempo todo.
Todo dia é dia de mudança
de mentalidade e conversão. Só depende de nós... acreditar e viver a Palavra,
ou então ignorá-la e acreditar somente nos “grandiosos” projetos humanos, que
sempre prometem o mundo e o fundo, mas que nada garantem no pós morte.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
O QUE SIGNIFICA A COROA DO ADVENTO?
A vela sempre teve um significado especial para o
homem, sobretudo porque antes de ser descoberta a eletricidade ela era a vitória
contra a escuridão da noite. À luz das velas São Jerônimo traduzia a Bíblia do
grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém onde Jesus Cristo
nasceu.
Em casa, a noite, quando falta a energia, todos
correm atrás de uma vela e de um fósforo, ainda hoje.
Acender velas nos faz lembrar também a festa
judaica de “Chanuká”, que celebra a retomada da Cidade de Jerusalém pelos irmãos
macabeus das mãos dos gregos do rei Antíoco IV.
Antes da era cristã os pagãos celebravam em Roma a festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).
Antes da era cristã os pagãos celebravam em Roma a festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).
Na chama da vela estão presentes as forças da
natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário.
Para nós cristãos simbolizam a fé, o amor e o trabalho realizado em prol do
Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao
próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro
uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus
Menino.
Nessas quatro semanas somos convidados a esperar
Jesus que vem. É um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas
primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda
gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos
Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.
A Coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é
o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o
amor de Deus que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus
humanado. A branca significa a paz que o Menino Deus veio trazer; a roxa clara
(ou rosa) significa a alegria de sua chegada.
A Coroa é composta de quatro velas nos seus
cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo e nem fim,
é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo
acende-se uma delas.
As quatro velas do Advento simbolizam as grandes
etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo do Advento, acendemos a
primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. Cristo desceu a Mansão dos
mortos para dar-lhes o perdão. No segundo domingo, a segunda vela, acesa coma
primeira, representa a fé dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, que creram na
Promessa da Terra Prometida, a Canaã dos hebreus; dali nasceria o Salvador, a
Luz do Mundo. A terceira vela, acessa com as duas primeiras, simboliza a alegria
do rei Davi, o rei que simboliza o Messias porque reuniu sob seu reinado todas
as tribos de Israel, assim como Cristo reunirá em si todos os filhos de Deus. É
o domingo da alegria. Esta vela têm uma cor mais alegre, o rosa ou roxo claro. A
última vela simboliza os Profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça
que o Messias traria. É a vela branca.
Tudo isso para nos lembrar o que anunciou o
Profeta: “Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas
raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de
entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor
ao Senhor.” (Is 11,1-2).
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz;
sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós
suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante
de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. 3.
Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor,
vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na
batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão
presa das chamas; porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a
soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus
forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim
sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e
pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos
exércitos” (Is 9,1-6).
Prof. Felipe Aquino
HÁ OITO ANOS FOI ENTRONIZADA NA GELADA ANTÁRTIDA A IMAGEM DE NOSSA SENHORA MAIS AUSTRAL DO MUNDO.
Em
uma particular expressão de mandato evangélico de ir por todo o mundo
para levar a Boa Nova a todas as pessoas, uma expedição espanhola
composta por cientistas e militares levou uma réplica da imagem de Nossa
Senhora de Vallivana, padroeira da localidade valenciana de Picassent
até a base espanhola “Gabriel de Castilla” na Antártida. A entronização
da imagem aconteceu no dia 24 de novembro de 2004, há exatamente oito
anos.
Esta
imagem de 50 centímetros de altura, localizada na Ilha Decepción e
venerada pelos efetivos da guarnição militar durante sua estância anual
de novembro à março, é a imagem da Santíssima Virgem localizada mais ao
sul do planeta. Segundo a Confraria de Nossa Senhora de Vallivana, em
Picassent, Nossa Senhora “continua sendo acolhida com enorme carinho por
parte das tripulações de outros navios que visitam a base”.
Não
existe notícia de que exista outra imagem mais ao sul que a padroeira
de Picassent”, informaram fontes da Confraria à agência AVAN. A
Santíssima Virgem “faz parte da equipe e os expedicionários a saúdam e
se despedem dEla enquanto chegam ou saem da base”, acrescentaram.
Esta
réplica da imagem talhada em madeira e venerada em Picassent é obra da
escultora Isabel Martínez e foi fabricada em resina de poliéster com
decorações em ouro e prata. Antes de sua viagem foi abençoada pelo então
reitor do Seminário de Valência, Padre Rafael Albert e disposta em um
contêiner especial de ferro hermeticamente fechado e adequado com uma
espuma resistente a temperaturas inferiores aos quarenta graus abaixo de
zero.
O
promotor da iniciativa foi o subtenente especialista da Unidade Militar
de Emergências de Bétera, Juan José Lara, oriundo de Picassent e membro
da confraria Nossa Senhora da Vallivana e que fez parte da expedição
que viajou à Antartida em 2004. Pelas excepcionais características
climáticas do lugar, a imagem foi entronizada dentro de uma urna
especial e permanece intacta apesar das inclemências do clima do
continente congelado.
(EPC/GPE)
Com informações de AVAN.
LITURGIA DIÁRIA - PERSEGUIÇÕES E SOFRIMENTOS

Primeira Leitura: Apocalipse 15, 1-4
Leitura do livro do Apocalipse de são João - Eu, João, 1Vi ainda, no céu, outro sinal, grande e maravilhoso: sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, porque por eles é que se deve consumar a ira de Deus. 2Vi também como que um mar transparente, irisado de fogo, e os vencedores, que haviam escapado à Fera, à sua imagem e ao número do seu nome, conservavam-se de pé sobre esse mar com as cítaras de Deus. 3Cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus Dominador. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 4Quem não temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Só tu és santo e todas as nações virão prostrar-se diante de ti, porque se tornou manifesta a retidão dos teus juízos. - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(97)
REFRÃO:Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó
Senhor e nosso Deus onipotente!
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. -R.
2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. -R.
3. Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria. -R.
4. Na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com equidade. -R.
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. -R.
2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. -R.
3. Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria. -R.
4. Na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com equidade. -R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas -
Naquele tempo, 12Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos
perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença
dos reis e dos governadores, por causa de mim. 13Isto vos acontecerá
para que vos sirva de testemunho. 14Gravai bem no vosso espírito de
não preparar vossa defesa, 15porque eu vos darei uma palavra cheia de
sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários.
16Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos
parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. 17Sereis odiados
por todos por causa do meu nome. 18Entretanto, não se perderá um só
cabelo da vossa cabeça. 19É pela vossa constância que alcançareis a
vossa salvação. - Palavra da salvação.
catolicanet.com
Homilia - Pe Bantu
Jesus
Cristo, o Filho de Deus, Aquele no qual nós cremos e seguimos, disse
muito claramente e de várias maneiras que aqueles que o seguirem serão
perseguidos. Atenção, não que eles podem ser perseguidos, mas que o
serão decerto. Eis algumas das suas palavras a tal propósito: “Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem
todo o mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é
grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas
que foram antes de vós” (Mt 5,11-12)
A
perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais
premonitórios do fim. O testemunho de seu Nome atrairia de tal forma a
ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra
os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na
sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a
perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da
fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da
perseverança. Tarefa desafiadora! Não obstante isso, nos momentos mais
difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não
precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria
tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários. Além da
perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. “Nem
um só cabelo cairá de vossa cabeça” – garante Jesus ao grupo dos
discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de
contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai
os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus
tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de
livrá-los do mal.
Os
verdadeiros cristãos sempre foram perseguidos em qualquer época e lugar
que tenham vivido. Algumas vezes a perseguição será mais forte outras
vezes menos forte, mas a perseguição haverá sempre.
Meu
irmão, minha irmã, no meio das perseguições permaneça firme na fé não
negando o Senhor, sabendo que, como disse o Senhor Jesus, com a vossa
perseverança ganhareis as vossas almas (cfr. Lucas 21,19). Lembrai-vos
destas palavras de Paulo: “Porque para mim tenho por certo que as
aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em
nós há-de ser revelada” (Rom. 8,18), e também destas: “Porque a nossa
leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais
abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas
que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são
temporais, enquanto as que se não vêem são eternas” (2 Cor. 4,17-18).
Estas palavras são de grande consolação, pois fazem perceber como após o
sofrimento, a nós, cristãos, nos espera a glória, uma eterna glória,
diante da qual os sofrimentos são coisa pouca. Certo, o sofrimento,
justamente porque é um sofrimento, faz-nos sofrer de várias maneiras,
mas, aliás, é justo que nós soframos porque também Jesus Cristo sofreu
muito por nós. Por que não haveríamos nós de sofrer por amor do seu
Nome? E, além disso, as aflições cooperam para o nosso bem porque, como
diz Paulo, produzem em nós paciência (cfr. Rom. 5,3) e a paciência
cumpre perfeitamente a obra de Deus em nós (cfr. Tiago 1,2-4). Portanto,
não murmuremos contra Deus no meio das aflições, mas oremos
encomendando as nossas almas ao fiel Criador, fazendo o bem (cfr. Tiago
5,13 e 1 Ped. 4:19).
Não
desanimeis, portanto, é normal, justo e útil aquilo que vos sucede.
Alegrai-vos de serdes julgados dignos de ser menosprezados e perseguidos
pelo Nome de Jesus.
Pai,
dá-me uma fé profunda que me possibilite perseverar nos momentos de
dificuldade, sem abrir mão da tarefa que recebi: levar adiante o projeto
de Jesus.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
O CRISTIANISMO NO SÉCULO XXI: 2050, ÁFRICA E ÁSIA SOMARÃO 41% DOS CATÓLICOS DO MUNDO!

Gaudium Press
Não menos fascinante do que desconhecido, o Extremo Oriente é hoje o lar de quase 11% dos católicos do mundo.
Segundo os dados do Anuário pontifício de 2010, cerca de 130 milhões de
católicos (10,87 %) habitam no continente asiático. Evidentemente esse
número é pequeno se comparado à população total da Ásia, na qual vivem
60% da população mundial (4,14 bilhões), e dentro da qual, a ínfima
participação católica de 3,05% do total parece ser quase insignificante.
Entretanto, essa promissora região do globo apresenta dados muito
significativos de crescimento do número de batizados, sob diversos
aspectos.
Paulatinamente a Ásia, e sobretudo a África, ganham participação nas quotas relativas de católicos em relação a cada continente.
Entre 2000 e 2010 houve variações consideráveis. A África passou de
12,44% em 2000, para 15,55% em 2010 (173 milhões). De 2009 a 2010 a Ásia
passou de 10,47 a 10, 87%. Com base em projeções num cenário moderado,
em 2050 teremos tantos católicos no Oriente quanto na Europa (18,37% na
Ásia e 18,55% na Europa).
Isso
não se deve apenas ao fato de que o número de católicos na Ásia cresce
(1,98% ao ano) em uma taxa de crescimento superior à da Igreja (1,44%) e
da população mundial (1,33%), mas também pela estabilização do número
de católicos na Europa, que perde participação no contingente católico
para a África e a Ásia devido à baixa taxa de natalidade.
Em suma, a África acaba por ganhar o que a Europa perde, porque
anualmente nascem 24 milhões de africanos enquanto a população europeia
não possui um acréscimo maior que 900 mil pessoas por ano.
Projetando
os dados fornecidos pelas várias edições do anuário pontifício na
última década, caso a taxa de natalidade em cada continente continuasse a
se reduzir segundo o ritmo atual, pode-se dizer que em 2050 a
distribuição de católicos teria relevante participação da África e da
Ásia, que alcançaria 41% dos católicos do mundo. Inclusive a América
começaria a perder participação relativa no contingente católico para os
dois continentes.
Deve-se
acrescentar que diversos países com relevante participação católica
terão sua população duplicada até 2050 como é o caso da Nigéria,
Tanzânia, do Congo, Quênia, Uganda, Moçambique, Gana, Camarões e Angola.
Crescimento sustentável
A
expressão usada no subtítulo é inteiramente aplicável aos casos
asiáticos e africanos, onde, de modo diferente ao que foi feito durante o
século XIX na América, procurou-se incentivar, sobretudo na Ásia, a
formação de um numeroso clero autóctone. Há dados eloquentes que
corroboram esse novo horizonte. Entre 2009 a 2010, enquanto ocorreu uma
leve flexão na Europa e Oceania, a Ásia ganhou 12 novos bispos e 1.695
sacerdotes. A cifra de novos sacerdotes é mais do que o dobro da África
(765), e enormemente superior à Oceania (52) e à América (42). A Europa
terminou o ano com 905 sacerdotes a menos. Entre religiosos e
diocesanos, havia no ano de 2010 na África 35.611 sacerdotes enquanto
que na Ásia são 53.922.
Se
o número de religiosos professos diminui na América do Sul (-3,5%) e na
América do Norte (-0,9%) e se mantém estável na Europa, eles aumentaram
na Ásia em 4,1% ao ano e, na África, 3,1%. Se o número de religiosas
diminuiu na Europa, Oceania e América (-2,9%, -2,6% e -1,6%
respectivamente) ele cresceu na Ásia e na África em cerca de 2% ao ano.
Assim, em 2010 a Ásia somou 160.862 religiosas e a África 63.731.
Fenômeno semelhante ocorre com o número de seminaristas maiores: há um
decréscimo na Europa (-10.4%) e na América (-1.1%), mas na Ásia há um
crescimento de 13%. Nem o PIB chinês cresceu tanto. Assim, na Ásia há
32.677 seminaristas maiores enquanto na África, 25.607.
Como
base nesses dados, percebe-se que enquanto a alta taxa de natalidade da
África subsaariana proporciona um aumento de participação na quota de
católicos no continente, no Oriente verifica-se um crescimento por três
razões: grande número de conversões, taxas razoáveis da natalidade e
numeroso surgimento de vocações religiosas e presbiterais. Com base
nesses dados, parece que o crescimento da Ásia evidencia maior
sustentabilidade a longo prazo do que da África, por causa do aumento
das vocações sacerdotais e religiosas, que agem entre os fieis católicos
como o fermento na massa, como a luz no mundo e o sal da terra (Cf. Mt
5,13-14).
Uma Igreja afro-asiática nasce
Ao
longo de 19 séculos a vida da Igreja Católica foi marcante no mundo
Europeu, e, sobretudo, às margens do Mediterrâneo. O século XX viu
despontar a América como o habitat de quase metade dos católicos do
mundo.
Em
1910, apenas 6% dos católicos moravam na Ásia e na África, enquanto 93%
dos católicos habitavam na Europa e na América. Cem anos depois Ásia e
África passaram de modestos 6% da população católica mundial para 26%. O
século XXI parece ser, de fato, a era em que a América continuará a
possuir o maior contingente de católicos, mas se a dinâmica de
crescimento continuar na Ásia e na África o século XXI se concluirá com
uma maior proporção de católicos no Extremo Oriente que na Europa ou
mesmo América do Sul. Que perspectivas pastorais essa realidade latente
pode despontar para nosso século? O que o Espírito Santo tem em vista
com essas graças de conversão dada ao oriente?
Atualmente
a participação relativa da população católica no mundo predomina na
América, com relevante participação na Europa, somando ainda 72% dos
católicos do mundo, fazendo com que o catolicismo se apresente diante
dos orientais como uma característica da cultura ocidental e
estabelecendo um tabu cultural por vezes difícil de transpor em certas
regiões do Oriente.
No
entanto, se compararmos as quotas de 2010 com a distribuição
continental da população mundial em 2050, percebe-se que o século XXI
parece ser a era da conversão da Ásia, feita não pelos missionários
ocidentais, mas pelos próprios orientais. Enquanto Ásia e América, e,
sobretudo, a Europa, perdem intensidade na participação relativa devido
às baixas taxas de natalidade, ocorre um boom populacional na África.
No
tocante aos católicos, em 2050 África e Ásia aumentariam a participação
relativa atingindo a quota de 41%, enquanto América e Europa
diminuiriam para 58%. Assim, ser católico não significará mais ser
ocidental, europeu ou americano. É possível que o século se conclua com
uma superação do número de católicos na Ásia e na África em relação à
Europa e América devido às baixas taxas de natalidade previstas para a
América Latina, que em algumas décadas seriam comparáveis às da Europa.
Com
base nesses dados, em 2050 a participação dos católicos no mundo tende a
se equiparar à proporção da população distribuída nos continentes.
O
século XXI seria então a era da conversão da Ásia tão almejada por São
Tomé, São Francisco Xavier e a plêiade inumerável de heróis que
entregaram suas vidas pela conversão do oriente?
As catacumbas do século XXI
Nota-se
que é justamente em condições adversas que o catolicismo mais cresce no
oriente. É certo que há no extremo oriente países nos quais a população
é majoritariamente católica como o pequeno Timor Leste, com 88,84% de
participação. Filipinas, com 73,8 milhões, possui a terceira maior
população católica do mundo depois do Brasil e do México com uma elevada
taxa de natalidade. Até a Indonésia, na qual a população não cristã
soma 87,7%, possui um contingente 8 de milhões católicos, ou seja, uma
população católica maior do que de países ocidentais como Áustria, Suíça
ou Paraguai.
A
Coreia do Sul sempre foi considerada como lugar de missão no qual o
cristianismo era minoritário. O século XXI começa com 29,2% da população
coreana confessando o cristianismo. Deste contingente, a maior
denominação cristã é a Igreja Católica Romana, com 5,3 milhões (10,3% da
população). A Coreia do Norte, sob rígido regime comunista, apresenta
dados semelhantes. De fato, o sangue dos mártires coreanos – o país com
maior número de mártires oficialmente catalogados – comprou e continua a
comprar a conversão de seus conterrâneos. O episcopado coreano projeta
terminar a segunda década do século com 20% da população convertida ao
catolicismo.
Ao
mencionar a situação dos católicos na Coreia do Norte, recorda-se
outros países onde os católicos são minoritários, como a Índia, o Vietnã
e a China. Mas é precisamente nesses países que o crescimento da Igreja
ocorre de modo preponderante. Há na Índia cerca de 17,3 milhões de
católicos, mas que representam menos de 1,58% do total da população
indiana. Contudo, há regiões da Índia onde os cristãos somam mais de 90%
da população. Entre os estados mais populosos, destaca-se Kerala,
localizado ao sudoeste da Índia, no qual 33% dos habitantes são
católicos. A Igreja Católica é a maior denominação cristã do país.
Na
China, a situação entre a Igreja Católica e o governo é tensa. Lá
existem 9 milhões de católicos, menos de 1% da população chinesa, mas o
governo julga necessário intervir na nomeação dos bispos e procura
manter a Igreja Patriótica fiel a Pequim. No entanto, muitos católicos
chineses não se definem entre uma e outra parte, sendo muitas vezes
contados como pertencente aos dois grupos. O próprio arcebispo da
capital do país, Joseph Li Shan, está simultânea e oficialmente contado
entre os fieis a Roma e a Pequim. Com a abertura da economia e a
ocidentalização do país, pode parecer que haverá passos a caminho da
liberdade, mas por outro lado, o governo chinês ainda continua uma
política de censura que derroga a liberdade religiosa e procura
estimular uma lastimável propaganda com caracteres xenófobos. Pode-se
conjecturar que o trampolim de acesso à China pareça ser Taiwan, que
oferece liberdade religiosa e mais de 10% de seus habitantes confessam o
cristianismo.
Um
país no qual a evangelização é difícil, apesar da liberdade religiosa, é
o Japão. Lá há 0,5% da população de 127 milhões que são católicos mas,
ao que parece, após séculos de perseguição cerrada, a Igreja ainda não
assentou bases sólidas nas ilhas nipônicas. Contudo, há 500.000 fieis no
Japão, que podem vir a ser os apóstolos de que o país necessita.
Os cristãos da Ásia
Transcendendo
do universo católico para os cristãos acatólicos, verifica-se que o
número de discípulos de Cristo no Ocidente é muito maior que o número de
católicos, especialmente nos países do extremo oriente como China,
Coreas, Tailândia, Papua-Nova Guiné e Indonésia. Exceção para essa
realidade são as Filipinas (90%) , o Timor Oriental (90%), Vietnã (9%) e
Sri Lanka (7,12%), países nos quais a maioria da população cristã se
diz católica. Juntos, esses países somam cerca de 20 milhões de
católicos. Eis mais um enclave cristão próximo à Indonésia.
A
conversão de outros países por outras denominações cristãs não é motivo
de preocupação para o catolicismo, visto já se ter tido o exemplo
histórico dos povos bárbaros europeus. Antes dos monges e missionários
católicos evangelizarem as tribos germânicas ou eslavas, por lá já
haviam semeado noções do Evangelho os arianos. Desse mosaico de povos,
surgiu o monólito católico medieval que só foi rompido pela
pseudoreforma no século XVI. Resta saber se o mesmo processo ocorrido no
início da Idade Média se verificaria no século XXI com o Oriente.
Hoje
na Ásia, há cerca de 260 milhões de cristãos. Estatísticas oficiais
chinesas, que segundo alguns estudiosos não correspondem
propositadamente à realidade, apresentam números que variam entre 3 a 5%
da população do gigante asiático como cristã (67 milhões de pessoas).
No entanto, outras estimativas elevam esse número para 8% ou mesmo 10%
(100 milhões) da população chinesa. Outros países asiáticos oferecem a
mesma perspectiva: Arábia Saudita (5,5%) Malásia, (11,1%) Hong Kong
(11%), Brunei (11%), Indonésia (12,3%), Kuwait (15%), Cingapura (18,3%),
Coréia do Sul (29,2%) e Papua-Nova Guiné (96%, dos quais 32,97% diz-se
católica).
No
Centro da Ásia e no Oriente Próximo também há motivo para esperança. Do
mesmo modo, entre os países do Oriente Médio. Deve-se mencionar em
primeiro lugar a Armênia onde 93% da população (3,2 milhões) confessa o
cristianismo e cerca de 4% da população é católica. No Líbano 39% da
população confessa o cristianismo, mas esse número vem diminuindo por
causa das emigrações em virtude do terrorismo contra os cristãos. O
Cazaquistão já conta com 51% da população cristã de maioria ortodoxa. Na
Síria, 8% da população são cristãos ortodoxos, enquanto 2% são
católicos.
Desponta
ainda outra esperança entre os países petroleiros do Oriente Médio. Os
católicos são, em sua maioria, estrangeiros. Os Emirados Árabes Unidos
possuem cerca de 250.000 trabalhadores estrangeiros que são católicos, o
que representa cerca de 7% da população. No Kuwait filipinos, indianos e
libaneses assim como caucasianos de todos os continentes são 6,16% da
população. Contudo, na Arábia Saudita não há liberdade religiosa. Hoje
6,6% da população asiática já é cristã, ou seja, cerca de 250 mil de
pessoas.
A Igreja cresce nos países pobres
Se
é verdade que o crescimento do catolicismo e do cristianismo em geral
dá-se sobretudo nos países pobres, aos quais a crítica ateia usa o
pejorativo rótulo de Christian Rice (cristãos do arroz), verifica-se que
o desenvolvimento humano e econômico não é um obstáculo absoluto para a
conversão dos pagãos. Basta lembrar o caso dos Estados Unidos, uma das
maiores potências econômicas dos séculos XIX e XX. O catolicismo cresceu de forma paulatina, mas constante, passando de 2% em finais do século XVIII a cerca de 25% no século XXI.
Embora a imigração tenha favorecido esse acréscimo, não se deve
negligenciar o papel das conversões ao catolicismo no mundo anglo-saxão
tal como se dá na Inglaterra em pleno século XXI. Outro
exemplo inegável seria o da Coréia do Sul. O crescimento da Igreja
Católica anda pari passu com o desenvolvimento socioeconômico. Hoje a
Coréia do Sul é um dos países mais desenvolvidos. Assim não se pode dizer que a educação e a riqueza são obstáculos absolutos para a Evangelização.
Estatísticas consultadas
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PEW
RESEARCH CENTER. Global Christianity. A Report on the Size and
Distribution of the World’s Christian Population. The Pew Forum on
Religion & Public Life. Pew-Templeton Project. Global Religious
Futures. 2011.
UNITED
NATIONS POPULATION FUND. State of world population 2007. Unleashing the
potential of Urban Growth. Thoraya Obaid (Dir.). 2007. Projected
populaton (2050).
(MEMS / GGDR / TL)
LITURGIA DIÁRIA - A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO.
Primeira Leitura: Apocalipse 14, 14-19 Leitura do livro do Apocalipse de são João Eu, João, - 14Eu vi ainda uma nuvem branca, sobre a qual se sentava como que um Filho do Homem, com a cabeça cingida de coroa de ouro e na mão uma foice afiada. 15Outro anjo saiu do templo, gritando em voz alta para aquele que estava assentado na nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, pois está madura a seara da terra. 16O Ser que estava assentado na nuvem lançou então a foice à terra, e a terra foi ceifada. 17Outro anjo saiu do templo do céu. Tinha também uma foice afiada. 18E outro anjo, aquele que tem poder sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz para aquele que tinha a foice afiada: Lança a foice afiada e vindima os cachos da vinha da terra, porque maduras estão as suas uvas. 19O anjo lançou a sua foice à terra e vindimou a vinha da terra, e atirou os cachos no grande lagar da ira de Deus. - Palavra do Senhor. Salmo Responsorial(95)
REFRÃO: O Senhor vem julgar nossa terra.
1. Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça. -R. 2. O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas. -R.
3. Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade. -R.
![]() Evangelho: Lucas 21, 5-11
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 5Como lhe chamassem a atenção para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse: 6Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído. 7Então o interrogaram: Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir? 8Jesus respondeu: Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles. 9Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim. 10Disse-lhes também: Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. 11Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu. - Palavra da salvação.
catolicanet.com
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Este discurso introduz a narrativa da Paixão, que é uma tradição com características próprias, que circulava entre as primeiras comunidades. A segunda vinda do Senhor estava próxima e que era preciso preparar-se porque muitos sinais lhe antecederão.
O Templo era a sede do judaísmo no tempo de Jesus. Ele já denunciara que o Templo tornara-se um antro de ladrões. Sua palavra sobre a destruição do Templo, além do fato histórico, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus. As religiões excludentes, que consolidam grupos privilegiados religiosos ou raciais, são descartadas para a grande revelação do Deus de amor universal, que chama a si todos os povos e todas as raças, comunicando-lhes sua vida divina e eterna.
A fala de Jesus é motivada pela admiração que a grandiosidade do Templo causava nas pessoas. Todo poder tem como arma a ostentação de riqueza. A ostentação do Templo levava as pessoas a admirarem, se curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação será destruída, pedra por pedra, torre por torre. Jesus já denunciara que o Templo de Jerusalém tornara-se um antro de ladrões. A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além de sua associação a um fato histórico acontecido, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus.
Após a menção do Templo, Jesus descarta que o advento de falsos profetas ou de guerras e abalos telúricos sejam sinais da proximidade do fim. Assim, os discípulos devem despertar para a presença atual do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por sua palavra e sua prática amorosa.
Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança. Pois o cenário deste mundo passará e deixará ruínas. Só no Céu encontraremos todas as belezas eternas.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
TESTEMUNHO: FILHO DE PASTORES PROTESTANTES CONVERTE-SE AO CATOLICISMO.
Apostolado SCR
Chamo me, Manuel da Costa,
tenho 31 anos e sou filho de Pais Pastores, desde infância os meus
Pais colocaram nos na Igreja e nos ensinaram a temer á Deus. Durante 22
anos vivi na Província de Cabinda (Angola) depois fui para a Capital
Luanda (Angola) para fazer a faculdade de Engenharia Informática. A
minha irmã que me recebeu na Capital era da Igreja Pentecostal, ela
tinha um carinho aos Pastores Adventistas ela comprava Pregações e
estudos de profecias sobre o apocalipse.
Mesmo
não sendo Adventista achei interessante destas aulas, comecei a estudar
grandemente estas matérias, até que no ano 2008 tomei decisão de
receber o Batismo por imersão na Igreja onde o meu Pai era
Pastor. Comecei a participar ativamente na Igreja e a ocupar alguns
cargos como secretário da Paróquia, comecei a ter um fanatismo aos
pastores Adventista e repetia como um Papagaio de que o Santo Padre é a
besta do Apocalipse 13 e a Igreja Católica era a babilônia descrito no
apocalipse 17. Cheguei a pensar que a Igreja Adventista é que prega a
verdade, eu sinceramente comecei a desprezar todas Igrejas protestantes
inclusive onde eu era membro, isto porque os estudos adventistas me
convenceram do Sábado e da Mortalidade da Alma. Muitas coisas sobre o
Catolicismo que eu não sabia muito bem eu repetia sem que primeiro ter
estudado o problema.
Conheci
uma jovem Católica que atualmente é a minha esposa, eu a atacava
sempre ,e ela humildemente não conseguia se defender mesmo tendo os
sacramentos. Me lembro uma vez fui a uma feira de livros da Religião
ISLÂMICA onde encontrei um livro que mostrava a diferença entre o
Cristianismo e o Islão, tentei debater com um Islâmico ele me derrubou
com seus argumentos e fiquei sem respostas para defender o Cristianismo,
ele me perguntou “porque é que os cristãos tem bíblias diferentes? Será que foi inspiração de Deus?” me falou dos concílios eu nem sabia o que era.
Esta
vergonha que eu passei de não defender o cristianismo,me levou a
estudar para saber como defender a religião cristã,surgiram muitas
dúvidas na minha cabeça.
Comecei a procurar na Internet sites para estudo do cristianismo e comecei a ler a história do cristianismo,a historia do Cânon bíblico.
O
que me surpreendeu mais é o nível de argumentos dos
ex-protestantes, comecei a encarar que os testemunhos de
ex-protestantes eram mais sábios e com argumentos bíblicos e histórico,
eu nem sabia o que era a Patrística… O testemunho do Ex-Pastor
Casanova me deixou perplexo com tamanha argumentação bíblica e da
história do Cristianismo.
O vídeo que
roda na Internet onde o Pe. Paulo Ricardo responde a um protestante que
diz sobre a Babilônia descrito no Apocalipse, me lavou de toda
ignorância que eu tinha aprendido dos Adventistas sobre o Apocalipse 17.
Naquele
momento comecei a encarar o Protestantismo como uma religião
caluniadora, que confunde a Igreja com os membros da Igreja.
Graças a Deus no dia 19 Agosto de 2011,
casei na Igreja Católica com a minha esposa durante a celebração do
matrimônio fiz a profissão de fé e pela primeira vez recebi a sagrada
hóstia.
Meus
queridos irmãos Protestantes e Católicos, só existe uma verdade que
vêem de Deus,pra saber esta verdade só é possível no Magistério da
Igreja que são Paulo chama de Coluna da Verdade(I Timotéo 3:15-17).
- Dizer que não existiu Igreja depois dos Apostólos, e negar a história Cristã e negar todos os Pais da Igreja dos primeiros séculos.
“Papias,
Policarpo, Inácio, Tertuliano, Justino, Irineu, Cipriano, Dionísio,
Clemente, Euzébio de Cesaréia, Agostinho, Jerônimo entre outros”
- Dizer que o Constantino fundou a Igreja Católica como eu pensava é ignorar a História do Cristianismo e jogar a bíblia no lixo.
“Antes do Edito de Milão de 313 já havia passado 32 Papas na História da Igreja, e o Papa do ano 313 era o PAPA Melcíades”
- Dizer que a bíblia é palavra de Deus, só é possível pela Igreja,porque ela não veio do céu por fax, foi discutido e confirmado nos concílios da Igreja Católica pelos Bispos (Concilio de Hipona 393, Cartago III 397)
- Dizer que a Igreja apostatou é negar a Palavra do Nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 16:18) “As portas do inferno não prevalecer contra a Igreja”.
- Dizer que todos podem interpretar a bíblia é falta de respeito a bíblia (2Pedro 1:20-21) “Nenhuma profecia é particular Interpretação ”.
- Dizer que Lutero foi contra a Igreja é ser ignorante com a realidade da história, nas 95 teses Lutero não condena a Igreja nem tão pouco o Santo Padre,mas ele condenou os abusos que eram feito pelo alguns sacerdotes
Vejamos os seguintes pontos das 95 teses de Lutero
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.71. Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
- Se Lutero era inspirado por Deus, porque os protestantes reprovam as indulgências, já que ele mesmo afirma que é um verdade apostólica?
- A premissa de que Lutero estava certo, isto abre margem de colocar Arius, Nestório, Pelagius, Montanu, Marcião como também homens inspirados. Felizmente são tido como hereges pelo cristãos Protestantes e quem os condenou foram os Papas.
- Dizer que as 33 mil Igrejas existente são verdadeiras é falta de respeito a própria palavra de Deus (Efesios 4:1-6, I corintios 12-13, João 10:16, João 17:21-23).
- Dizer que o concilio é uma obra dos homens e falta de respeito a palavra de Deus porque os apóstolos resolveram contradições doutrinárias nos concílios (Atos 15).
- Dizer que todos são inspirado pelo espirito Santo é falta de respeito a palavra de Deus. (Joao 16:13).
- Dizer que não existe a primazia Petrina e Apostólica e falta de respeito a bíblia.
Mateus 16:16-18.(Decidir sobre a fé e a moral)Mateus 18:18(decisão apostólica)Lucas 22:31-32(Confirmar na fé os irmão=os irmão da Igreja).Joao 21:15-17(Apascentar o rebanho =dirigir a Igreja).
- Dizer que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito Santo são a favor a divisão é falta de respeito a Bíblia. (Romanos 16:17-18,Efesios 4:14).
Hoje
sou Católico graças á Deus, com muita convicção, não duvido daquilo que
o Magistério da Igreja. Para não cair em heresias só dou ouvido ao que
o Magistério ensina no Catecismo, documentos oficias da Igreja
,nas enciclias dos Papas,no missal ,porque Jesus disse “ Quem ouve o Magistério a Jesus ouve,e quem rejeitar o Magistério rejeita Jesus Cristo e consequentemente rejeita ao Deus Pai”(Lucas 10:16).
Agradeços
a todos os Cristãos que me levaram a amar a Palavra de Deus e de
conhecer a Santa Igreja Católica,os meus agradecimentos especias ao Professor
Felipe Aquino, Cris Macabeus do site (asmentirasdoapocalipse), Helen do
site (igrejamilitante), Rafael do Site (sadoutrina)
“Quem houve a Igreja jamais caíra no erro”,porque a Igreja é a coluna da Verdade (I Timotéo 3:15-17).
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